Morar fora do país é uma decisão que envolve fatores profissionais, familiares e financeiros. Nesse contexto, é importante que quem organiza a mudança considere montar uma carteira de investimentos internacional.
Esse processo ajuda a reduzir os riscos de ficar exposto somente à economia brasileira. Com um planejamento claro, é possível tomar decisões mais estratégicas para suas finanças.
Quer entender melhor o tema? Neste conteúdo, nós, da Genial, explicamos a importância de montar uma carteira internacional e como colocar essa estratégia em prática. Acompanhe a leitura!
O que significa internacionalização da carteira?
A mudança de país é um processo que não se limita aos fatores linguísticos ou geográficos. Ela também envolve adaptação a uma nova cultura, um novo estilo de vida e, principalmente, a uma nova economia.
Portanto, isso exige uma reorganização do planejamento financeiro, já que o custo de vida, os hábitos de consumo e a forma de investir tendem a mudar. Nesse processo, há o aspecto cambial a ser considerado.
Com a transição, o real deixa de fazer parte do seu orçamento diário. Cada país ou região tem sua própria moeda — como o dólar nos Estados Unidos, o euro em boa parte da Europa e a libra esterlina no Reino Unido.
Nesse sentido, ao planejar a internacionalização, muitas pessoas logo pensam na compra de papel-moeda. Entretanto, no campo dos investimentos, o processo pode envolver alocar parte do seu patrimônio em ativos de outros países, sabia?
O objetivo é que esse dinheiro continue rendendo. Afinal, assim como ocorreria com o capital mantido em uma conta corrente no Brasil, esses recursos estariam sujeitos à inflação e à perda do poder de compra.
Na internacionalização, o dinheiro pode ser aplicado em ativos de renda variável ou títulos de renda fixa do país de destino. Se for nos Estados Unidos, por exemplo, há possibilidades como ações, cotas de fundos de investimento e Treasury bonds, entre outras.
Leia também: Dolarização: Por que é importante se proteger contra a inflação?
Por que montar uma carteira internacional?
Como visto, a internacionalização da carteira é uma estratégia relevante para proteger o patrimônio durante a transição entre países. Ela também é importante para que seus recursos acompanhem o ritmo e o custo de vida da nação de destino.
Saiba mais!
Proteção contra a variação cambial
A taxa de câmbio representa o preço de uma moeda em relação à outra. Por exemplo, se o dólar está custando R$ 5,30, essa é a taxa de câmbio entre as duas moedas. Quem investe apenas no Brasil fica exposto às oscilações do real.
Em momentos de instabilidade econômica, política ou fiscal, a moeda nacional tende a se desvalorizar, diminuindo o poder de compra de quem se prepara para viver fora. Além disso, é importante destacar que o Brasil é uma economia emergente.
Logo, é mais comum que o país esteja vulnerável a oscilações, em contraste com nações mais desenvolvidas, como os EUA.
Nesse sentido, com uma carteira internacional, parte do patrimônio passa a estar atrelada a moedas fortes, como o dólar ou o euro. Isso ajuda a proteger da volatilidade, afinal, essas moedas podem se valorizar quando o real perde força.
Para exemplificar, considere que o Brasil vivencia um período de crise. Nesses momentos, é natural que muitos investidores busquem realocar os recursos para minimizar riscos.
Pela lei da oferta e da demanda, a procura por moedas fortes, como o dólar, tende a valorizar a moeda dos EUA e desvalorizar o real. Assim, se o seu patrimônio estiver dolarizado, ele poderá ser menos impactado pela instabilidade brasileira.
Diversificação e novas possibilidades
Outra vantagem é que a internacionalização amplia o leque de possibilidades disponíveis para diversificar a carteira. Países com mercados financeiros mais desenvolvidos contam com maior variedade de ativos disponíveis.
Ainda, investir em mercados globais permite acesso a setores pouco representados no Brasil — como tecnologia — e a tendências com potencial de crescimento no longo prazo.
Cada país também tem uma estrutura de custos distinta. Portanto, quem pretende morar fora precisa garantir que parte do patrimônio esteja em moeda local, evitando perdas com conversões e imprevistos cambiais.
Ter uma carteira internacional contribui para planejar despesas futuras, como moradia, educação e saúde, com maior previsibilidade. Dessa maneira, a transição financeira para o novo país se torna mais tranquila e sustentável.
O que considerar no seu planejamento financeiro?
Agora que você entendeu como funciona a internacionalização da carteira e os motivos para iniciar esse processo, é hora de saber o que considerar no seu planejamento.
Confira!
Taxa de câmbio e volatilidade
A taxa de câmbio é o ponto de partida do seu processo de internacionalização. Como você viu, a cotação das moedas é influenciada pela lei da oferta e da demanda. O cenário econômico, o ambiente político e até o contexto geopolítico global afetam o comportamento das moedas e o apetite ao risco.
Essas oscilações cambiais tendem a impactar os investimentos e o custo de vida fora do país. Por isso, avaliar o melhor momento para as conversões é fundamental. Uma prática possível é fazer aportes gradualmente, em vez de converter todo o montante de uma só vez.
A estratégia pode ajudar a reduzir o impacto da volatilidade e permitir um preço médio mais vantajoso. Além disso, vale acompanhar o cenário internacional.
Tenha em mente que mudanças nas taxas de juros dos Estados Unidos costumam influenciar o fluxo de capitais e o preço do dólar. Oscilações na cotação podem criar condições mais favoráveis para conversão de parte dos recursos.
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Custos do novo país
Antes de mudar, é essencial compreender o custo de vida local. Como você sabe, cada economia tem suas particularidades e, em muitos casos, os gastos mensais podem ser mais altos do que no Brasil.
Moradia, alimentação, transporte, educação e saúde são categorias que variam conforme o destino — e impactam o seu orçamento. Por isso, é importante simular suas despesas com base na cidade onde pretende morar, considerando preço de aluguel, serviços e impostos.
É a partir dessa projeção que você definirá quanto será necessário manter como reserva de emergência. Idealmente, ela deve cobrir pelo menos seis meses de despesas no país de destino.
A reserva é fundamental para garantir mais tranquilidade e segurança. Em caso de imprevistos financeiros, os recursos podem ser usados sem comprometer os investimentos ou o padrão de vida. Inclusive, a reserva de emergência deve ser montada antes mesmo de começar os investimentos.
Outro ponto de atenção é o custo tributário. As regras fiscais para estrangeiros variam conforme o país, e determinados lugares exigem declaração de rendimentos mesmo para quem investe a distância.
Compreender essas normas evita problemas legais e garante que seus investimentos estejam em conformidade. Planejar os custos antes da mudança é uma maneira de evitar problemas e assegurar que o seu padrão de vida permaneça compatível com a renda.
Prazo e liquidez dos investimentos
Por fim, atente-se para o prazo e a liquidez dos seus investimentos internacionais. A liquidez representa a facilidade e a rapidez com que um investimento pode ser transformado em dinheiro.
Aplicações de alta liquidez e baixo risco são adequadas para a reserva de emergência por permitir resgate rápido e manter os recursos rentabilizados. Por outro lado, investimentos de médio e longo prazo são estratégicos para a construção de patrimônio, mas não costumam ser usados para concentrar todo o capital.
O ideal é equilibrar prazos diferentes, criando um planejamento que combine a busca por segurança no curto prazo e por crescimento no futuro.
Por exemplo, é possível aplicar em títulos de renda fixa de curto prazo ou com liquidez diária os recursos necessários para os primeiros meses da mudança. Entre eles, é possível destacar o aluguel, a compra de móveis, a regularização de documentos etc.
Essas alternativas tendem a ter menor potencial de retorno. Porém, em geral, o foco para esses recursos não é rentabilidade alta, mas sim segurança financeira em caso de necessidade.
Já os investimentos de longo prazo, como ações ou títulos de renda fixa com menos liquidez, podem contribuir para o crescimento patrimonial ao longo do tempo, desde que adequados ao seu perfil e objetivos.
Neste conteúdo, você entendeu a importância de montar uma carteira internacional ao planejar sua mudança para outro país. Portanto, para quem planeja se mudar, compreender a internacionalização do portfólio é fundamental para organizar os recursos de forma estratégica.
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