Será que é hora de voltar a comprar ações? Já chegamos ao fundo do poço? Quando será que as cotações das ações negociadas na B3 retornarão aos patamares de janeiro de 2020?

Com relação ao futuro, só temos uma certeza, ele não será igual ao passado. Porém, existem determinados padrões que podem se repetir ao longo do tempo e que, provavelmente, são reflexos do comportamento humano no comportamento dos mercados.

Neste trabalho, comparamos grandes quedas das Bolsas mundiais. Escolhemos duas grandes crises do Dow Jones, 1929 e 1987; uma da Nasdaq, em 2000; e quatro do Ibovespa, 1971, 1986, 2008 e a atual, em 2020. A metodologia que adotamos foi considerar o ponto zero do dia em que os índices alcançaram o maior valor nominal. Na tabela abaixo estão listados os índices, a moeda em que o índice foi considerado, a data da cotação máxima pré-crise e o número de pregões necessários até o índice retornar ao topo.

* Devido à elevada inflação brasileira anterior ao Plano Real, utilizamos o índice em dólar americano.

Para elaborar o gráfico abaixo, a partir da data da cotação máxima, retrocedemos 90 pregões e projetamos 500 pregões após o topo. Evidentemente, ainda não temos 500 pregões após o topo de 2020, isto é justamente o que gostaríamos de saber. Onde estará o índice no futuro? E ainda, quando ele vai retornar ao valor de janeiro pré-crise? Vejamos o gráfico:

Fonte – Economatica No título do gráfico, trocar ‘nas Bolsas’ por ‘das Bolsas’.

A crise atual desencadeada pela Covid-19 tem apresentado, até aqui, uma forte semelhança com a crise de 1929. Para visualizarmos melhor, vamos deixar apenas os dados das duas crises: No título do gráfico, juntar o I a BOVESPA:

Como podemos ver, até agora, há uma grande semelhança no comportamento das duas crises. Segundo economistas, a crise de 1929 foi longa porque foi adotada uma política econômica restritiva, exatamente o oposto do que está sendo feito atualmente. Assim, a expectativa é a de que a crise atual não seja tão longa.

Por outro lado, se a crise de 2020 apresentar alguma semelhança com outras crises passadas, além da de 1929, ela tende a ser mais longa do que algumas pessoas esperam.

Mas será que esta é uma má notícia?

Talvez seja uma notícia ruim para quem fez a poupança pensando na aposentadoria, comprou ações e, agora, estaria na fase de vendê-las. Porém, para quem é jovem e está na fase de acúmulo de pecúlio para a aposentadoria, a queda pode ser um ótimo negócio.

Parece estranho? Vamos, então, deixar um pouco as ações de lado para pensar em outro mercado.

Vamos pensar em uma personagem, Mariana. Ela tem 25 anos e trabalha em um banco em São Paulo. Seu sonho é retornar para sua terra natal, Mato Grosso, e ser dona da própria fazenda quando completar 50 anos. Ao lado do sítio em que moram seus pais, um grande fazendeiro possui milhares de hectares de terra.

Mariana fez um acordo com o fazendeiro: todos os meses, ela vai comprar um hectare de terra a preço de mercado. Assim, quando chegar à idade planejada, terá uma fazenda de 300 hectares.

Agora, vamos pensar: após o acordo, será que a Mariana vai querer que o preço da terra suba? Provavelmente, não. O ideal é que o preço se mantenha baixo durante o tempo em que ela acumula seu patrimônio, não é mesmo?

Então, por que alguém que planeja comprar ações por muito tempo ficaria triste com a queda atual? Pense nisso, a crise pode ser uma ótima oportunidade para você comprar ações de excelentes empresas por preços camaradas.

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