Ao pesquisar uma alternativa que vale a pena para diversificar a carteira e explorar o mercado financeiro, é possível encontrar o ETF (exchange traded fund) de renda fixa. Você já conhece essa modalidade de investimento? 

Ele vem ganhando mais espaço no mercado, mas ainda gera muitas dúvidas entre os investidores. As principais tratam de seu funcionamento e se compensa incluir essa opção em sua carteira. 

Se você tem interesse no assunto, continue a leitura deste post. Nele, você aprenderá sobre o que são ETFs de renda fixa e verá se vale a pena investir. Confira! 

O que é um ETF e como funciona? 

O ETF também é conhecido como fundo de índice. Ele funciona como um fundo de investimento, que é uma modalidade coletiva em que investidores adquirem cotas para participação. As decisões sobre como os recursos serão utilizados são tomadas por um gestor profissional.  

Assim, ele escolhe as aplicações e ativos que compõem o fundo, sempre observando a estratégia específica. No caso do ETF, ele tem como objetivo replicar a carteira teórica de um determinado índice.  

As cotas dos ETFs são negociadas pela B3, a bolsa de valores brasileira. Logo, o processo de compra é semelhante ao utilizado nas ações. Já os ganhos acontecem pela venda das cotas após valorização.  

Como funciona um ETF de renda fixa? 

Um ETF de renda fixa é aquele que espelha um índice dessa classe de investimentos, como o IPCA (o índice da inflação) ou o IMA (Índice de Mercado Anbima). Os fundos podem utilizar qualquer indicador de renda fixa que seja reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Assim, o ETF desse tipo é formado majoritariamente por títulos de renda fixa, que podem ser públicos ou privados. Porém, a escolha dos ativos se pauta pelo índice que será replicado, visando trazer o mesmo desempenho do indicador ao fundo.  

Nesse caso, a principal vantagem está na possibilidade de se expor a diversas aplicações financeiras ao investir nas cotas do fundo.  

A seguir, você conferirá algumas características importantes para saber se ETF de renda fixa vale a pena: 

1. Taxas 

Os ETFs contam com uma taxa de administração, cuja finalidade é custear as despesas de gestão do fundo. Os percentuais da taxa variam em cada um, mas eles costumam ser baixos. Isso porque são considerados de gestão passiva (por replicar índices). 

2. Tributação 

Uma questão importante ao avaliar investimentos é a tributação, que pode reduzir a rentabilidade obtida ao descontar o Imposto de Renda. Nesse caso, a alíquota depende do prazo médio dos títulos que compõem o ETF. 

Para ETFs de renda fixa que investem em títulos com vencimento médio superior a dois anos a alíquota de IR é de 15% sobre o lucro obtido, e não há incidência do come-cotas — que é um desconto semestral do tributo.  

3. Liquidez 

Como as cotas dos ETFs de renda fixa são negociadas na B3, há maior flexibilidade na hora de comprar e vender. Desde que o fundo tenha um bom volume de negociações, é possível contar com alta liquidez.  

Porém, é preciso ter atenção ao prazo para liquidação na bolsa de valores. Por conta dele, pode ser preciso esperar alguns dias úteis para ter acesso ao dinheiro depois de realizar a venda.  

Quais são exemplos de ETF de renda fixa? 

Os ETFs de renda fixa disponíveis para negociação podem ser consultados no site da B3. Em março de 2021, existiam 7 opções listadas na bolsa — sendo que uma das mais conhecidas é o IMAB11. Ele visa espelhar o índice IMA-B, da ANBIMA. 

Ele é formado por títulos públicos atrelados ao IPCA, especificamente o Tesouro IPCA+ com juros semestrais. As carteiras teóricas dos índices são revistas com uma frequência determinada, então passam por atualizações que são acompanhadas pelo ETF.  

Conheça outros fundos de índice disponibilizados pela B3 e os índices espelhados: 

  • FIXA11: replica o índice de futuros de taxas de juros (DI) com prazo de três anos; 
  • IRFM11: replica o índice IRFM P2, calculado pela ANBIMA com uma carteira teórica formada por títulos prefixados (com e sem cupons semestrais) do Tesouro.  

Quais as diferenças em relação aos outros tipos de ETF? 

Após conhecer o ETF de renda fixa, é comum se perguntar o que muda em relação aos fundos de índice de renda variável. O principal ponto trata dos indicadores utilizados como benchmark.  

No segundo caso, são utilizados índices relacionados ao mercado de ações e demais investimentos de renda variável. Outra diferença é o prazo de liquidação. Nos ETFs de renda fixa, a liquidação costuma acontecer em D+1. Contudo, o funcionamento e os custos dos fundos são semelhantes. 

Em relação aos riscos, eles podem ser menores nos ETFs de renda fixa, devido à volatilidade dos ativos de renda variável. Mas vale destacar que os fundos não apresentam o mesmo nível de segurança que o investimento direto em aplicações.  

O motivo é que ele estará exposto às oscilações do mercado da bolsa. Além disso, não há cobertura do Fundo Garantidor de Crédito. A opção, por outro lado, é considerada mais segura em comparação com ETFs de renda variável, pois não está exposta à mesma volatilidade. 

Assim, ETFs de renda fixa podem valer a pena para investidores de perfil mais conservador, se for o caso. Nesse momento, é importante acompanhar as variações do fundo e ter atenção à cotação na data em que solicitar o resgate. 

Afinal, vale a pena investir em ETF de renda fixa? 

Você já aprendeu sobre o funcionamento dessa modalidade de investimento. Então, o próximo passo é identificar se realmente vale a pena investir em um ETF de renda fixa. Saiba que não existe uma resposta certa, aplicável a todos os investidores.  

Certamente, a alternativa traz algumas vantagens, como a facilidade para diversificar carteira, a acessibilidade e a segurança. Por outro lado, ela oferece menos estabilidade que alguns títulos de renda fixa. O preço das cotas pode oscilar e também não há prazo de vencimento. 

Isso pode dificultar o planejamento, já que não há a garantia em relação à rentabilidade considerando apenas a data. Assim, é necessário acompanhar as movimentações do mercado e o preço das cotas para tomar melhores decisões sobre a venda. 

Por isso, antes de investir nessa opção, avalie o seu perfil de investidor e os seus objetivos financeiros. A partir dessa análise, você poderá definir se o fundo de índice faz sentido para o seu portfólio.  

Conhecendo as características de um ETF de renda fixa e como ele funciona, fica mais fácil avaliar se ele vale a pena, certo? Não deixe de considerar os aspectos relevantes para verificar se a alternativa é adequada às suas estratégias! 

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