Juntar dinheiro para comprar um carro à vista vale muito mais a pena do que financiar um, mesmo que isso signifique esperar alguns anos.

É verdade que, no Brasil, os financiamentos de veículos não são dos mais caros. Pelo contrário, têm juros usualmente mais baixos do que a maioria das linhas de crédito, uma vez que o veículo fica como garantia do empréstimo.

Contudo, veículos não são investimentos. Carros e motos se depreciam com o tempo, sendo bem rara a venda por um preço superior ao da compra. Assim que sai da loja, o carro já começa a perder valor.

Por isso, é financeiramente mais interessante poupar e pagar o carro à vista, o que ainda pode render um desconto. Os investimentos podem te ajudar a chegar à quantia desejada mais rápido, pois a rentabilidade dá uma mãozinha.

Mas onde investir para comprar um carro?

A compra de um carro ou uma moto geralmente é um objetivo financeiro com data certa para acontecer no curto ou no médio prazo.

Por isso, prefira os investimentos de baixo risco, pois eventuais perdas seriam difíceis de recuperar no tempo disponível.

Opte, ainda, por aplicações com liquidez diária – isto é, que possam ser resgatados a qualquer momento – ou cujo vencimento ocorra perto da data em que você pretende usar os recursos.

Investimentos sem liquidez diária às vezes até podem ser resgatados antes do vencimento. Mas, em geral, é preciso abrir mão de parte da rentabilidade para fazer esse resgate antecipado. Outros só têm liquidez mesmo no vencimento.

Seguem alguns exemplos de investimentos que podem te ajudar a poupar para conquistar o tão sonhado veículo:

Certificados de Depósito Bancário (CDBs)

Os CDBs são títulos de renda fixa conservadora emitidos por bancos. Eles costumam pagar um percentual da taxa DI, taxa de juros que se aproxima da taxa básica, a Selic. CDBs emitidos por bancos médios costumam ser mais rentáveis que os de grandes bancos.

Têm cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores de até 250 mil reais por CPF, por instituição financeira, a mesma garantia da poupança. Isso faz com que esses papéis tenham baixíssimo risco de calote, mesmo quando emitidos por bancos de menor porte.

Aqueles que têm rentabilidade atrelada à taxa DI, também chamada de CDI, costumam ter liquidez diária. Alguns oferecem mais rentabilidade para quem ficar com o papel por um prazo mínimo.

Se você não tem pressa de adquirir seu carro e pretende poupar por mais de dois anos, há opções de CDBs com outras formas de remuneração e que precisam ser levados até o vencimento para renderem o percentual prometido.

Os prefixados oferecem uma rentabilidade fixada no ato da compra do papel; já os indexados à inflação oferecem uma taxa prefixada mais a variação do IPCA no período do investimento.

CDBs são isentos de taxas de administração, mas sofrem cobrança de imposto de renda. Mesmo assim, não é difícil encontrar papéis com remuneração líquida de IR superior à da poupança nos bancos médios, corretoras e distribuidoras de valores.

Há CDBs para todo valor de aporte inicial, mas em geral, quanto mais recursos você tem para investir, melhor a remuneração oferecida.

Entenda o que são e como funcionam os CDB.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é a plataforma de negociação de títulos públicos federais pela internet. É possível investir com quantias a partir de 30 reais. Os títulos públicos federais são as aplicações financeiras de menor risco de calote da economia brasileira.

Os títulos públicos têm garantia do governo, o que significa que são mais seguros que a poupança. Enquanto a taxa básica de juros no Brasil for elevada, também serão mais rentáveis que a caderneta, mesmo com a incidência de taxas e imposto de renda.

Além disso, a rentabilidade é a mesma, não importando a quantia que o investidor tenha para investir.

Todos os títulos públicos podem ser revendidos de volta ao Tesouro a qualquer momento. Porém, nem sempre é bom contar com isso.

Para quem quer comprar seu carro em um prazo curto, de até dois anos, o mais indicado costuma ser o título Tesouro Selic (LFT).

Se levado ao vencimento, ele paga ao investidor a variação da taxa Selic. Se vendido antes do vencimento, não necessariamente a remuneração será correspondente à Selic do período, mas ainda assim ela será positiva.

Assim, esse papel é ideal para investimentos de curto prazo. O Tesouro Selic é considerado o investimento mais conservador da nossa economia.

Para quem tem um pouco mais de prazo, o Tesouro Direto traz mais opções.

Além do Tesouro Selic, há também papéis prefixados (Tesouro Prefixado) e atrelados ao IPCA (Tesouro IPCA+). Estes últimos oferecem proteção contra a inflação e são mais indicados para quem ainda vai demorar a concretizar seu objetivo.

O ideal é preferir os títulos que não pagam juros semestrais, para que o valor referente aos juros continue aplicado e rendendo. Além disso, é aconselhável ficar com esses papéis até o vencimento, daí eles serem indicados para quem tem mais prazo.

Assim como ocorre com o Tesouro Selic, os títulos prefixados e atrelados à inflação só pagam a remuneração contratada na data de vencimento.

Porém, como os preços desses papéis oscilam muito diariamente, a venda antecipada pode acarretar uma remuneração muito diferente, e até negativa, o que já não ocorre com o Tesouro Selic.

Entenda o funcionamento dos títulos públicos e saiba como investir no Tesouro Direto.

Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa conservadora, como os fundos DI, são os fundos de investimento mais tranquilinhos. Eles fazem operações de baixíssimo risco e investem em papéis como o Tesouro Selic, na intenção de buscar uma remuneração próxima à taxa DI.

Esses produtos estão entre as aplicações financeiras mais seguras, além de serem bastante acessíveis. Há fundos que aceitam aportes iniciais de apenas dez reais.

A gestão profissional, no entanto, tem um preço. O investidor paga uma taxa de administração, além do imposto de renda sobre os rendimentos.

Como a remuneração se limita a algo próximo do CDI, é importante que o fundo tenha uma taxa de administração baixa, para que a rentabilidade não fique sacrificada demais.

Quem quiser buscar uma rentabilidade um pouquinho maior pode optar pelos fundos de renda fixa conservadores ou moderados que também investem em títulos privados, como CDBs e Letras Financeiras.

Fundos de renda fixa costumam ter liquidez diária, sendo indicados para quem deseja concretizar seu objetivo no curto ou médio prazo.

Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)

As LCIs e LCAs são títulos de renda fixa parecidos com os CDBs. Inclusive, também têm cobertura do FGC. A diferença é que são isentos de imposto de renda.

Com isso, tendem a ser mais rentáveis. Além disso, têm carência mínima de 90 dias e só costumam ter liquidez na data de vencimento.

Assim, se você decidir usar esses papéis para poupar para a compra do seu carro, case o prazo do papel com o do objetivo.

Entenda melhor o funcionamento das LCI e LCA e saiba quando o investimento em LCI e LCA realmente vale a pena.

Como traçar o seu objetivo

Para seu investimento ser bem-sucedido, é importante que traçar seu objetivo de forma adequada. A partir do preço do veículo desejado, calcule quanto poupar por mês, se você pretende fazer aportes mensais.

Lembre-se também de escolher aplicações que costumem render acima da inflação, já que os preços dos veículos também podem aumentar com o tempo.

Por isso mesmo a caderneta de poupança não foi apresentada como opção. Já os investimentos que oferecem proteção contra a inflação podem ser interessantes, mas é importante atentar para os prazos.

Aqui na GENIAL disponibilizamos uma planilha para te ajudar a calcular quanto poupar para atingir seus objetivos financeiros. Faça o download!

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