Os índices de inflação são assuntos recorrentes nos cadernos de economia brasileira e nos noticiários da televisão. Eles indicam o aumento dos preços dos bens de consumo e serviço. Assim, quando esses indicadores estão em alta, eles servem de alerta para a população.
No Brasil, existem diversos índices de inflação — sendo que cada um deles conta com metodologias e foco de pesquisa diferentes. Por essa razão, é importante conhecê-los e entender como os seus resultados impactam o seu cotidiano.
Quer saber mais sobre o assunto? A seguir, entenda o que são e confira 3 índices de inflação que vale a pena conhecer!
O que é e para que serve um índice de inflação?
Para entender o que é um índice de inflação, é relevante conhecer o conceito de indicadores financeiros, de maneira geral. Eles são cálculos realizados a partir de métricas com objetivo de obter dados sobre um setor, mercado, empresa, economia etc.
No caso dos índices inflacionários, essas informações são utilizadas para mensurar a inflação no país. Dessa maneira, é possível analisar a variação de preços de produtos e serviços em determinado período, setor do mercado e região do Brasil.
Logo, esses índices permitem o acompanhamento histórico da inflação no país, a identificação de tendências e perspectivas, entre outras utilidades. Consequentemente, eles funcionam como um tipo de termômetro para a economia brasileira.
Por fim, vale destacar que, como você viu, existem diversos índices de inflação no país. Por isso, é possível encontrar variações nos resultados de cada indicador. No entanto, isso não significa contradição entre eles — apenas que cada setor experimenta a inflação de modo único.
Qual é a importância de conhecer os índices de inflação?
Agora que você sabe o que são os índices de inflação, deve entender por que é importante conhecê-los. Embora muitas pessoas não conheçam os indicadores, a maioria delas sente os efeitos da inflação no seu dia a dia, de diferentes maneiras.
Por exemplo, quando as taxas de inflação estão muito altas, elas impactam diretamente no cotidiano das famílias brasileiras. Afinal, com o preço de produtos e serviços mais elevados, muitas vezes é necessário reajustar o orçamento familiar.
Para pessoas em situação de vulnerabilidade social, uma inflação elevada representa uma queda ainda maior na qualidade de vida. Isso porque ela limita o acesso a alimentos, produtos de higiene e serviços de saúde básicos.
Mesmo que esse não seja o seu caso, uma inflação alta influencia no seu planejamento financeiro, pois o seu dinheiro perde poder de compra. Assim, o montante que cobriria os seus gastos em um cenário de inflação controlada não é mais o suficiente. Desse modo, você precisa gastar mais se quiser manter o seu padrão de vida.
Para os investidores, acompanhar os índices inflacionários é imprescindível. Afinal, a inflação está diretamente ligada à rentabilidade real do investimento — que é dada pela diferença entre o rendimento total e a inflação.
Se a rentabilidade real de um investimento for negativa, isso significa que o seu patrimônio está perdendo valor, mesmo que ele tenha apresentado rendimentos. Nesse caso, é preciso avaliar a carteira para entender se é preciso adequar a estratégia.
Além disso, em um cenário de hiperinflação, o Governo pode tentar controlar a situação econômica aumentando a taxa básica de juros da economia, a Selic. Como resultado, pode haver oportunidades de investimentos em renda fixa com rentabilidades maiores. Porém, também há um encarecimento do crédito.
3 Índices de inflação que vale a pena conhecer
Entendendo sobre os índices de inflação, é o momento de descobrir as características de 3 indicadores que vale a pena conhecer.
Veja a seguir!
1. IPC
IPC é a sigla para Índice de Preços ao Consumidor, um indicador calculado e divulgado semanalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele mensura a variação de preços de produtos e serviços escolhidos conforme a despesa de famílias brasileiras que ganham entre 1 e 33 salários mínimos.
A pesquisa de preços é realizada diariamente em sete capitais brasileiras, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Além disso, ela é contabilizada nos dias 7, 15, 22 e 30 de cada mês.
2. IPCA
O IPCA significa Índice de Preços ao Consumidor Amplo e é o principal indicador de inflação do Brasil. Ele é calculado e publicado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. O IPCA mensura a variação de preços de produtos e serviços para o consumidor final.
Para isso, a pesquisa é realizada a partir de uma cesta de produtos e serviços mais consumidos por famílias que obtêm renda de 1 a 40 salários mínimos. Assim, os preços desses itens são conferidos diariamente em 9 regiões metropolitanas brasileiras, entre o dia 1° e 30 de cada mês.
Vale destacar que o IPC e o IPCA são semelhantes na metodologia utilizada para os cálculos. Entretanto, o primeiro é mais restrito tanto no que se refere à faixa salarial das famílias quanto na região pesquisada.
3. IGP
O IGP é o Índice Geral de Preços, calculado e divulgado pela FGV a partir da média de outros 3 índices:
- Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA): mensura o aumento de preços dos produtos de agronegócio e das indústrias no setor atacadista;
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC): índice que você já conhece;
- Índice Nacional de Custo de Construção (INCC): calcula a variação dos preços dos materiais utilizados em obras habitacionais.
No cálculo do IGP, cada um dos índices apresenta pesos diferentes, sendo o IPA 60%, o IPC 30% e o INCC 10%. Além disso, o indicador é calculado em 3 versões, diferenciadas pelo período da coleta de dados:
- IGP-DI: calculado do primeiro ao último dia do mês;
- IGP-M: calculado do dia 21 ao dia 20 do mês seguinte;
- IGP-10: calculado do dia 11 ao dia 10 do mês seguinte.
O objetivo do IGP é mensurar a variação de preços em diferentes etapas da cadeia produtiva. Desse modo, ao contrário do IPCA e do IPC, por exemplo, ele avalia o preço de todos os meios do processo, não somente os produtos ou serviços que chegam ao consumidor.
Neste post, você conheceu 3 índices de inflação e aprendeu que eles são úteis no planejamento financeiro e nos investimentos. Assim, não deixe de acompanhá-los para organizar melhor as suas finanças e gerir seu patrimônio.
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