Quem quer investir em renda fixa encontrará diversos tipos de títulos e certificados. Entre eles estão as debêntures, que podem ser classificadas de muitas formas, como a incentivada e a quirografária.

Assim, é comum ficar confuso com a quantidade de opções disponíveis, como elas funcionam e as principais diferenças entre os tipos de debêntures. Para conseguir tomar uma decisão de investimento mais consciente, você precisa conhecer esses pontos.

Quer saber mais sobre as debêntures e, especificamente, sobre o modelo quirografário? Então continue a leitura desse conteúdo e aprenda!

O que é uma debênture?

Antes de saber quais são os tipos de debênture, como eles se relacionam e suas diferenças, você deve saber o que é essa aplicação. Trata-se de um título de renda fixa emitido por empresas de capital aberto ou fechado com o objetivo de angariar fundos.

Dessa maneira, você pode imaginar uma debênture como um título de dívida, criando uma relação de credor e devedor.

Logo, ao investir em uma debênture, você está emprestando dinheiro para a empresa emissora, tornando-se o credor da dívida. A companhia, por sua vez, tem o dever de devolver o valor investido acrescido de uma rentabilidade já combinada.

Além disso, cada debênture emitida tem características próprias. No caso da rentabilidade, que são os ganhos do investidor, ela pode se dar de 3 formas:

  • prefixada: segue um percentual certo anual, como 10% ao ano;
  • pós-fixada: é atrelada a um indexador, como a taxa Selic ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI);
  • híbrida: há combinação das duas modalidades anteriores, com um indexador acrescido de um percentual prefixado. Por exemplo, um retorno dado na forma de 5% ao ano mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Já os prazos para resgate e de carência são determinados conforme as necessidades e planejamento da empresa emissora. A carência é o período mínimo durante o qual o valor deve continuar investido antes do resgate e, por isso, afeta diretamente a liquidez. Quanto maior for a carência, menor é a liquidez da debênture.

Ainda, vale saber que esses títulos são negociados por meio de plataformas de investimento, como as corretoras de valores. Logo, os investidores têm acesso a alternativas com diferentes características.

Entendendo o risco de crédito nas debêntures

Agora que você já sabe o que são as debêntures, vale se aprofundar no tema para compreender aquelas consideradas quirografárias. Nesse contexto, saber o conceito de risco de crédito é essencial para o entendimento.

Como você viu, a rentabilidade dos investimentos de renda fixa é conhecida previamente. Então há como saber quanto o título renderá ou, pelo menos, a lógica do cálculo. Desse modo, essa classe de investimento é considerada segura e previsível.

Isso não significa, contudo, que ela é livre de riscos. Um dos riscos presentes é o chamado risco de crédito, que está ligado a relações em que há empréstimo de valores.

Quando você empresta dinheiro para alguém, é necessário considerar a capacidade de pagamento do devedor. Ou seja, ele precisa ter fundos para devolver o valor emprestado somado à remuneração pactuada no prazo combinado.

O risco de crédito diz respeito à possibilidade de o devedor não ter recursos suficientes para esse pagamento. No caso das debêntures, o conceito do risco de crédito segue essa mesma lógica.

Ao fazer o aporte no título, você espera que todas as regras sejam cumpridas pelo devedor. Portanto, no prazo de vencimento, a companhia emissora deverá pagar os valores devidos que foram acordados.

Contudo, ela pode se tornar insolvente durante o prazo de investimento. Isso pode ocorrer por diversos motivos — como falência, recuperação judicial e outras situações.

Dessa forma, o risco de crédito corresponde à possibilidade de o emissor do título não ter recursos para pagar o investidor. Cada empresa terá um risco de crédito diferente, de acordo com suas capacidades financeiras e resultados do período.

O que significa uma debênture quirografária?

Como você percebeu, as debêntures — como qualquer título de renda fixa — apresentam risco de crédito. Esse risco pode ser maior ou menor, dependendo da empresa e de sua situação financeira. Nesse contexto, algumas debêntures oferecem garantias de pagamento para mitigar os riscos.

Entre as possibilidades estão:

  • garantia real, que advém de máquinas, imóveis e outros bens do negócio, impedindo a negociação desses bens;
  • garantia flutuante, também se relaciona a bens da companhia, mas a empresa ainda poderá negociá-los. Nesse caso, o credor terá preferência nos pagamentos em caso de falência da empresa.

Contudo, também existem debêntures que não apresentam garantia. Entre elas está a debênture quirografária. Nesse caso, se ocorrer a falência, o investidor pode requerer seu crédito, mas concorrerá com os outros credores não preferenciais.

A emissão de debêntures quirografárias está limitada ao capital social integralizado da companhia. Nesse tipo, o risco de crédito é maior que nas debêntures com garantia real ou flutuante. Logo, é necessário considerar essa característica no momento de investir.

Vale a pena investir em uma debênture quirografária?

Se o risco de crédito é maior no caso das debêntures quirografárias, é comum ter dúvidas se é interessante investir nesse tipo de título de renda fixa. Para responder a essa questão, é preciso considerar seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros.

Entender o risco de crédito, se ele é adequado para seu perfil e avaliar se as debêntures fazem sentido para seus objetivos é essencial. Com essas informações, você poderá analisar o aporte nesses títulos.

Vale ressaltar que, como há um risco maior, a rentabilidade tende a ser mais atrativa, seguindo a relação proporcional entre risco e retorno. Isso não é uma regra, mas as companhias costumam compensar a maior insegurança concedendo benefícios aos investidores.

Então, no momento de avaliar o título, verifique o risco atrelado e se a relação entre o risco e a rentabilidade é adequada para sua estratégia. Assim, você poderá encontrar debêntures quirografárias que façam sentido para suas características pessoais e expectativas.

Como você viu, o investimento é feito via plataforma de investimentos da sua corretora. Logo, contar com uma instituição que possua um portfólio diversificado é importante para que suas alternativas sejam mais abrangentes.

Entendendo o que são debêntures e a sua classificação como quirografária fica mais fácil tomar uma decisão de investimento. Não esqueça de que contar com uma boa corretora de valores é indispensável para sua jornada de investimentos. Ficou interessado em contar com um amplo portfólio de aplicações e ativos financeiros? Então abra sua conta conosco e venha ser Genial!

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