Você sabia que investir em ativos individuais não é a única opção disponível no mercado financeiro? Também é possível recorrer aos fundos de investimentos, que se dividem em diversas classificações e apresentam estratégias para todo tipo de investidor.  

Porém, antes de aproveitar a oportunidade, é preciso compreender o funcionamento desses veículos e entender o que eles oferecem. Assim, você pode fazer uma escolha que seja compatível com suas expectativas, sua estratégia e seu apetite ao risco.  

Inscreva-se no nosso canal do YouTube

O que são fundos de investimentos?  

Os fundos de investimentos são veículos ou modalidades financeiras coletivas. Assim, eles envolvem a participação de diversos investidores que possuem um objetivo em comum. 

Além disso, o mercado financeiro contempla diferentes tipos de fundos, classificados conforme o volume de recursos aportado em ativos e instrumentos financeiros. Também existem diversas estratégias adotadas, com variados níveis de risco.  

Vale ressaltar que os fundos de investimentos são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Esse órgão é responsável pela organização, regulamentação e fiscalização do mercado financeiro no Brasil. 

Dessa maneira, para serem lançados no mercado, os fundos devem cumprir diversas regras, ter profissionais capacitados e instituições financeiras vinculadas a eles. Isso traz mais segurança aos investidores interessados nessa modalidade. 

Como funcionam os fundos de investimentos?  

Um fundo de investimento é como um condomínio financeiro onde vários investidores juntam recursos. Uma instituição administradora, por exemplo, cria o fundo com regras e objetivos específicos e designa um gestor para tomar decisões de investimento.

Os investidores compram cotas, que variam de preço conforme o desempenho do fundo. Algumas cotas são negociadas na bolsa de valores, sujeitas à oferta e demanda do mercado, oferecendo mais possibilidades de resultados.

Rentabilidade FIIs  

A rentabilidade dos fundos de investimento vem principalmente da valorização das cotas, que depende dos movimentos dos ativos no portfólio. Alguns fundos pagam dividendos aos cotistas, distribuindo lucros recorrentes.

Fundos de investimento imobiliário, por exemplo, negociam propriedades e recebem aluguéis, distribuindo lucros proporcionalmente às cotas. Dividendos oferecem outra forma de rendimento, além da valorização das cotas.

O potencial de ganhos está ligado aos riscos assumidos. Por exemplo, fundos arrojados têm maior potencial de retorno, mas também mais riscos. A relação risco-retorno significa que mais riscos podem trazer maiores ganhos, enquanto fundos mais seguros têm menor expectativa de rentabilidade.

Entrada e saída de cotistas 

Outra característica relevante sobre essas alternativas envolve o fato de os fundos serem abertos ou fechados. Essa classificação interfere no modo de participação e de saída dos cotistas.  

Fundos Abertos

  • Entrada: Permite a entrada de novos investidores a qualquer momento.
  • Novas Cotas: Emite novas cotas conforme recebe aportes dos interessados.
  • Saída: Ocorre com o resgate das cotas, quando o fundo paga o valor devido ao investidor.

Fundos Fechados

  • Entrada Inicial: Permite a entrada de investidores apenas no momento de lançamento, com venda de cotas limitadas.
  • Mercado Secundário: Após o período inicial, as cotas só podem ser adquiridas no mercado secundário, comprando de outros investidores, geralmente através da bolsa de valores.
  • Saída: Não prevê resgate direto; o investidor precisa vender suas cotas no mercado secundário para receber os valores.

Liquidez 

Devido às diferenças nos mecanismos de entrada e de saída dos investidores, a liquidez costuma ser diferente entre os fundos de investimentos. Fundos fechados com cotas negociadas na bolsa de valores, por exemplo, costumam ter maior liquidez, considerando a demanda. 

Veja mais exemplos:

Fundos Fechados

  • Negociação na Bolsa: Fundos fechados com cotas negociadas na bolsa de valores geralmente têm maior liquidez, dependendo da demanda.
  • Mercado Secundário: A liquidez das cotas depende da demanda. Se não houver interessados na compra, pode ser difícil transformar o investimento em dinheiro.

Fundos Abertos

  • Resgate Rápido: Fundos abertos com um prazo menor entre a solicitação de resgate e o pagamento ao investidor tendem a ter maior liquidez.
  • Período de Resgate: Fundos com um período maior para viabilizar o pagamento dos valores de resgate têm menor liquidez.

Fatores que Influenciam a Liquidez

  • Demanda: A liquidez está diretamente relacionada à demanda pelas cotas do fundo.
  • Prazo de Resgate: Fundos abertos com prazos menores para pagamento após a solicitação de resgate são mais líquidos.
  • Mercado Secundário: Em fundos fechados, a liquidez depende da facilidade de encontrar compradores interessados nas cotas.

Entender a liquidez é crucial para avaliar a flexibilidade de um fundo de investimento. Fundos com alta liquidez permitem que os investidores transformem seus investimentos em dinheiro de maneira mais rápida e eficiente, enquanto fundos com baixa liquidez podem apresentar desafios neste aspecto.

Taxas  

Para investir em fundos com mais segurança e embasamento, é necessário compreender como ocorre a cobrança de taxas. A principal delas é a taxa de administração. Ela é cobrada em um percentual anual e tem a finalidade de remunerar a gestão profissional e toda a estrutura de funcionamento do veículo financeiro.  

Em determinados casos, também é cobrada a taxa de performance. Ela incide sobre o desempenho que exceder um benchmark de referência do fundo, como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que é bastante utilizado.  

Vale destacar que essa taxa afeta apenas o retorno que fica acima do valor de referência. Ela tem a finalidade de remunerar o bom trabalho do gestor responsável pela carteira. Se ele ultrapassa um parâmetro determinado, recebe a taxa de performance correspondente. 

Quais são os tipos principais de fundos? 

Agora que você entende as características gerais dos fundos de investimento, é interessante aprender quais são os tipos específicos e como eles funcionam. Quer saber quais são as oportunidades entre as modalidades?  

Continue a leitura e veja como cada fundo funciona!  

Fundos de ações  

Os fundos de investimentos em ações são aqueles que alocam a maior parte dos recursos em ações e alternativas relacionadas a esses ativos. Por exemplo:  

  • opções de ações;  
  • debêntures conversíveis em ações;  
  • direitos de subscrição;  
  • cotas de outros fundos de ações e outros ativos.  

Logo, o foco é aproveitar as oportunidades do mercado acionário por meio de uma composição de carteira focada nesse tipo de ativo. Ademais, existem diversos tipos de estratégias que podem ser seguidos, como:  

  • long only: são fundos que operam apenas de maneira comprada, ou seja, com foco no crescimento do mercado;  
  • long & short: são fundos de ações que operam de forma comprada e vendida, buscando resultados tanto na alta quanto na baixa do mercado formando pares de ativos;  
  • long biased: são os fundos que operam principalmente de forma comprada, mas que podem recorrer às operações vendidas.  

Também existem outras divisões em fundos de ações, como fundos ESG ou small caps. Os primeiros focam em papéis de empresas com práticas sustentáveis, enquanto os de small caps priorizam companhias de menor capitalização. 

Dessa forma, você pode investir em um fundo de ações caso deseje se expor a ativos de companhias listadas na bolsa de valores. Ainda, é possível escolher entre os diversos tipos de fundos de ações, trazendo ainda mais especificidade para sua escolha, adequando a carteira às suas estratégias. 

ETFs  

Os exchange traded funds (ETFs), ou fundos de índice, visam replicar a carteira teórica de um indicador de referência do mercado. Portanto, antes de taxas e impostos, eles têm um resultado semelhante ao do benchmark.  

O Ibovespa (IBOV), por exemplo, é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Então um ETF do Ibovespa investirá nas mesmas ações que fazem parte da carteira teórica do IBOV, de forma proporcional.  

Dependendo da situação, o ETF também pode ser um fundo espelho. Nesse caso, ele foca em adquirir cotas de outro fundo de índice e reflete o seu resultado.  

Por essa característica, o ETF é uma modalidade que possui gestão passiva. Isso significa que o foco não é superar o desempenho médio do mercado, mas acompanhá-lo. Portanto, esses fundos costumam ter taxas de administração menores. 

Mas é preciso ficar atento: os gestores também não tomam medidas focadas na proteção do capital. Se o índice apresentar uma desvalorização no período, o preço das cotas do ETF também reduzirá.  

Dessa forma, vale a pena estudar o histórico do índice e encontrar uma alternativa que seja adequada aos seus objetivos e perfil de investidor. 

FIIs  

Os fundos imobiliários (FIIs) você já conheceu brevemente. Eles são os veículos de investimento que direcionam a maior parte dos recursos para ativos ligados ao setor de imóveis. Nesse sentido, existem três classificações principais.  

São elas:  

  • fundos de tijolo: priorizam o investimento em imóveis físicos, como lajes corporativas, galpões industriais, terrenos e outros;  
  • fundos de papel: focam em investir em títulos e certificados do mercado de imóveis, como letra de crédito imobiliário (LCI), certificado de recebíveis imobiliários (CRI) e letras hipotecárias;  
  • fundos de fundos: visam adquirir cotas de outros fundos imobiliários.  

Em relação ao pagamento de dividendos, vale saber que, por lei, os fundos imobiliários são obrigados a dividir, no mínimo, 95% dos lucros líquidos semestrais proporcionalmente entre os acionistas.  

Por essa característica, os FIIs são bastante utilizados por investidores que possuem o objetivo de receber uma renda passiva. Isso acontece porque, pelo menos semestralmente, eles receberão os dividendos do fundo, quando ele apurar resultados positivos. 

Mas aqui vale ter atenção: essa distribuição de dividendos depende dos rendimentos obtidos pelo FII no período calculado.  

Vale saber que, assim como os ETFs, os FIIs têm as cotas negociadas no ambiente da bolsa de valores. Logo, além de toda a movimentação da própria carteira do fundo, o preço das cotas também se expõe à oferta e demanda do mercado. 

Fundos cambiais  

Os fundos de investimentos cambiais focam em ativos e instrumentos financeiros relacionados a moedas estrangeiras e suas variações de câmbio. Nesse caso, também podem ser usados derivativos, como contratos futuros, operações de swap cambial e outros elementos na estratégia.  

É comum encontrar fundos cambiais relacionados ao dólar americano, ao euro e a outras moedas. Eles também costumam ter uma estratégia focada em se expor ao câmbio para refletir a variação ou parte dela.  

Assim, além de servirem a quem deseja aproveitar os movimentos cambiais, esses fundos podem ser úteis para fazer a proteção (hedge) da carteira. 

O hedge é uma forma de se proteger de variações do mercado que podem afetar o seu capital. Se determinada pessoa fez um negócio vinculado ao dólar, por exemplo, é possível investir em fundos cambiais pensando na proteção do seu capital.  

Dessa forma, se houver uma variação do câmbio, os prejuízos tendem a ser menores, equilibrando os seus resultados. Contudo, isso também pode afetar a rentabilidade total, tendo em vista que uma das pontas da estratégia se desvaloriza. 

Fundos de renda fixa  

Os fundos de investimentos de renda fixa são aqueles que investem a maioria dos recursos em aplicações dessa classe. Contudo, existem diferentes estratégias e níveis de risco assumidos, considerando a variedade de fundos do tipo.  

Os fundos referenciados DI ou fundos DI, por exemplo, investem a maioria dos recursos em títulos públicos pós-fixados. Com isso, eles visam replicar o desempenho do CDI. Esse indicador é um dos mais utilizados na renda fixa, e costuma ter um resultado muito próximo à taxa Selic. 

Já os fundos de inflação priorizam o investimento em títulos públicos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Eles podem ter vencimentos distintos e podem ajudar a proteger o patrimônio do avanço inflacionário.  

Cabe ressaltar que o IPCA é o índice oficial de inflação no Brasil. Isso significa que se você tem o objetivo de proteger o seu poder de compra, pode avaliar o investimento em um veículo desse tipo. 

Além disso, existem fundos de renda fixa ligados ao crédito privado. Essa é uma classificação focada em títulos emitidos por instituições não financeiras e que não têm proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).  

É o caso de fundos compostos por CRIs e CRAs (certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio), que são emitidos por securitizadoras. Também existem os fundos de debêntures, que são títulos de dívida de empresas públicas e privadas. 

Apesar de o risco ser mais elevado, a rentabilidade também costuma ser mais atrativa nessas alternativas. Como você já aprendeu, há uma relação entre o risco e retorno no mercado financeiro. 

Fundos multimercados 

Como você viu, todos os fundos apresentados devem obedecer às regras quanto ao foco de investimento em determinado tipo de ativo. No entanto, os fundos de investimentos multimercado são diferentes, porque não preveem esse tipo de definição.  

Trata-se de uma modalidade com mais flexibilidade quanto à alocação de recursos, pois não é necessário atender a mínimos obrigatórios. Com isso, eles podem investir em renda fixa e renda variável, além de derivativos financeiros. 

Contudo, essa modalidade ainda precisa apresentar uma estratégia específica. Existem diversas possibilidades, como a estratégia que foca no investimento no exterior, a modalidade long & short e a abordagem macroeconômica. 

Cada uma tem um nível de risco e um potencial de retorno distinto. Por isso, eles são considerados mais diversificados de forma geral, apesar de isso não ser uma regra. 

Fundos de criptomoedas  

As criptomoedas são as moedas que existem apenas de maneira digital. Elas funcionam como códigos ou algoritmos, não têm lastro financeiro e são descentralizadas. O funcionamento geral desses criptoativos é baseado na tecnologia blockchain, que é criptografada e anônima. 

Vale saber que a primeira criptomoeda — o bitcoin — surgiu no final de 2008 e, desde então, essa oportunidade de investimento alternativo vem se consolidando. Porém, investir de maneira direta em criptomoedas pode apresentar maiores riscos. 

Com isso, uma solução consiste em investir nos fundos de criptomoedas. Eles se dividem em duas possíveis classificações: ETFs e multimercados. 

Os ETFs de criptomoedas buscam refletir indicadores ligados a esses ativos digitais. Existem indicadores compostos por diversas moedas e outros que são formados por apenas um tipo, como bitcoin ou ether.  

Já os fundos de criptomoedas do tipo multimercado oferecem níveis diferentes de exposição às moedas digitais. No mercado brasileiro, existem fundos com 20%, 40% ou 100% de exposição, por exemplo. 

Quais são as vantagens de investir nesses fundos?  

Depois de conhecer os fundos de investimentos e suas características, vale saber que escolhê-los pode trazer vantagens. Ao saber quais são os pontos positivos, você poderá definir melhor se a alternativa faz sentido para você.  

A seguir, veja quais são os principais benefícios de incluir fundos de investimentos em sua carteira!  

Maior acessibilidade  

Ao investir em fundos, você paga o valor referente à cota e não a todos os ativos que compõem o portfólio dele. Ou seja, é possível investir em uma carteira com diversas ações por apenas uma pequena fração do valor total, por exemplo. Isso acontece porque a modalidade funciona como um condomínio financeiro.  

Desse modo, você pode fazer um investimento mínimo menor, o que torna o investimento mais acessível. Ainda, você expõe seu patrimônio a ativos e instrumentos que, muitas vezes, não estão disponíveis a pequenos investidores.  

Gestão profissional  

Outro aspecto de destaque é o fato de os fundos terem uma gestão profissional. Portanto, é possível contar com um gestor experiente para tomar todas as decisões de maneira qualificada, com base na estratégia.  

Essa característica pode favorecer investidores iniciantes ou que ainda não conhecem plenamente as estratégias e oportunidades do mercado. Ela também traz praticidade, já que você não precisa se preocupar com as escolhas ou com as operações para composição e gestão do portfólio do fundo.  

Ampla disponibilidade  

Como foi possível aprender, existem diversos tipos de fundos de investimentos, além de subclassificações e estratégias diferentes. Como consequência, há uma elevada disponibilidade de veículos financeiros no mercado.  

Isso é interessante porque aumenta as chances de você encontrar a alternativa ideal para o seu perfil de investidor e para a sua estratégia.  

Diversificação de carteira  

Grande parte dos fundos de investimento tem uma carteira diversificada, formada por múltiplos ativos e instrumentos financeiros. Desse modo, ao comprar cotas, você não sofre com a concentração financeira em poucas condições.  

Essa também é uma forma de diversificar o seu portfólio. Ao comprar cotas de mais de um fundo, por exemplo, você se expõe a múltiplas estratégias. Como resultado, há chances de diluir parte do risco da carteira e aumentar o potencial de ganhos.  

Genial Investimentos - Abra sua conta

Quais são os riscos dos fundos de investimento?  

Apesar das vantagens, é essencial ter em mente que os fundos têm riscos, como acontece com qualquer investimento. Assim, conhecê-los ajuda a gerenciá-los e a entender como essa alternativa pode se encaixar em sua carteira.  

Descubra quais são os riscos mais comuns dos fundos!  

Risco de crédito  

O risco de crédito é especialmente comum nos fundos de renda fixa. Ele decorre da probabilidade de o emissor não conseguir arcar com o pagamento de rentabilidade. Como os fundos não têm direito à cobertura do FGC, o risco de crédito pode afetar o desempenho da modalidade.  

Risco de liquidez  

O risco de liquidez também pode estar presente em fundos com baixo volume de negociação em bolsa ou quando as regras de resgate preveem prazos maiores. Na prática, quanto maior for a dificuldade para converter o investimento em dinheiro, mais elevado é o risco.  

Risco de mercado  

O risco de mercado decorre das chances de os resultados serem alterados por condições do mercado em geral. Fundos negociados na bolsa de valores ficam especialmente expostos a esse risco pelo comportamento dos investidores na negociação de cotas. 

Porém, todos os fundos se expõem a esse perigo, em maior ou menor grau, de modo direto ou indireto.  

Também existem outros riscos, como os cambiais. Já a composição específica de risco varia com cada fundo e sua estratégia. Por isso, é crucial avaliar as alternativas com atenção antes de investir.  

Como ocorre a tributação dos fundos de investimentos?  

Para fazer escolhas mais acertadas, também é necessário conhecer as regras de tributação nos fundos de investimento. Todos os fundos preveem a cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre o rendimento, mas as condições variam entre eles, dependendo do seu tipo.  

Confira um panorama da cobrança de impostos em fundos!  

Fundos de ações  

Nos fundos de ações, a alíquota incidente é de 15%, independentemente do prazo entre o investimento e o resgate. O recolhimento de IR ocorre na fonte como na maior parte dos fundos. Ou seja, ao resgatar a cota, já haverá o desconto automático do tributo no valor recebido pelo cotista.  

ETFs 

Os ETFs de renda variável têm uma cobrança de 15% sobre o ganho de capital obtido com a venda de cotas em operações comuns. Já a alíquota de 20% incide quando o lucro é obtido com operações de day trade. Nessa modalidade, o pagamento é feito via Documento de Arrecadação de Recursos Federais (DARF). 

Nos ETFs de renda fixa, a alíquota varia entre 25% e 15% conforme a duração média dos títulos da carteira do fundo. Aqui o desconto acontece na fonte. 

FIIs 

Os FIIs têm cobrança de 20% sobre o ganho de capital com a venda de cotas em operações comuns e de day trade. O pagamento é feito via DARF, de responsabilidade do próprio cotista. No entanto, os dividendos são isentos de IR para pessoas físicas.  

Fundos de renda fixa, cambiais, multimercados e outros  

Os demais fundos, como multimercados e de renda fixa, têm a cobrança com base na tabela regressiva de IR. Porém, as alíquotas variam com o prazo médio dos ativos do portfólio. 

Nos fundos de curto prazo, com prazo médio de até 365 dias, as taxas são estas:  

  • até 180 dias: 22,5%;  
  • acima de 180 dias: 20%.  

Já os fundos de longo prazo — acima de 365 dias — aplicam a tabela regressiva da renda fixa completa. Veja:  

  • até 180 dias: 22,5%;  
  • de 181 a 360 dias: 20%;  
  • de 361 a 720 dias: 17,5%;  
  • acima de 720 dias: 15%.  

Além disso, esses fundos têm incidência de come-cotas, uma antecipação semestral de IR. Nesse caso, ao final de maio e de novembro, é aplicada a menor taxa (20% ou 15%) para o tipo de fundo e o desconto é feito na forma de cotas. No momento do resgate, cobra-se a diferença de imposto pago e devido, caso ela exista.  

Como escolher fundos de investimento?  

Após considerar todas essas informações, você pode definir se vale a pena investir em fundos de investimentos. Em caso afirmativo, é interessante seguir os passos a seguir para alocar melhor os seus recursos.    

Conheça a estratégia do fundo  

Após filtrar os tipos e estratégias de fundo de acordo com as suas características pessoais e objetivos financeiros, é fundamental que você conheça e avalie com mais atenção as regras de cada veículo. 

Nesse processo, considere a composição do portfólio e os detalhes da estratégia de gestão. Durante a avaliação, verifique o nível de risco do fundo para entender se ele se alinha ao seu perfil e objetivos. 

Analise as taxas dos fundos de investimentos  

Outro ponto que deve ser avaliado envolve as taxas cobradas. Verifique qual é a taxa de administração e se existe taxa de performance, por exemplo. Também vale considerar o impacto do Imposto de Renda na rentabilidade.  

Assim, você pode ter uma ideia de qual será o retorno líquido, já descontando os custos. Embora esse não seja o principal critério para a escolha, é importante avaliá-lo para garantir a melhor decisão e não se frustrar com os resultados obtidos. 

Avalie a lâmina do fundo de investimento  

Além das questões anteriores, vale a pena analisar a lâmina do fundo. Esse é um documento que reúne os dados mais relevantes, como a estratégia, mas também o histórico e outros dados pertinentes.  

Ao conferir a lâmina, você poderá entender como a gestão atua, quais são os objetivos do fundo e como ele funciona em detalhes. Embora o histórico não seja garantia de resultado futuro, ele pode ajudar a compreender o comportamento desse veículo.   

Genial Investimentos - Abra sua conta

Genial Investimentos

Somos uma plataforma de investimentos que tem como objetivo facilitar o acesso ao mercado financeiro e ampliar a educação financeira no Brasil.

Ver todos os artigos
Lançamento App 30

Navegação rápida

O link do artigo foi copiado!