Em decorrência do agravamento das condições climáticas no planeta, a busca e a adoção de soluções sustentáveis se tornam cada vez mais necessárias. A queima de combustíveis fósseis — como petróleo, carvão e gás natural — é uma das principais causas da emissão de gases de efeito estufa.
No Brasil, uma iniciativa que ganha destaque é a transição energética. Ela visa reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis, promovendo o uso de fontes renováveis, que não prejudiquem o meio ambiente.
Se você está interessado em aprender mais sobre o tema, prossiga com a leitura deste post. Saiba o que é a transição energética e qual é a relação do Brasil com o assunto!
O que é transição energética?
A transição energética representa uma mudança paradigmática no modo como a sociedade gera e consome energia. O processo implica a substituição progressiva dos combustíveis fósseis por fontes de energia renovável, incluindo solar, eólica, hidrelétrica e biomassa.
Ele não se limita apenas à implementação de novas tecnologias e ao abandono de práticas prejudiciais ao planeta. Na realidade, a transição exige uma transformação nas políticas públicas, incentivando investimentos em infraestruturas sustentáveis e na eficiência energética.
Além disso, é fundamental haver uma mudança nos padrões de comportamento social, promovendo o consumo consciente e a valorização de práticas que reduzam o impacto ambiental. O objetivo final é alcançar um sistema energético mais resiliente e sustentável.
Qual é a importância da transição energética para o futuro?
A transição para fontes de energia renováveis é um pilar na garantia da sustentabilidade do planeta. Segundo levantamento do serviço climatológico europeu Copernicus, abril de 2024 bateu um recorde de calor.
No período, a temperatura global média alcançou 15 °C, completando o 11º mês consecutivo de altas. O registro ainda foi 1,58 °C acima da média pré-industrial (1850 – 1900).
Os dados mostram que é preciso agir imediatamente para diminuir os impactos das mudanças climáticas. Há uma preocupação de que, se o aquecimento global ultrapassar 2 °C em relação aos níveis pré-industriais, o derretimento das calotas polares possa aumentar o nível do mar.
O fenômeno poderia levar a inundações costeiras, salinização de reservatórios de água doce e erosão do solo — afetando a vida terrestre. Ademais, o aumento da temperatura tende a impactar a agricultura, desestabilizar ecossistemas, causar problemas econômicos e aumentar as desigualdades sociais.
Portanto, a transição energética não é apenas uma escolha estratégica ou oportuna. Na verdade, trata-se de uma necessidade urgente para a preservação ambiental e a promoção de um futuro próspero para as próximas gerações.
Como funciona a transição energética?
O funcionamento da transição energética está relacionado à substituição gradual de fontes de energia poluentes por alternativas mais limpas e sustentáveis. A queima de combustíveis fósseis libera grandes quantidades de CO₂ (dióxido de carbono), contribuindo para o aquecimento global.
Por outro lado, fontes de energia renováveis, como solar e eólica, não emitem CO₂ durante a geração de eletricidade. A característica as torna mais benéficas ao clima e essenciais para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
O processo de transição inclui investimentos em tecnologias avançadas e eficientes, focadas em uma matriz energética de baixa ou nula emissão de carbono.
Alguns exemplos são:
- energia solar: capturada da luz do sol, transformada em eletricidade por meio de painéis solares fotovoltaicos, sendo uma opção limpa e inesgotável;
- energia eólica: proveniente do movimento do ar, converte a energia cinética do vento em eletricidade por meio de turbinas eólicas;
- biomassa: envolve o uso de materiais orgânicos, como resíduos agrícolas e florestais, na geração de energia, que pode ser utilizada na forma de eletricidade;
- hidrelétrica: gerada pela força da água, responsável por movimentar grandes turbinas que produzem energia, geralmente, instaladas em barragens de centrais hidrelétricas.
No entanto, a transição não se limita à adoção de novas fontes de energia. Ela abrange a melhoria da eficiência energética em todos os setores. A proposta é reduzir o desperdício e promover a sustentabilidade ambiental.
Desafios a serem enfrentados
Embora a transição para fontes renováveis seja benéfica ao planeta, ela também apresenta desafios significativos. A sua implementação requer investimentos consideráveis, inclusive em infraestrutura, para garantir que a energia limpa chegue à população a um preço acessível.
Desse modo, é fundamental estabelecer regulamentações claras para promover o desenvolvimento e a competitividade das fontes de energia limpa. Além disso, existe a necessidade de capacitação profissional adequada, visando atender às novas exigências do setor energético.
Também é importante promover mudanças culturais e políticas que incentivem a colaboração entre empresas, Governo e sociedade civil. Outro obstáculo significativo é a resistência ao avanço das energias renováveis por parte de países e grandes corporações que não priorizam a questão.
Esses entraves requerem uma abordagem integrada e colaborativa para serem superados. Dessa maneira, há como buscar uma transição energética justa, acessível e eficiente.
Qual é a relação do Brasil com a transição energética?
Entendida a importância da transição energética e como ela funciona, vale saber qual é a relação do Brasil com o tema. O primeiro ponto a ser destacado nesse sentido se refere ao fato de o país ser signatário do Acordo de Paris, criado em 2015.
Trata-se de um compromisso mundial sobre as alterações climáticas, que prevê metas para a redução da emissão de GEE (gases do efeito estufa). Ao assinar o documento, o Brasil se comprometeu a reduzir, até 2025, a emissão de GEE em até 37% — em comparação aos níveis medidos em 2005.
O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) fica responsável por monitorar o cumprimento da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada, na sigla em inglês) pelo país. Os resultados alcançados podem ser conferidos no site do banco.
Segundo a instituição, em decorrência do uso de energia limpa, até dezembro de 2023, o Brasil deixou de emitir 98 milhões de toneladas de CO2. Conforme dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em 2024, a matriz elétrica brasileira alcançou a marca de 200 GW (gigawatts) de potência centralizada.
No período, as três maiores fontes renováveis que integravam a matriz de energia elétrica do país eram a hídrica (55%), eólica (14,8%) e biomassa (8,4%). Isso mostra que o Brasil está empenhando esforços para ampliar a sua transição energética.
O Governo brasileiro ainda conta com políticas públicas e incentivos para promover a transição energética. Entre eles estão o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica) e o ProGD (Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica).
Quais são os benefícios da transição energética para o Brasil?
A transição energética no Brasil representa uma oportunidade significativa para avançar em direção a um futuro mais sustentável e próspero. Com a integração de fontes de energia renováveis, o país pode experimentar uma redução substancial na emissão de poluentes.
O avanço é indispensável para a conservação do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas, garantindo um planeta mais saudável para as gerações futuras. Além dos benefícios ambientais, a transição energética tende a ser um motor potente no crescimento econômico.
Ela estimula a inovação e fomenta a criação de empregos, especialmente em áreas emergentes e de alta tecnologia relacionadas à produção de energia limpa. Isso não apenas diversifica a economia, mas posiciona o Brasil como um líder em tecnologias sustentáveis no cenário global.
A segurança energética é outro aspecto beneficiado pela transição. Ao diminuir a dependência de fontes de energia importadas, como petróleo e diesel, o Brasil pode alcançar uma maior autonomia no setor.
O processo fortalece a resiliência do país frente a oscilações de mercado e crises geopolíticas, assegurando uma oferta de energia estável para os brasileiros. Logo, a transição energética no Brasil é um caminho promissor que alia sustentabilidade ambiental, prosperidade econômica e segurança nacional.
Como o Brasil está se preparando para a transição energética?
Como você viu até aqui, o Brasil não apenas está se preparando para a transição energética, como é um dos países na vanguarda no movimento. Conforme relatório de junho de 2024 do Fórum Econômico Mundial, o país subiu para a 12ª posição no ETI (Índice de Transição Energética).
O ETI analisa a média de 46 indicadores relacionados à sustentabilidade energética, atribuindo uma nota de 0 a 100. O Brasil alcançou uma pontuação de 65,7, superando nações desenvolvidas, como o Reino Unido — que teve 65,6 —, a China (64,1) e os Estados Unidos (64 pontos).
Ainda de acordo com o estudo, o Brasil ocupou a 1ª posição no segmento entre todos os países emergentes da América. Já no G20, grupo formado pelas 20 nações que representam 80% da economia global, o Brasil foi o 3º colocado.
O avanço é atribuído às políticas estratégicas e aos investimentos focados em energias renováveis de diferentes fontes. Uma das principais iniciativas apontadas para o crescimento do país no ranking foi o compromisso de longo prazo com a energia hidrelétrica e os biocombustíveis.
Ademais, conforme o BEN (Balanço Energético Nacional) de 2024, o Brasil aumentou a participação de fontes renováveis na matriz energética, atingindo 49,1%, acima da média mundial — de 14,7%. Os dados demonstram os esforços do país em busca de mais sustentabilidade e eficiência energética.
Desafios da transição energética no Brasil
Apesar das iniciativas da nação em investir em energia renovável, sua distribuição ainda é um desafio. Segundo um estudo de 2019, do IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente), cerca de 1 milhão de brasileiros na Amazônia não tinham acesso ao serviço público de energia elétrica.
Na região, 3 milhões de pessoas não fazem parte do SIN (Sistema Interligado Nacional), que controla a geração e transmissão de energia, conectando consumidores e usinas. Parte delas depende da energia gerada por termelétricas movidas a óleo e diesel — altamente poluentes.
Além de buscar soluções para melhorar o acesso à energia elétrica no país, o Brasil deve dar atenção ao setor de transportes. Conforme relatório Síntese do Balanço Energético Nacional de 2023, feito pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), o setor lançou 210,4 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera em 2022.
Assim, os ganhos ambientais obtidos com as fontes energéticas limpas podem ser neutralizados com o aumento na emissão de gases do efeito estufa e a maior dependência do petróleo. Logo, o país precisa desenvolver e incentivar soluções para eletrificar a sua frota de veículos, por exemplo.
O que o cidadão comum pode fazer para apoiar a transição energética?
Qualquer pessoa consegue contribuir para a mudança adotando práticas mais sustentáveis no dia a dia. Por exemplo, investir em energia solar pode reduzir a demanda e o consumo de fontes não renováveis. Usar transporte público ou veículos elétricos ajuda na redução das emissões de carbono.
Ir para o trabalho de bicicleta também é uma forma de diminuir a poluição gerada pelos automóveis à combustão, além de poder reduzir o tempo gasto no trânsito. No caso do investidor, alocar recursos em companhias que promovem a sustentabilidade energética auxilia no crescimento do setor.
Essas ações individuais ajudam a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promovem um estilo de vida mais sustentável e responsável. Assim, você consegue evitar a degradação do meio ambiente — deixando o planeta mais saudável para as gerações futuras.
Como a Genial Energy está envolvida na transição energética?
A Genial Energy desempenha um papel importante na transição energética do Brasil. Somos a única plataforma financeira que oferece uma solução completa para a redução do custo com energia no campo corporativo.
Ou seja, ajudamos as companhias a reduzirem os gastos com a compra de eletricidade. A economia pode chegar a 40% na conta de luz com a aquisição de energia limpa, no mercado livre de energia.
Adicionalmente, a Genial Energy apoia o desenvolvimento de projetos de energia renovável alinhados com as metas ESG (environmental, social and governance) mais atuais. Assim, contribuímos para um movimento mais amplo em direção a um futuro energético limpo e verde.
Neste conteúdo, você aprendeu o que é a transição energética e como o Brasil está se tornando um líder mundial no segmento. Então não deixe de participar do movimento, adotando práticas sustentáveis, que contribuam para a proteção do meio ambiente para as futuras gerações.
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