As ordens na bolsa de valores correspondem a instruções de um pedido de compra ou de venda. Logo, elas servem para executar operações nesse ambiente, por meio da corretora de valores. Entre os tipos existentes, há a ordem turbo e a ordem limitada.

Elas se diferenciam pelas condições que estabelecem e pelas regras que definem sua execução. Além delas, existem outras alternativas que permitem especular ou investir na bolsa de valores e que também devem ser conhecidas.

Neste artigo, nosso time, da Genial Investimentos, separou o que você precisa conhecer sobre a ordem turbo e a ordem limitada e como elas funcionam.

Acompanhe a leitura!

O que é uma ordem limitada e como funciona?

Uma ordem limitada consiste em uma instrução para comprar ou vender um ativo ou derivativo dentro de um preço limite. Ou seja, é possível especificar quais são as regras para a ordem ser executada, de acordo com o que você definir como tolerável ou interessante.

Uma ordem de compra limitada, por exemplo, só é executada se a cotação da melhor oferta de venda estiver abaixo do preço especificado. Já na ordem de venda limitada, só há a conclusão da operação se o preço da melhor oferta for maior que o limite definido.

Vale notar, entretanto, que não existem garantias sobre a execução dessa ordem. O primeiro motivo é que o ativo ou derivativo pode não alcançar o preço de compra ou de venda estabelecido. Ainda, a execução dessas ordens ocorre de acordo com a cronologia de envio.

Então as ordens de outros investidores podem ser executadas antes da sua. Para entender melhor, pense que você deseja comprar uma ação específica a R$ 25,00. Com isso, você emite uma ordem limitada por esse montante.

Se, em determinado momento, o ativo atingir essa cotação, sua ordem poderá ser executada. Porém, isso só acontecerá após as ordens de outros investidores e especuladores. Se, nesse período, o preço da ação voltar a subir, será preciso esperar uma nova oferta que atenda a seus parâmetros.

O que é uma ordem turbo e como funciona?

Depois de conhecer a ordem limitada, vale a pena saber o que é a ordem turbo e como ela funciona. No geral, esse segundo conceito se relaciona a uma ordem que pode ser emitida automaticamente.

Ou seja, não é preciso alterar cada um dos parâmetros, como código do ativo ou derivativo, preço, quantidade e validade. Desse modo, essa é uma alternativa mais rápida para enviar as informações de negociação — o que pode ajudar a aproveitar oportunidades pontuais.

Vale notar que esse tipo de ordem pode ter nomes diferentes de acordo com a sua corretora. Então vale a pena conferir se a modalidade está disponível no seu ambiente de negociação.

Quais são os outros tipos de ordem existentes?

Além da ordem turbo e da ordem limitada, existem outros tipos para considerar. Logo, você pode usar esses instrumentos para definir as condições de compra ou venda na bolsa de valores.

Quer descobrir quais são as demais possibilidades? Confira!

Ordem a mercado

A ordem a mercado é uma classificação importante, pois ela está entre as mais utilizadas na bolsa de valores. Isso acontece porque esse tipo de ordem estabelece a negociação de compra ou venda pelo preço praticado no momento.

Ou seja, quando a ordem a mercado é emitida, a negociação acontece de maneira imediata, de acordo com a cotação atual. Isso ocorre por meio de uma identificação automática do sistema, que estabelece o preço da instrução.

Pense, por exemplo, em um investidor que emite uma ordem de compra das ações de uma empresa. Se os papéis forem negociados a R$ 50,00 no momento, esse será o preço de compra. Se ele emitir uma ordem de venda e o preço de negociação dos papéis for de R$ 40,00, esse será o montante que ele receberá por cada ação negociada.

Ordem stop loss

Já os mecanismos de stop costumam ser úteis para gerenciar o risco de operações — em especial, no caso da especulação. Na prática, eles consistem em ordens cuja execução é automática, caso os limites sejam atingidos. Assim, ocorre o fechamento das operações, limitando as perdas ou a exposição ao risco.

Entre os tipos está a ordem de stop loss. O principal objetivo dela é limitar a perda máxima tolerável a cada operação. Portanto, essa ordem permite estabelecer um preço mínimo (para operações vendidas) ou máximo (para compradas), representando a perda suportável pelo investidor ou especulador.

Pense em um especulador que comprou ações a R$ 15,00. Ele pode estabelecer uma ordem de stop loss a R$ 14,00, por exemplo. Nesse caso, se o papel passar a ser negociado a qualquer preço abaixo de R$ 13,99, a operação é fechada e os prejuízos são realizados.

Por conta desse funcionamento, a ordem de stop loss também ajuda a proteger a margem de garantia oferecida pelos operadores. Ou seja, essa ordem evita que eles percam todo o dinheiro disponibilizado como margem para realizar operações na bolsa de valores.

Desse modo, é possível evitar a zeragem compulsória. No geral, esse processo ocorre quando a margem de garantia é inteiramente consumida devido às perdas. Nesse caso, a corretora de valores fecha sua posição nas condições de mercado e ainda há a cobrança de uma multa.

Com o stop loss, você pode definir uma perda máxima que seja menor que o total da margem de garantia. Assim, é possível evitar o risco de o montante ser consumido — e de ocorrer a zeragem compulsória.

Ordem stop gain

Já a ordem de stop gain busca limitar os ganhos, de modo a proteger parte dos resultados obtidos com as operações. Nesse caso, você deve estipular qual é o ganho máximo desejado para a negociação. Assim, se ocorrer o alcance das condições, a operação será executada para fechar a posição.

Como exemplo, considere um investidor que comprou ações por R$ 20,00. Ele pode estabelecer um stop gain de 10%, ou seja, o encerramento ocorre quando o papel for negociado a R$ 22,00. Isso é importante para garantir que ele tenha os R$ 2,00 de lucro por ação, se houver a valorização acima do limite.

Dessa forma, é possível se proteger parcialmente dos altos e baixos do mercado. Imagine que a ação chegue a R$ 23,00, por exemplo. Nesse caso, seriam R$ 3,00 de lucro.

Porém, pouco tempo depois, o papel sofre uma queda e passa a ser negociado a R$ 20,50. Então, o lucro que era de R$ 3,00 por ação passa a ser seis vezes menor, de R$ 0,50 por ação.

Com a ordem de stop gain, por outro lado, há como ter um resultado intermediário. O desempenho tende a não ser tão alto quanto a máxima do papel, mas também é possível proteger parte dos ganhos.

Ordem de stop simultâneo

No caso da ordem de stop simultâneo, o stop loss e o stop gain atuam ao mesmo tempo. Logo, é possível estabelecer limites para a perda e para o ganho. Se o preço do ativo superar qualquer um dos números definidos, ocorre a execução da ordem para fechar a posição.

Essa é uma forma de estimar o lucro e o prejuízo máximos em cada operação. Para quem realiza múltiplas operações, por exemplo, essa também é uma maneira de acompanhar os resultados com mais facilidade.

Para entender como essa ordem funciona, pense na compra de uma ação por R$ 30,00. O stop gain é de R$ 33,00 e o stop loss, de R$ 27,00. Assim, a posição permanecerá aberta em qualquer preço que varie de R$ 27,01 a R$ 32,99. Fora desses valores, a ordem é executada e ocorre o fechamento da operação.

Ordem de stop móvel

Também chamada de trailing stop, a ordem de stop móvel funciona para proteger parte dos lucros, sem ignorar as perdas máximas toleradas. Nesse caso, o preço para execução da ordem é definido com base em uma porcentagem.

Se o mercado se movimentar a favor da operação, o valor nominal da venda se torna maior. Porém, se o mercado recuar, o limite se mantém. Já se o número definido for alcançado, ocorre a execução da ordem.

Para compreender, considere uma operação comprada em uma ação negociada a R$ 40,00. Logo, o movimento a favor da operação é a subida do mercado. Nesse caso, há uma ordem de stop móvel definida de 10%.

Portanto, o prejuízo máximo aceito é de R$ 4,00 por ação e a operação será fechada se a negociação ocorrer a R$ 36,00. No entanto, o mercado se move favoravelmente e o papel passa a ser negociado a R$ 45,00. Assim, o novo prejuízo máximo por ativo é de R$ 4,50.

Nesse caso, há o encerramento da posição se o preço chegar a R$ 40,50. Se, depois de subir a R$ 45,00, a ação cair e for negociada a R$ 44,00, o limite continuará sendo o preço de venda de R$ 40,50.

Ordem casada

Já a ordem casada corresponde a um conjunto formado por uma ordem de compra e uma de venda. Com isso, elas precisam ser executadas de maneira sequencial, conforme as definições do investidor ou especulador.

Logo, é possível definir a realização da venda e, em seguida, da compra — ou o contrário. Como consequência, ela costuma ser utilizada para estabelecer uma troca de posição de maneira prática.

Além disso, vale notar que essas duas ordens devem ser cumpridas integralmente. Então, ao contrário do que acontece com algumas ofertas que permitem a execução parcial dos valores, esse é um tipo que exige a negociação completa.

Quais são as diferenças entre as validades das ordens?

Independentemente se você pretende emitir uma ordem turbo, limitada ou de outro tipo, é preciso entender o que é a validade e como ela funciona. Na prática, esse é um dos dados mais importantes da ordem na bolsa de valores, pois indica até quando ela pode ser executada.

Na prática, existem quatro condições diferentes — e que podem se aplicar à maioria dos tipos de ordens que você já conhece.

A seguir, veja quais são as validades das ordens na bolsa!

Para o dia

Uma ordem válida para o dia pode ser executada apenas até o final do pregão do dia em que houve o encaminhamento. Após esse período, ela é cancelada automaticamente.

Essa é uma alternativa que costuma ser bastante utilizada por day traders, já que eles precisam operar dentro do mesmo pregão. Além disso, pode ser utilizada por quem deseja abrir ou fechar uma posição no mercado em determinado dia, mas ainda quer explorar as condições durante o pregão.

Até uma data

Também existem ordens que são válidas apenas até uma data específica. É possível estipular alguns dias ou semanas, dependendo do interesse e da estratégia. Se a execução da ordem não ocorrer até o dia definido como limite, o cancelamento ocorre automaticamente.

Até cancelar

A ordem com validade até cancelar é mantida indefinidamente e o cancelamento só ocorre quando o operador decide encerrar o comando. No entanto, é preciso observar possíveis limitações da bolsa quanto ao tempo máximo para executar a ordem.

Tudo ou nada

Uma ordem do tipo tudo ou nada define que as condições previstas por ela devem ser cumpridas inteiramente. Do contrário, a execução não conclui e ela expira.

É o caso, por exemplo, de quem deseja adquirir ou vender um lote com 100 ações por um determinado preço. Se não existir uma oferta com as condições exatas ou melhores, a ordem não é executada.

Execute ou cancele

Já uma ordem do tipo execute ou cancele tem condições mais dinâmicas do que um tipo com validade tudo ou nada. Nesse modelo, é possível que a ordem seja executada apenas parcialmente. Se isso ocorrer, o cancelamento incide apenas no restante.

Pense em alguém que deseja comprar 500 ações por um determinado preço e emite uma ordem do tipo execute ou cancele. Se surgir uma oferta com 300 ações pela cotação definida, a operação é executada, mas a compra dos 200 papéis restantes é cancelada.

Quando vale a pena utilizar essas ordens?

Para saber quando usar cada uma das ordens de mercado é preciso considerar seu perfil de investidor, seus objetivos e o tipo de operação realizada. Uma ordem limitada, por exemplo, pode servir tanto para quem investe quanto para quem especula.

Já ordens de stop estão relacionadas ao gerenciamento de risco na especulação. A emissão de uma ordem casada, por sua vez, pode acontecer quando o interesse é trocar de posição em determinado momento.

Enquanto isso, a ordem turbo envolve a rapidez para emitir as informações e definir como devem ocorrer as operações. Como consequência, ela pode ser mais interessante para quem opera no curtíssimo prazo, por exemplo.

Como você viu, a ordem turbo e a ordem limitada estabelecem condições diferentes para a compra ou a venda ao especular ou investir na bolsa de valores. Conhecendo essas ordens e os outros tipos existentes, você pode definir qual é a melhor opção para adotar em sua estratégia de especulação ou investimento. Essas informações foram úteis? Se quiser operar na bolsa de valores e em outros ambientes, abra sua conta conosco da Genial Investimentos!

Caroline Rosa

Há 12 anos no mercado financeiro e com forte desejo de encorajar mais mulheres a construírem sua liberdade financeira, Caroline Rosa é sócia e gerente comercial na Genial Investimentos. Além disso, coordena o HUB de educação financeira, a Genial Educação, onde sua missão é democratizar o acesso ao conhecimento dentro do mercado financeiro de forma simples, acessível e objetiva.

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