Já pensou investir na Renda Variável sem correr o risco de ter perdas com as aplicações? Isso é possível com o Certificado de Operações Estruturadas (COE), um tipo de investimento que une produtos da renda fixa e da variável, oferecendo uma camada extra de segurança ao investidor. Muito comum em mercados como o da Europa e o dos Estados Unidos, o COE é a versão brasileira das Notas Estruturadas.

Mas, apesar da possibilidade de proteção ao capital investido, o COE, como todo investimento, não é isento de riscos. Como sempre dizemos neste blog, conhecer os produtos financeiros é uma etapa fundamental antes de tomar decisões de investimento. Por isso, neste post, vamos falar sobre o funcionamento do COE, seus riscos, a tributação e para quem é recomendado.

O que é o COE?

O COE combina, em uma única aplicação, um título de crédito da renda fixa emitido por uma instituição financeira, como um Certificado de Depósito Bancário (CDB), por exemplo, e um investimento em derivativos cujos ativos-objeto podem ser ações e índices (nacionais e estrangeiros), câmbio, commodities etc.

Em geral, a maior parcela dos recursos do COE está alocada na renda fixa; e uma parcela menor é destinada à renda variável, onde estão os produtos com maior risco e, também, com melhor retorno. 

São duas as modalidades do COE:

  • Valor Nominal Protegido: o investidor recebe 100% do valor investido, independentemente do desempenho dos produtos financeiros que compõem o COE.
  • Valor Nominal em Risco: o investidor pode perder uma parte do valor investido de acordo com o desempenho dos produtos financeiros que compõem o COE. Nesta opção, no entanto, o investidor não corre o risco de perder mais do que o capital investido.

Como mostrado acima, o COE, quando tem seu valor nominal protegido, oferece proteção frente a eventuais perdas da aplicação e a possibilidade de uma rentabilidade melhor do que na renda fixa, pois também é composto por ativos de maior risco.

Em geral, os COEs encontrados no mercado brasileiro têm vencimento entre seis meses e cinco anos, com investimento inicial a partir de R$ 1 mil, embora sejam mais comuns ofertas com preços superiores, entre R$ 5 mil e R$ 25 mil.

Todas as regras e características do COE constam no Documento de Informações Essenciais (DIE), que traz informações sobre o banco emissor, os riscos e os objetivos de rentabilidade. O DIE é muito parecido com as lâminas dos fundos e é sempre disponibilizado com a oferta do COE.

Como o COE funciona?

O COE é estruturado com base em perspectivas de ganhos e perdas dentro de um determinado período.

Imagine, por exemplo, que o ‘COE XYZ’ tem como alvo um desempenho X para o S&P500 em um prazo de dois anos. Se, no final desse período, o desempenho X for atingido, o investidor receberá o valor inicial aplicado + um percentual de rentabilidade previamente definido.

Caso o desempenho fique abaixo do alvo, o investidor pode lidar com dois cenários: perder dinheiro conforme a performance negativa (valor normal em risco), podendo chegar até 100% do montante investido; ou receber apenas o valor inicialmente aplicado (valor nominal protegido).

Assim, com o COE, o investidor sabe exatamente quanto pode ganhar caso o alvo seja alcançado e tem a opção de se proteger frente a eventuais perdas. Por outro lado, é importante lembrar que o retorno do capital investido não tem correção da inflação, ou seja, o dinheiro aplicado perde poder de compra caso o COE não atinja a rentabilidade alvo.

É importante observar que os COEs têm prazo determinado de adesão, além disso sua negociação no mercado secundário, embora possível operacionalmente, tem baixíssima  liquidez.

COE: Vantagens e desvantagens

Assim como qualquer outro investimento, o COE tem vantagens e desvantagens. Cabe ao investidor identificar se um determinado COE pode oferecer mais benefícios do que riscos antes de realizar um aporte.

Vantagens dos Certificado de Operações Estruturadas (COE):

  • Possibilidade de proteção contra perdas, ao mesmo tempo que dá ao investidor a oportunidade de investir em ativos com rentabilidade mais agressiva;
  • Não possui taxas de administração ou performance;
  • Diversificação, pois pelo COE o investidor pode aplicar recursos no mercado internacional, em câmbio e em outros produtos sofisticados;
  • Acesso a ativos globais;
  • Acesso a derivativos exóticos.

Desvantagens dos Certificado de Operações Estruturadas (COE):

  • Não possui garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O risco de crédito, portanto, está vinculado à capacidade de pagamento do banco emissor;
  • Baixa liquidez, quase impossibilitando a venda do COE no mercado secundário;
  • Em geral, o COE prevê um limite de ganho máximo, independentemente do desempenho dos ativos que compõem a aplicação;
  • A tributação segue a tabela regressiva do Imposto de Renda.

Investir em COE vale a pena?

Depende. É possível encontrar  COEs com diferentes estratégias no mercado brasileiro, logo cabe ao investidor avaliar se o produto é ideal para os objetivos da sua carteira de investimentos.

Como citamos, os COEs não são cobertos pelo FGC, e a estruturação e a emissão ao mercado desse tipo de investimento são realizadas pelos bancos. Por isso, antes de investir, é fundamental analisar o rating do emissor. Quanto maior o rating, menores são as chances de problemas com o recebimento dos recursos.

A baixa liquidez dos COEs dificulta a negociação desses ativos no mercado secundário. A venda de um COE antes do vencimento, caso necessária, também pode vir acompanhada de deságio, já que o banco irá pagar o valor de mercado do COE naquele momento. Assim o ideal é investir em COEs apenas quando a reserva de emergência já estiver garantida, e após já terem sido realizados outros investimentos na renda fixa e até mesmo na variável.

Uma dica para avaliar COEs, além de checar o rating do emissor, é comparar o retorno proposto pelo COE com o CDI. Levando sempre em consideração as expectativas para a taxa de juros da economia (Selic) e para a inflação. Os COEs são ofertados aos investidores pelas corretoras de valores, como a Genial Investimentos. Na Genial, não há cobrança de taxa de corretagem para contratação de COEs, a abertura de conta é gratuita e você pode ter acesso também a outras operações sofisticadas, além do suporte do nosso time de profissionais para ajudar você a identificar os produtos ideais para seu perfil.

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