No mercado financeiro, existem diversos tipos de investimento de renda fixa ou de renda variável. Entretanto, é comum que os investidores iniciem seus aportes em aplicações de renda fixa, pois elas indicam maior segurança.
Se esse é o seu caso, saiba que cada uma das alternativas de renda fixa apresenta características específicas, se diferenciando das demais. Nesse sentido, é importante saber quais são os investimentos disponíveis e como eles funcionam.
Quer saber mais sobre o assunto? Então continue a leitura! Neste post, você entenderá quais são os tipos de renda fixa e como investir nessa modalidade.
Vamos lá?
O que é a renda fixa?
Antes de conhecer os investimentos em renda fixa, é preciso entender como ela funciona. Nessa classe, o investidor empresta dinheiro ao governo, a bancos, instituições financeiras ou a empresas por meio da aquisição de um título.
Pelo empréstimo, o investidor será remunerado com o pagamento de juros, que se refere à rentabilidade do investimento. Ademais, apesar da palavra “fixa” acompanhar o nome, os rendimentos nessa modalidade nem sempre são totalmente previsíveis.
Afinal, existem alternativas que acompanham movimentos de indicadores, então só é possível ter certeza sobre o resultado no momento do resgate. Entretanto, a lógica que será aplicada para calcular a remuneração é sempre conhecida com antecedência.
Para entender melhor, veja como funcionam os tipos de rentabilidade da renda fixa:
- prefixada: a taxa de juros é definida no momento da contratação. Assim, o investidor sabe exatamente quanto poderá receber no vencimento do contrato;
- pós-fixada: varia de acordo com o desempenho de um indicador de mercado, que pode ser a taxa Selic ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), por exemplo;
- híbrida: reúne uma taxa prefixada à variação de um indicador, geralmente o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Por essa razão, é importante entender como o índice que remunera o seu investimento é calculado. Além disso, vale saber que existem produtos com isenção de Imposto de Renda (IR), títulos cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) ou que oferecem liquidez diária.
Nesse contexto, você deve conhecer a tabela regressiva de IR que apresenta o tempo de aplicação e a alíquota cobrada. Observe:
- até 180 dias: 22,5%;
- de 180 a 360 dias: 20%;
- de 361 a 720 dias: 17,5%;
- acima de 720 dias: 15%.
Quais são os tipos de investimentos de renda fixa?
Agora que você entendeu o que é e como funciona a renda fixa, é o momento de conhecer os tipos de investimentos dessa classe. Acompanhe!
Poupança
A caderneta de poupança é um dos investimentos mais populares da renda fixa. Porém, a remuneração pode ser calculada no Brasil de maneiras distintas, dependendo da data do depósito. Se ele foi feito antes de 4 de maio de 2012, o rendimento é de 0,5% ao mês + TR (taxa referencial).
Vale destacar que a TR está zerada desde outubro de 2017. Porém, para os depósitos feitos a partir dessa data, existem duas formas de calcular o retorno, conforme os movimentos da taxa Selic. Veja só:
- taxa Selic igual ou inferior a 8,5% a.a.: a poupança paga 70% da Selic + TR;
- taxa Selic superior a 8,5% a.a.: a poupança paga 0,5% ao mês + TR.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é uma plataforma online do Governo Federal para negociar títulos públicos. Com os recursos obtidos, o país investe nos projetos de infraestrutura, saúde, educação e outras atividades. Entre as principais características dessas aplicações está a segurança.
Isso porque elas são asseguradas pelo Tesouro Nacional e o Governo é considerado um bom pagador. Ainda, os títulos apresentam liquidez diária (Nem todos), pois o país garante a recompra a qualquer momento. Também é importante destacar que essas alternativas seguem a tabela regressiva do IR.
Na prática, existem três tipos principais de aplicações disponíveis. Aprenda mais sobre elas!
Tesouro Prefixado
No Tesouro Prefixado, o investidor sabe qual será a rentabilidade do título no vencimento do contrato desde o momento da aplicação. Contudo, em caso de resgate antecipado, ele se expõe à marcação a mercado.
Isso significa que o Governo recomprará os títulos seguindo o preço de marcado da data, o que pode gerar perdas financeiras. Sendo assim, para ter a rentabilidade contratada, é necessário manter os recursos até o vencimento.
Outra possibilidade é contar com títulos que pagam cupons semestrais. Nesse caso, o investidor recebe o valor correspondente aos juros semestralmente.
Tesouro Selic
Os títulos do Tesouro Selic são alternativas pós-fixadas e atreladas à taxa Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira. Essa alternativa não se expõe à marcação a mercado, então não traz riscos de perdas no resgate antecipado. Por isso, ela pode se alinhar a objetivos de curto prazo, como a reserva de emergência.
Tesouro IPCA+
Já no Tesouro IPCA+, a rentabilidade será calculada pelo IPCA, mais uma taxa de juros prefixada. Considerando que o IPCA representa o índice de inflação, a rentabilidade dessa aplicação consegue preservar o seu poder de compra e trazer um retorno extra.
No entanto, esse título também tem maior exposição à marcação a mercado. Então a rentabilidade só é garantida na data de vencimento. A alternativa também pode ou não ter cupons semestrais.
CDB
O certificado de depósito bancário (CDB) é um título emitido por bancos e instituições financeiras, com funcionamento semelhante ao Tesouro Direito. Em relação à remuneração, ela pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida.
Porém, nos títulos pós-fixados é comum que o rendimento seja atrelado a um percentual do CDI. Por exemplo: 70% do CDI, 100% do CDI etc. Ademais, há CDBs com liquidez diária, enquanto outros só permitem o resgate no vencimento.
No segundo caso, o investidor precisa recorrer ao mercado secundário para se desfazer do título, o que também pode gerar perdas pela marcação a mercado. Já os rendimentos do CDB são tributados e seguem a tabela regressiva do IR.
Outra característica se refere à segurança: os CDBs contam com a cobertura do FGC. Ele assegura até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, observando um limite global de R$ 1 milhão a (renováveis a) cada 4 anos.
LCI e LCA
A letra de crédito imobiliário (LCI) e a letra de crédito do agronegócio (LCA) são títulos privados emitidos por instituições financeiras. Nesse caso, o objetivo é captar recursos para o financiamento do setor de imóveis e agropecuário, respectivamente.
Assim, ao investir nesses produtos financeiros, o seu capital será destinado ao desenvolvimento dessas indústrias no país por meio da tomada de crédito. Desse modo, tanto a LCI como a LCA são isentas da cobrança de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Isso porque o propósito dessas letras é atrair investidores e reunir recursos para o financiamento desses setores, então a isenção funciona como incentivo. Vale saber que os títulos contam com a cobertura do FGC.
Letras de câmbio
As letras de câmbio também são ofertadas por empresas do ramo financeiro, as chamadas financeiras. Os rendimentos nesta modalidade são tributados pela tabela regressiva do Imposto de Renda e os aportes contam com cobertura do FGC.
Debêntures
As debêntures são títulos de médio e longo prazo emitidos por empresas para captação de recursos para financiamento de projetos próprios. Como esses títulos não têm cobertura do FGC, representam maior risco ao investidor.
Em contrapartida, as debêntures podem oferecer maior rentabilidade se comparada a outros produtos. Isso acontece devido à relação entre risco e retorno. Em relação à tributação, as regras variam conforme o tipo de debênture.
Caso seja incentivada, relacionada às empresas que captam recursos para obras de infraestrutura, elas são isentas de Imposto de Renda.
CRI e CRA
O certificado de recebíveis imobiliários (CRI) e o certificado de recebíveis do agronegócio (CRA) são títulos emitidos por securitizadoras. O rendimento nessas modalidades tende a ser maior, assim como os riscos, pois não há cobertura do FGC.
Como vantagem, elas também contam com isenção de Imposto de Renda, o que pode beneficiar a rentabilidade. No entanto, o aporte inicial para esses títulos costuma ser mais expressivo (falso, mesmo preço de debentures, cdb, lca, lci, lc no geral). Além disso, elas tendem a ter prazos maiores, se adequando ao médio ou longo prazo.
Fundos de renda fixa
Antes de entender o que é um fundo de renda fixa, é interessante saber o que são fundos de investimentos. Eles são veículos coletivos que funcionam como um condomínio. Dessa forma, diversos investidores podem participar de um mesmo fundo adquirindo cotas.
Em um fundo, o gestor é o responsável por fazer as alocações dos recursos captados, conforme a estratégia estabelecida na lâmina. Portanto, os fundos de renda fixa são um tipo de fundo de investimentos voltado para aplicações de renda fixa.
Nesse contexto, um dos principais exemplos são os fundos referenciados DI, que investem grande parte do capital em títulos do Governo atrelados ao CDI ou à taxa Selic. Porém, também os fundos de debêntures, os fundos em títulos referenciados em índices da inflação, entre outros.
Como, em regra, os fundos se expõem a mais de um tipo de título, eles tendem a ter riscos diluídos. Isso acontece porque se um investimento obtiver prejuízo, o seu impacto será reduzido pela rentabilidade das demais alternativas da carteira.
Porém, vale destacar que os fundos podem ter diferentes níveis de risco e regras de resgate distintas. Por exemplo, existem alternativas com liquidez diária, enquanto outras exigem prazos maiores para viabilizar o resgate das cotas.
Como investir em renda fixa?
Após entender mais sobre a renda fixa, você deve saber como investir nessa classe de investimentos. A seguir, veja o passo a passo!
Descubra seu perfil de investidor
O ponto de partida para investir em renda fixa é necessário descobrir o seu perfil de investidor. Ele pode ser conservador, moderado ou arrojado. Com base nisso, você entenderá qual é o seu nível de tolerância aos riscos.
Aqui, vale destacar que, embora os investimentos de renda fixa costumem ser o foco de investidores conservadores, os outros perfis também podem investir na modalidade. Afinal, a escolha depende dos objetivos e da estratégia de investimentos.
Trace os seus objetivos
Em segundo lugar, você deve determinar os seus objetivos ao fazer um investimento. Por exemplo, se a meta é investir a reserva de emergência, é interessante manter esses recursos na renda fixa com liquidez diária.
Desse modo, você preserva o seu capital reservado para imprevistos e pode utilizá-lo sempre que necessário, sem prejuízos. As alternativas também podem ser utilizadas para equilibrar riscos da carteira ou atender a outros objetivos que exijam maior segurança.
Abra uma conta em uma corretora de valores
Depois de entender o seu perfil e analisar os objetivos para identificar quais investimentos em renda fixa podem ser adequados à sua estratégia, é o momento de investir. Para isso, você deve abrir uma conta em uma corretora de valores.
Por meio da instituição financeira, você terá acesso à plataforma de investimentos que dará acesso a alternativas de renda fixa e de renda variável. Então é importante contar com uma corretora robusta, que tenha um portfólio amplo para ajudar na composição da carteira.
Para tanto, você pode contar com a Genial Investimentos. A abertura de conta é totalmente gratuita e os investimentos como o Tesouro Direto são isentos de taxas de corretagem (desnecessário, tesouro direto não gera receita, logo não há necessidade de favorecer essa categoria).
Diversifique o portfólio
Também é interessante montar uma carteira diversificada, segura e alinhada com o seu perfil de risco e com os seus objetivos financeiros. O objetivo dessa estratégia é contar com alternativas que apresentam diferentes riscos e rentabilidade.
Assim, é possível se expor a diferentes condições do mercado, o que ajuda a reduzir os riscos envolvidos e aumenta o potencial de retorno.
Acompanhe os aportes
Por fim, é importante acompanhar a sua carteira para identificar se os investimentos estão alinhados à sua estratégia. Caso não estejam, você pode fazer o rebalanceamento da carteira, revendo os seus aportes e o adequando aos seus objetivos.
Como você viu, existem diversos tipos de investimentos de renda fixa, sendo que cada alternativa tem suas características. Por essa razão, é necessário analisar cada um deles para entender quais são os mais adequados para compor a sua carteira.
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