O mercado das criptomoedas tem experimentado um grande crescimento e atraido cada vez mais a atenção dos investidores. Em meio a este contexto, foi lançada uma criptomoeda brasileira, a hathor.
A iniciativa promove uma maior adesão do país ao mercado financeiro contemporâneo, em que se destacam open banks, fintechs e moedas digitais. A hathor labs está aberta a investidores globais e seu token (criptomoeda) já foi listada em grandes exchanges — que são as corretoras em que os criptoativos são negociados.
Neste artigo, nós da Genial Investimentos apresentamos um panorama do mercado de criptomoedas, quais as características da hathor e como investir com segurança nas moedas virtuais.
Vamos lá?
O que são as criptomoedas?
Antes de saber mais sobre a criptomoeda brasileira, é importante compreender um pouco melhor as características desses ativos no geral. Primeiramente, uma moeda virtual pode ser usada para diversas transações financeiras, tal como uma moeda física.
Apesar de ser aceita em operações, ela tem o diferencial de ser totalmente digital. A maioria das versões não tem relação com o Governo de nenhum país e nem submissão ao Banco Central ou a quaisquer agentes econômicos.
Vale saber que esse ainda é um mercado bastante recente. A primeira criptomoeda lançada tendo sucesso foi o bitcoin, em 2008, existiram outros projetos de criptomoedas anteriores ao bitcoin que não ganharam tração. Sua criação se deu em meio à crise enfrentada pelos Estados Unidos, surgindo como uma alternativa para solucionar problemas ligados à dependência bancária.
Com o tempo, o bitcoin deixou de ser apenas uma alternativa para pagamento para se tornar um investimento e meio de especulação, movimento impulsionado principalmente pela acelerada valorização. O potencial do bitcoin de renovação das operações monetárias abriu caminho para o surgimento de outros criptoativos.
Efetivamente, esse mercado vem chamando a atenção de investidores institucionais, o que impulsionou o crescimento que pôde ser observado nos últimos anos. Além disso, as plataformas e tecnologias de criptoativos são usados também para gestão de dados e outros setores.
Como funcionam esses ativos?
As criptomoedas são um ativo digital, cujas transações funcionam através de códigos virtuais criptografados — o que impede sua alteração e garante a segurança das transações. As operações são realizadas virtualmente, em qualquer lugar do mundo, com a necessidade de intermediação de exchanges.
É daí que parte uma característica muito famosa dos ativos digitais: a descentralização. Para isso, contam com uma tecnologia de ponta chamada blockchain. Essa expressão pode ser traduzida como corrente de blocos.
Na prática, os dados da negociação são registrados em blocos e validados pelo bloco anterior — o que impede a quebra, alteração ou exclusão. Assim, formam uma corrente de dados passados, utilizando-os para verificar se os usuários possuem o saldo para realizar as transações. O registro e validação das operações são feitos por diferentes participantes da rede, chamados de mineradores.
Como recompensa por validarem, os mineradores coletam taxas ou novas moedas, a depender do criptoativo. Para que sejam validadas, as transações precisam do consenso de 50% mais 1 dos mineradores, dando segurança à rede.
Como surgiu a hathor network?
A criptomoeda hathor foi desenvolvida pela hathor network — uma plataforma blockchain. A proposta é solucionar alguns problemas desse universo. Em especial, o fato de que, mesmo com mais de 9 mil criptomoedas no mercado, ainda há pouca acessibilidade.
Isso porque as operações mais complexas cobram taxas altas. Outro problema destacado é o potencial operacional pequeno, que não lida bem com alto volume de negociações simultâneas. Com isso, não acompanha a tendência de crescimento do interesse nos criptoativos.
Assim, a hathor network se propõe a realizar centenas de transações por segundo — enquanto as demais fazem dezenas de operações por segundo. A expectativa é que essa capacidade chegue aos milhões, mantendo o destaque entre as tecnologias mais rápidas do mercado.
A plataforma também promete simplificar o sistema blockchain e eliminar as taxas das operações, a partir do foco em ferramentas mais intuitivas.
Origem da equipe
A equipe responsável pela hathor network é oriunda, em sua maioria, da Universidade do Instituto Militar de Engenharia (IME) do Rio de Janeiro. Os estudantes perceberam uma dificuldade de levar a tecnologia de blockchain para o cotidiano das pessoas.
Foram cinco anos de estudos e uma tese de doutorado para encontrar a solução. A estratégia foi manter a aplicação descentralizada (DApp) apenas na criação de tokens, o que proporciona maior escalabilidade.
Entre os principais diferenciais da fintech, está a proposta de entrar também no mundo corporativo, mesmo sendo pública. As regras de governança são de responsabilidade do CEO da empresa, o que permite quebrar as barreiras culturais.
Com isso, os idealizadores da hathor network esperam criar uma solução mais simples e fácil de acessar para pessoas físicas e jurídicas, dialogando diretamente com o mercado financeiro tradicional.
Quais são as características da criptomoeda hathor?
A hathor (HTR) é uma moeda digital nativa da hathor network, que tem seus nós espalhados pelo mundo. Ela pode representar um avanço para o Brasil, pois viabiliza o ingresso nesse mercado e impulsiona o processo de atualização das transações financeiras, que é uma tendência mundial.
Entre os destaques dessa crypto, está ter a sua própria rede, diferentemente da maioria das moedas virtuais. A finalidade é reduzir as barreiras de acesso, para torná-la mais abrangente.
Outro ponto importante é a facilidade na criação de tokens, que podem ser feitos com apenas três cliques. Eles seguem algumas regras de uso, mas buscam atender a usuários que necessitam de funcionalidades mais simples.
Como foi a recepção da moeda no mercado?
A recepção da criptomoeda brasileira foi positiva, sendo destaque em grandes veículos de mídia nacional e internacional. A empresa demonstrou sua força ao resistir a diversas tentativas de ataque logo em seu lançamento, além de mobilizar milhares de membros em suas comunidades na internet.
Nos primeiros meses, a operação só podia ser feita pelo formato over the counter (OTC). Ele é também chamado mercado de balcão, em que as negociações são feitas diretamente com o vendedor.
Posteriormente, ela passou a ser listada em pequenas exchanges e, ao mostrar o seu potencial, foi listada espontaneamente nas maiores exchanges do mundo. As parcerias com outras instituições também ajudam a aproximar a moeda do mundo real.
Por sua proposta de inovação, equipe bem preparada e atenção às demandas do mercado, a hathor coin parece estar pronta para participar desse segmento. Em sua trajetória, a moeda já registrou altas significativas e chegou a acompanhar o dólar, com um valor bem próximo.
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Adesão da hathor Network ao acordo climático
O Crypto Climate Accord (CCA) — Acordo Cripto Climático, em tradução livre — é um acordo firmado entre as grandes empresas do setor de bitcoin (BTC) e criptomoedas. Ele tem o objetivo de reduzir o impacto climático das negociações desse mercado.
A sustentabilidade das operações financeiras é uma preocupação importante em diversos setores e demonstra ser uma tendência para o futuro. Nesse sentido, a hathor Labs, empresa criada pela hathor network, comprometeu-se a zerar a utilização de fontes fósseis na mineração da moeda.
Além disso, a organização conta com o programa ambiental hathor green, que promove a sustentabilidade social, ambiental e de governança. Assim, as mineradoras que atendem aos requisitos e têm token ativo na rede recebem bonificações.
Fortalecimento da tokenização
Como você viu, a criação dos tokens é um dos pontos fortes da hathor. Afinal, a simplificação da sua criação está entre as principais propostas. Para isso, ela estabeleceu parcerias com empresas de tokenização, como a Liqi.
O mercado de tokenização tem uma promessa de crescimento e já ganhou até um nome: DeFi, ou finanças descentralizadas. A perspectiva é que as empresas adotem cada vez mais essa ideia. Por essa razão, estão sendo pensadas soluções para melhorar a acessibilidade.
Como é o mercado das criptomoedas?
Já vimos que o mercado das criptomoedas vem chamando a atenção dos investidores. Assim, é importante saber quais características fazem esses ativos se destacarem, para avaliar se representam uma boa alternativa para a sua carteira.
Um dos atributos relevantes que apresentam é a alta volatilidade, pois as moedas não estão atreladas a nenhuma entidade reguladora. Nesse contexto, o único parâmetro para o seu preço é a lei da oferta e da procura.
Desse modo, pode representar mais riscos ao investidor, mas também um potencial de valorização. Além disso, enquanto as demais moedas em circulação aumentam em quantidade, as criptomoedas podem ter um número de unidades mais escasso, o bitcoin por exemplo é limitado, mas existem outras criptomoedas que não são.
Quais são as vantagens de investir em criptoativos?
A privacidade é uma vantagem encontrada nesses ativos. Os registros ficam armazenados, mas não é possível identificar quem fez a transação. Além disso, a descentralização também faz com que não incidam taxas e tributos, exceto aqueles que são cobrados pelas instituições.
O potencial de valorização no preço pode ser outra vantagem. Como você viu, essa alternativa apresenta como dado marcante a alta volatilidade. Apesar de trazer riscos, esse pode ser um elemento buscado por investidores, a depender da estratégia e do perfil.
Quais são os riscos desses investimentos?
Ao mesmo tempo, é preciso ressaltar que a volatilidade — ainda que possa ser considerada uma vantagem — representa um risco ao investidor. Em especial, na exposição direta aos criptoativos. Os riscos de prejuízo são altos.
Demais, há um risco mais específico: a falta de legislação para as exchanges faz com que elas não precisem seguir determinadas regras. Assim, as criptomoedas não são fiscalizadas e regulamentadas em muitos países.
Isso pode acarretar dificuldades para quem realiza os aportes. Por exemplo, a chance de cair em golpes e fraudes. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alerta frequentemente para a necessidade de manter a atenção com essas propostas, por conta dos riscos que podem apresentar.
Ainda que esse não seja um mercado ilegal no Brasil, a falta de regulamentação gera abertura a práticas ilícitas. Então é recomendado priorizar as alternativas que ofereçam segurança institucional, como você conhecerá a seguir.
Como investir em criptomoedas com mais segurança?
Para manejar os riscos no investimento em criptomoedas, existem iniciativas que institucionalizam os aportes e oferecem mais segurança aos investidores. No mercado brasileiro, a principal forma de fazer essa operação com um pouco mais de segurança é pelos fundos de investimentos.
Essa modalidade coletiva teve autorização do CVM para adicionar os criptoativos na carteira em 2018. Assim, trouxe uma alternativa regulamentada para quem se interessa por esses ativos. Embora não eliminem a volatilidade das moedas virtuais, eles podem ajudar a reduzir riscos.
Conheça os principais tipos de fundos de investimentos do mercado que podem ter criptomoedas no portfólio!
Fundos de criptomoedas
Os fundos de investimentos são um veículo coletivo para fazer seus aportes e podem ser de diversos tipos, a depender do foco do seu portfólio. Eles contam com a gestão profissional, que seleciona os ativos que farão parte da carteira.
O portfólio pode ser diversificado ou focado em determinado investimento. No caso dos fundos de criptomoedas, eles selecionam os ativos que fizerem mais sentido para a proposta da lâmina. Por isso, podem ter diferentes níveis de exposição às moedas virtuais.
Os fundos podem investir apenas em uma moeda, ou ter diversas criptomoedas — além de poderem também diversificar em outros investimentos de renda fixa ou variável. Logo, avalie as características antes de decidir fazer seus aportes e se expor à carteira do fundo.
ETFs
Os exchange traded funds (ETFs) também são fundos de investimentos, mas que têm o foco em um índice do mercado. Por esse motivo, também são chamados de fundos de índice. O objetivo dos ETFs é replicar o índice escolhido, selecionando os ativos que fazem parte da sua carteira teórica.
Eles são negociados na bolsa de valores (B3) e permitem fazer investimentos mais complexos, que seriam difíceis para uma única pessoa aportar. Ao adquirir as cotas você se expõe a todos os ativos que fazem parte daquele portfólio.
Como os criptoativos vêm chamando a atenção no mercado financeiro, é crescente o número de ETFs que focam nessas opções. O primeiro a ser listado na B3 foi o HASH11, administrado pela Hashdex e que replica o índice norte-americano Nasdaq Crypto Index.
Sua carteira é composta por diferentes moedas virtuais. Mas também existem outras opções, como o QBTC11, da QR Asset, que espelha o índice CME CF Bitcoin Reference Rate e tem o foco especialmente em bitcoins.
A criptomoeda hathor é uma novidade para o mercado brasileiro, que pode oferecer diferenciais importantes. Porém, para selecionar um investimento para a sua carteira, é preciso analisar alguns fatores como: seu perfil de investidor, seus objetivos e as alternativas disponíveis no mercado!
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