Quais são os melhores investimentos a curto prazo (de 3 a 12 Meses)? 

No mercado financeiro, é possível encontrar diversas oportunidades para fazer o seu dinheiro render, sendo que cada uma delas tem características distintas. Alguns investimentos são melhores para metas de curto prazo, enquanto outros servem para planos a médio ou longo prazo. 

Caso tenha objetivos e metas pessoais que deseja realizar em alguns meses, convém avaliar e considerar as oportunidades com vencimento mais próximo. Assim, é possível cumprir as suas metas específicas. 

O que são investimentos a curto prazo?   

Os investimentos de curto prazo são aqueles em que investidores alocam seus recursos visando resgatá-los em um período de 3 a 12 meses. Ou seja, essas são alternativas que oferecem a possibilidade de reaver o dinheiro que você aportou em até 1 ano. 

Muitas vezes, eles servem como a porta de entrada para pessoas que desejam investir no mercado financeiro. Isso acontece porque eles costumam ser menos arriscados e eles ajudam futuros investidores a se familiarizar com esse universo. 

Logo, se você está começando no mundo dos investimentos ou já conhece esse ambiente, vale a pena considerar essas possibilidades na sua estratégia. Desse modo, será possível realizar os planos previstos para 1 ano. 

Quais as características desses investimentos?  

Os investimentos a curto prazo, como toda alternativa disponível no mercado financeiro, têm características específicas. Porém, elas variam conforme o tipo de ativo ou aplicação escolhida. Quando se fala em investir, há uma diferença em relação ao trade, ou especulação. 

Por esse motivo, o mais comum é que os investimentos de curto prazo sejam aqueles presentes na renda fixa. Entre as características que eles apresentam, destacam-se pontos como: 

• previsibilidade e menor risco; 

• chances de ter liquidez elevada, o que significa que você pode acessar seu dinheiro com mais facilidade; 

• acessibilidade, com alternativas com investimentos mínimos mais baixos; 

• simplicidade, já que as oportunidades da renda fixa não costumam ser complexas. 

Além desses pontos principais, é válido falar sobre a rentabilidade dos investimentos de curto prazo, que não costuma ser muito alta. No mercado financeiro, a premissa é: quanto mais tempo o seu dinheiro fica investido, maiores podem ser os seus ganhos. 

Mesmo que a rentabilidade não seja tão expressiva, é melhor investir do que deixar o seu dinheiro parado na conta, em um cofre ou debaixo do colchão. Afinal, nessas situações os seus recursos não estarão rendendo e, sim, perdendo valor para a inflação. 

Por que contar com investimentos com foco em um prazo menor?   

Para entender por que aproveitar essas alternativas, vale considerar que os investimentos com foco em um prazo menor permitem que você realize diferentes objetivos em até 1 ano. Por exemplo, fazer uma viagem ou uma reforma em sua residência, trocar de celular, comprar um curso, entre outros. 

Além dessa questão, esses investimentos normalmente servem para a montagem da reserva de emergência — um fundo de segurança que todo investidor deve ter. 

Ainda, essas alternativas podem ser úteis para manter o seu poder de compra frente à inflação, caso o retorno seja superior à taxa inflacionária. Com o tempo, os preços de produtos e serviços aumentam. Por esse motivo, é essencial buscar maneiras de evitar que o seu dinheiro desvalorize. 

Afinal, quais são os melhores investimentos a curto prazo?  

Agora que você já sabe os principais pontos sobre os investimentos a curto prazo, vale a pena conhecer as melhores alternativas para esse propósito. Contudo, saiba que as oportunidades apresentadas nos tópicos abaixo não são indicações. 

Na verdade, as informações têm apenas caráter educacional. Cabe a você analisar e estudar cada investimento para decidir se elas fazem sentido ou não para o seu portfólio. 

Tesouro Selic 

Quando se fala em melhores investimentos a curto prazo, o Tesouro Selic é um título que costuma estar presente nas listas. O motivo é simples: ele é considerado o mais seguro do mercado brasileiro, com rendimentos superiores ao da poupança. 

O Tesouro Selic é um investimento de renda fixa que faz parte do Tesouro Direto, um programa desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3 — a bolsa do Brasil. 

Ao investir nessa aplicação, o dinheiro que você aportou é emprestado ao Governo para que ele financie atividades ligadas à educação e saúde, por exemplo. Em troca, você recebe juros sobre esse capital. 

O Tesouro Selic leva esse nome porque o seu rendimento segue a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Então, se ela estiver em 12,75% a.a., o seu dinheiro renderá esse percentual. 

Ainda sobre esse investimento, é válido saber alguns outros pontos relevantes, como: 

• o Tesouro Selic pode ser resgatado em qualquer dia útil, pois o Tesouro garante a recompra; 

• o custo para investir nessa aplicação é baixo; 

• todo título do Tesouro Direto, tem incidência de IR (Imposto de Renda).  

Essa tributação ocorre somente sobre os rendimentos e as alíquotas são regressivas, de acordo com o período de investimento. Funciona assim: 

• até 180 dias: 22,5%; 
• de 181 a 360 dias: 20%; 
• de 361 a 720 dias: 17,5%; 
• acima de 720 dias: 15%. 

CDBs 

Os CDBs, sigla para certificados de depósito bancário, são alternativas que você pode incluir na sua lista de melhores investimentos a curto prazo para analisar. Porém, existe um ponto relevante sobre essa aplicação, se o foco é um horizonte menor. 

Vale buscar um CDB cujo vencimento não supere 1 ano ou que tenha liquidez diária, ok? No mercado financeiro, há certificados de depósito bancário que vencem, por exemplo, daqui a 2, 3 anos ou mais.  

Também existem diferentes tipos de CDBs, sendo que diversos deles permitem resgatar o dinheiro investido somente na data de vencimento — o que pode levar alguns meses ou anos. Caso contrário, é preciso negociar o título no mercado secundário, o que pode gerar perdas pela marcação a mercado. 

Já com os CDBs com liquidez diária, é possível resgatar o seu capital a qualquer momento, sem ter que esperar uma data de vencimento específica. 

Confira mais detalhes sobre o investimento: 

• assim como o Tesouro Selic, os CDBs fazem parte da renda fixa e funcionam como um empréstimo — porém, em vez de ser para o Governo, ele é destinado a bancos; 
• existe uma grande variedade de CDBs disponíveis no mercado — alguns são mais acessíveis, aceitando aportes inferior a R$ 10, enquanto outros exigem quantias mais elevadas; 
• os CDBs contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). O limite é de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e instituição, além de um limite global de R$ 1 milhão com renovação a cada 4 anos; 
• da mesma forma que o Tesouro Selic, os CDBs sofrem incidência de imposto sobre os rendimentos, conforme a tabela regressiva. 

Além desses pontos, é válido saber que a rentabilidade dos CDBs com liquidez diária costuma ser pós-fixada, atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Como você acompanhou, o CDI é um índice que fica bem próximo da Selic.  

Fundos DI 

Mais um investimento que você pode considerar para metas e planos de curto prazo são os fundos DI. Eles possuem esse nome porque a estratégia desse veículo é acompanhar a variação do índice CDI. 

Os fundos DI investem principalmente em aplicações de renda fixa de baixo risco, como títulos públicos e privados de curto prazo, tornando-os uma opção segura. Ainda, é pertinente saber que eles: 

• são conhecidos por liquidez diária; 
• oferecem retornos superiores aos da poupança; 
• não têm garantia do FGC. 

Em relação à tributação, ele pode seguir a tabela tradicional da renda fixa, caso seja considerado de longo prazo para fins tributários. Caso ele seja classificado como de curto prazo, ele segue uma tabela com menos faixas, cuja alíquota mínima é de 20%, nos resgates a partir de 180 dias. 

Por último, há a cobrança de uma taxa de administração para remunerar o gestor que fica à frente do investimento. Portanto, observe essa questão caso queira destinar recursos a esse veículo de investimento coletivo. 

Fundos de renda fixa 

Além dos fundos DI, vale saber que existem fundos de renda fixa de curto prazo que você também pode considerar para a sua carteira. Com eles, também é possível pensar no prazo de 3 a 12 meses, mas nem sempre há liquidez diária. 

De modo geral, eles são parecidos com os fundos DI, porém podem ter diferenças quanto à composição de carteira. Nos fundos de renda fixa, é possível contar com uma abertura maior em termos de aplicação, havendo mais possibilidades para estruturar o portfólio. 

LCIs 

Uma alternativa que você pode colocar na sua lista de melhores investimentos a curto prazo são as LCIs ou letras de crédito imobiliário. Como o nome já indica, essa aplicação está relacionada ao mercado de imóveis. 

Ao investir nela, você empresta o seu dinheiro a instituições financeiras que utilizam esse recurso para fazer empréstimos ou financiamentos ligados ao setor imobiliário. Em troca, você recebe juros pela quantia fornecida no longo prazo.  

Ainda sobre essa aplicação, vale ressaltar que as suas características e funcionamento são semelhantes aos dos CDBs. Porém, há duas diferenças principais entre esses investimentos: 

• a primeira é que as letras de crédito imobiliário são isentas de IR para pessoas físicas; 
• a segunda é que o valor mínimo de investimento em LCIs costuma ser um pouco mais alto. 

Além desses pontos, é fundamental observar que normalmente as LCIs não possuem liquidez diária. Isso significa que você não consegue resgatar o seu dinheiro a qualquer momento. Em vez disso, é preciso esperar a data de vencimento do título para reavê-lo ou negociá-lo no mercado secundário. 

LCAs 

Por fim, outro investimento que você pode considerar para planos de curto prazo são as LCAs, sigla para letras de crédito do agronegócio. Essa aplicação é bastante parecida com a LCI. 

A principal diferença entre uma LCI e LCA refere-se apenas ao setor no qual o dinheiro captado dos investidores é destinado. No primeiro, como você viu, é para o mercado de imóveis. Já no segundo, os recursos permitem fomentar e financiar atividades do segmento agro. 

No mais, as LCAs são títulos de renda fixa que possuem baixo risco e têm proteção do FGC. Elas também são isentas de IR para pessoa física e podem exigir aportes mínimos maiores. 

O que considerar ao investir nessas opções?  

Com as informações anteriores, você já sabe quais são os melhores investimentos a curto prazo. Mas afinal, o que considerar para destinar recursos a essas opções? Os principais aspectos são: 

• o seu perfil de investidor; 
• os seus objetivos financeiros; 
• a liquidez e os riscos dos investimentos; 
• eventuais cobranças de taxas e impostos; 
• a rentabilidade oferecida por cada alternativa. 

Ainda, vale a pena considerar o quanto você tem disponível para investir, já que existem alternativas mais acessíveis que outras. Com base nesses pontos, você poderá definir as suas estratégias de investimentos e selecionar oportunidades que de fato possam contribuir para a realização de seus planos de curto prazo. 

Como investir na prática com foco no curto prazo?  

Para investir com foco no curto prazo, além de considerar os pontos anteriores, é essencial que você tenha uma conta aberta em uma corretora de valores, como a Genial. Dessa forma, você terá acesso a CDBs, LCIs, LCAs e muitos outros tipos de investimentos. 

Tendo a sua conta em uma corretora, o passo a passo para investir com foco no curto prazo fica fácil. Basta acessar a plataforma, buscar pela alternativa que deseja destinar recursos e analisá-la. Se ela for relevante, digite quanto você deseja aplicar nela e depois informe sua senha. 

Após essa etapa, o investimento será então realizado e fará parte da sua carteira. Mesmo que a aplicação seja de curto prazo, vale acompanhar o desempenho dela e conferir se a oportunidade tem contribuído para as suas metas. 

Com este conteúdo, você conheceu os melhores investimentos a curto prazo. Agora, é hora de estudá-los e avaliá-los de modo a identificar qual ou quais fazem mais sentido para os seus planos e portfólio.