Todo investidor precisa ter, na carteira, investimentos de baixo risco. Eles são importantes para os objetivos de curto prazo e para a reserva de emergência, aquela que você pode precisar resgatar de repente, para atender a uma necessidade urgente.

Nesse sentido, a caderneta de poupança ainda é a aplicação financeira mais popular do país, mesmo com uma rentabilidade que deixa os próprios poupadores insatisfeitos.

Mas a verdade é que o mundo dos investimentos de baixo risco vai além da poupança. Existem opções de renda fixa conservadora que conseguem ser mais rentáveis que a caderneta em qualquer circunstância.

A rentabilidade da renda fixa conservadora acompanha a taxa básica de juros (Selic) ou a taxa DI, taxa de juros que segue de perto a Selic. Em tempos de juros altos, em que a poupança rende 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR), essas aplicações batem fácil a poupança.

Quando a Selic está baixa – igual ou inferior a 8,5% ao ano – a regra da poupança muda, e a caderneta passa a pagar 70% da Selic mais TR. Neste cenário, as aplicações de renda fixa conservadora também rendem menos, mas ainda conseguem vencer a poupança, desde que seus custos se mantenham baixos.

Apenas a chamada poupança antiga torna-se mais difícil de bater em épocas de juro baixo. Depósitos de poupança feitos até 3 de maio de 2012 mantêm a remuneração de 0,5% mais TR em qualquer cenário. Mesmo assim, há opções de investimentos de baixo risco capazes de vencer essa rentabilidade.

Neste artigo, você vai conhecer três opções de investimentos de baixo risco que podem substituir a poupança. Eles são mais rentáveis que a caderneta, além de serem tão seguros ou mais.

Não existe investimento sem risco, mas existem investimentos de baixo risco

Para funcionar bem como substituto da poupança, o investimento escolhido deve ser conservador, apresentando as seguintes características:

– Baixo risco de calote e de desvalorização;
– Alta liquidez, isto é, fáceis de resgatar ou vender, com acesso rápido aos recursos em caso de necessidade;
– Rentabilidade pós-fixada atrelada à taxa básica de juros (Selic ou CDI);
– Taxas de administração baixas.

Se atender a esses pré-requisitos, o investimento será mais rentável que a poupança mesmo com a cobrança de imposto de renda e de eventuais taxas. Além disso, terá o mesmo nível de risco que a caderneta, se não for mais seguro, podendo ser resgatado ou vendido a qualquer momento sem perdas.

Investimentos de baixo que não possam ser resgatados a qualquer momento devem ser evitados, pois deixarão o investidor na mão em caso de emergência.

Você também deve fugir de aplicações que cobrem taxas muito altas. Como os custos e o IR comem parte do rendimento, eles podem perder da poupança em épocas em que a taxa básica de juros estiver mais baixa.

Conheça os três principais investimentos de baixo risco capazes de substituir a poupança:

1. Certificados de Depósito Bancário (CDB)

CDB são títulos de dívida emitidos por bancos. Por meio deles, o investidor empresta dinheiro para o banco desempenhar suas atividades, em troca de um rendimento. Não há cobrança de taxas, apenas IOF sobre os rendimentos (no caso de aplicações inferiores a 30 dias) e imposto de renda.

Para atuarem como bons substitutos da poupança, os CDB devem ter liquidez diária, podendo ser resgatados a qualquer momento, e render um percentual da taxa DI, também chamada de CDI.

O ideal é que paguem a partir de 90% do CDI. Mas quando a taxa Selic está num patamar mais elevado, até percentuais menores costumam superar a rentabilidade da poupança. Em bancos médios é possível encontrar rentabilidades maiores, como 100% do CDI com liquidez diária.

Os CDB têm cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para aplicações de até 250 mil reais por CPF, por instituição financeira. É a mesma garantia da poupança.

Lembrando que esse é o valor total de proteção em uma mesma instituição financeira. Ou seja, esse valor inclui todos os depósitos garantidos pelo FGC que o investidor tiver em um mesmo banco, como conta-corrente, poupança e CDB.

Essa garantia permite ao investidor buscar rentabilidades maiores em bancos de menor porte, pois caso o emissor quebre e dê um calote, o FGC garante a quantia aplicada. Porém, nesses casos, é importante não manter mais do que 250 mil reais em um único banco.

O valor do aporte inicial varia de CDB para CDB, mas há papéis para investidores de todos os portes.

Entenda melhor como funcionam os CDB e saiba mais sobre o FGC.

2. Tesouro Selic (LFT)

O Tesouro Selic (LFT) é um título público, título de dívida emitido pelo governo federal. É o investimento de menor risco da economia brasileira.

Primeiro porque, como todos os títulos públicos, tem garantia do governo federal, o que faz com que seu risco de calote seja o menor do país.

Segundo porque sua remuneração é atrelada à taxa Selic, o que faz com que seja mínimo o risco de o investidor perder dinheiro se vender o título antes do vencimento. Nesse caso, seu rendimento muito provavelmente será positivo.

Isso já não é verdade para os outros títulos públicos, que têm outras formas de remuneração. Eles são considerados menos conservadores, pois podem dar retorno negativo se vendidos antes do vencimento. Se levados até o fim do prazo, porém, pagam exatamente a rentabilidade acordada na hora da compra.

É por meio da compra de títulos públicos que pessoas e instituições emprestam dinheiro ao governo federal. Pessoas físicas têm acesso a esses papéis pelo Tesouro Direto, plataforma on-line de compra e venda de títulos públicos. O investimento inicial é de apenas 30 reais.

Para ter acesso ao Tesouro Direto é preciso abrir conta em uma corretora de valores que ofereça o serviço, e elas geralmente cobram uma taxa de custódia anual para isso. Além disso, há uma taxa de custódia obrigatória de 0,3% ao ano, paga à bolsa de valores, pela guarda dos títulos.

Não é difícil para o Tesouro Selic superar a poupança, já que sua rentabilidade é atrelada à Selic. Mas como há taxas e cobrança de imposto de renda – e de IOF para aplicações de prazo inferior a 30 dias – é preciso atentar para a taxa cobrada pela corretora, para que não seja alta demais. O ideal, na verdade, é escolher uma corretora que não cobre taxa de custódia, como a GENIAL.

Saiba tudo sobre o Tesouro Direto.

3. Fundos de renda fixa conservadora

Os fundos de renda fixa conservadora investem em papéis como os já mencionados CDB e títulos Tesouro Selic (LFT), além de fazerem outras operações de baixo risco no mercado financeiro. O objetivo é obter uma rentabilidade próxima da taxa DI.

Uma vantagem de investir por meio de fundos de investimento é que você não precisa se preocupar em escolher os investimentos. Você tem um profissional para fazer isso por você. Além disso, você já investe em uma carteira diversificada, mesmo que não tenha muitos recursos.

Mas essa gestão profissional tem um custo: a taxa de administração. É importante que ela não seja muito alta, para que não reduza demais a rentabilidade e torne o fundo desvantajoso frente à poupança. Especialistas recomendam que ela não ultrapasse 1% ao ano.

Há ainda cobrança de IOF para aplicações de prazo inferior a 30 dias e imposto de renda sobre os rendimentos.

Fundos conservadores são muito acessíveis ao investidor pessoa física, e alguns sequer exigem um valor mínimo de aporte inicial, aceitando qualquer quantia.

Quanto ao risco, os investidores só estão expostos ao risco das aplicações nas quais o fundo investe. Como os fundos têm CNPJ próprio, seu patrimônio não se mistura ao das instituições financeiras que cuidam dele, como a gestora e a administradora. Se o gestor, por exemplo, quebrar, basta migrar o fundo para outro gestor.

Entenda o que são e como funcionam os fundos de investimento.

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