A realidade virtual representa um passo evolutivo importante para o setor de tecnologia e pode pautar diversos avanços econômicos e sociais para os próximos anos. Consequentemente, muitas empresas já exploram as possibilidades e tendências desse momento.

É percebendo o avanço da realidade virtual e a atenção de diversas organizações ao tema que muitos investidores passam a considerar o setor para sua carteira de investimentos. Inclusive, na própria bolsa de valores brasileira, a B3, existem alternativas que proporcionam essa exposição.

Quer entender como explorar o setor de realidade virtual na B3? Então acompanhe a leitura deste artigo e saiba mais sobre as vantagens de se expor a esse investimento e as alternativas disponíveis.

O que é realidade virtual?

A realidade virtual (RV) é uma tecnologia que cria ambientes digitais que podem ser explorados e receber interações de um usuário. Os espaços podem ser tanto fictícios quanto uma recriação realista de um local existente — o que proporciona ao usuário a sensação de estar imerso.

Para imersão completa, a pessoa geralmente utiliza um dispositivo específico, como óculos de realidade virtual. Essas ferramentas estimulam os sentidos, principalmente a visão e a audição, mas também o tato e até mesmo o olfato — criando uma experiência sensorial completa e convincente.

Apesar de serem relacionadas, é importante que você não confunda a realidade virtual com a realidade aumentada (RA), tudo bem? Essa segunda sobrepõe elementos digitais ao mundo real, enriquecendo a experiência do usuário, mas sem o isolar do seu entorno físico.

Já no caso da RV, como você viu, há a imersão. Desse modo, o que o usuário vê e interage é gerado por computador. Vale saber que ambas as tecnologias compartilham diversas semelhanças e, frequentemente, se complementam.

Qual a aplicabilidade da realidade virtual?

Tanto a RV quanto a RA são tecnologias com diversas aplicabilidades, desde o entretenimento até o mercado de saúde. Um dos principais exemplos é com o metaverso, que representa um universo totalmente virtual para as pessoas interagirem com outras e até terem uma “vida digital”.

O Facebook, por exemplo, está em processo de exploração dessa tecnologia que combina realidade virtual e aumentada. Esse foi um dos motivos que fizeram com que a companhia mudasse seu nome para Meta, em 2021.

Além desse universo digital, a realidade virtual tem vasta aplicabilidade no mundo dos jogos e entretenimento. Diversos games usam RV e RA para criar experiências imersivas, permitindo aos jogadores entrarem em mundos virtuais e interagir com eles de forma muito realista.

As realidades virtual e aumentada também se destacam por sua aplicabilidade em contextos educacionais. Por exemplo, elas podem criar simulações realistas em áreas como medicina ou aviação, permitindo que os alunos pratiquem habilidades em um ambiente seguro e controlado.

Para arquitetura e engenharia, a RV e a RA são usadas para desenvolver e visualizar protótipos de produtos e edificações. Essa visualização de projetos em 3D tende a facilitar a colaboração entre empresas, profissionais e consumidores.

A gama de aplicabilidade ainda se estende para o mundo das artes, os setores de vendas e varejo, as indústrias e tantos outros mercados. À medida que a tecnologia continua a evoluir, a tendência é ver novas finalidades e integração delas ao cotidiano de pessoas e empresas.

Quais as principais tendências com RV e RA?

Há importantes tendências para o futuro das realidades virtual e aumentada. Uma das principais se dá com os avanços da inteligência artificial (IA), que consiste em uma área da ciência e tecnologia para desenvolvimento de máquinas inteligentes que simulam as capacidades cognitivas humanas.

A IA busca replicar a capacidade humana de aprender, raciocinar, tomar decisões e resolver problemas de forma autônoma. Para isso, ela utiliza algoritmos e modelos matemáticos complexos para aprender com dados, identificar padrões e gerar respostas a partir deles.

Dessa maneira, sistemas de IA integrados à RV podem criar ambientes virtuais que se adaptam às necessidades e preferências dos usuários, tornando as experiências mais realistas e imersivas. Além disso, há a integração com a Internet das Coisas (IoT, em inglês).

A IoT se refere à conexão de dispositivos físicos — como eletrodomésticos — à internet, permitindo que eles coletem e compartilhem dados. Logo, em conjunto, RV, IA e IoT podem estar guiando o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas.

Quais as principais empresas de realidade virtual?

Agora que você entendeu mais sobre a realidade virtual e viu exemplos atuais de sua aplicabilidade, vale a pena saber quais são as empresas de destaque nesse mercado. Afinal, muitas delas estão na vanguarda das inovações tecnológicas.

Confira!

Meta

Como você viu, a Meta é o novo nome que o Facebook — holding com diversas redes sociais, como o próprio Facebook e o Instagram — recebeu em um processo de rebranding, em 2021. Apesar de ser mais conhecida por sua atuação com mídias digitais, ela é uma das maiores companhias de tecnologia do mundo.

A empresa tem feito investimentos significativos no mundo da realidade virtual e aumentada, buscando desenvolver novas tecnologias nesse mercado. Um dos exemplos é uma linha de óculos de RV e RA.

A Meta também tem buscado criar uma infraestrutura digital para suportar o metaverso, incluindo avanços em inteligência artificial e conectividade. Ademais, muitas dessas novas aplicações têm como foco os próprios usuários das redes sociais do grupo.

Roblox

A Roblox Corporation é uma empresa de tecnologia que desenvolve e opera a plataforma de jogos online Roblox. Ela se destaca por permitir que os usuários criem seus próprios games e experiências em 3D, que podem ser jogados pela comunidade.

Ademais, a Roblox possui sua própria economia virtual, em que os usuários podem comprar e vender itens digitais usando a moeda da plataforma. Nesse sentido, ela é uma das pioneiras no uso da RV e RA — em conjunto com blockchains — para fins de entretenimento.

Nvidia

A Nvidia é uma companhia norte-americana — como Meta e Roblox — conhecida por suas unidades de processamento gráfico (GPUs) e tecnologias de computação. Ao longo dos últimos anos, ela se tornou líder na indústria de jogos, sendo essencial para criação de efeitos visuais imersivos.

Entretanto, o seu destaque não se limita à indústria do entretenimento. A Nvidia é uma das principais fornecedoras de hardwares de alta performance que tornam os avanços da realidade virtual possíveis.

A companhia ainda mantém investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, e colaborações com outras empresas de tecnologia. Para se ter dimensão, em 2024, ela se tornou a segunda organização mais valiosa do mundo — com valor de mercado de quase 3 trilhões de dólares.

Unity Technologies

A Unity Technologies é uma empresa dos Estados Unidos que desenvolve uma das mais populares plataformas de desenvolvimento de jogos e experiências interativas: a Unity. Ela se destaca por sua flexibilidade, permitindo a criação de jogos, simulações e experiências imersivas em diversas plataformas.

Além disso, a Unity apresenta uma plataforma versátil para desenvolvimento de outras soluções de RA e RV. O sistema pode ser usado, por exemplo, em áreas como treinamento, educação, medicina e arquitetura, para criar simulações realistas e interativas.

Samsung

A sul-coreana Samsung é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. A organização é conhecida por sua vasta gama de produtos, que inclui smartphones, televisões, eletrodomésticos, semicondutores e muito mais.

A empresa entrou no mercado de RV com o lançamento do Gear VR, um gadget de realidade virtual. Mais um ponto é que, ao longo dos últimos anos, ela se dedicou ao desenvolvimento de novas soluções que incluem tanto IA quanto as realidades virtual e aumentada.

Apple

Assim como a Samsung, a Apple é uma empresa com forte atuação no mercado de smartphones, que também explora novas tecnologias. Uma das suas últimas inovações foi o Apple Vision Pro — um óculos de realidade virtual que proporciona uma experiência completamente imersiva aos seus usuários.

Microsoft

Por último, vale a pena destacar a Microsoft. Ela ganhou projeção global a partir do desenvolvimento de tecnologias como o sistema operacional Windows. Mas, como outras companhias, ela já explora o potencial da RV e RA.

Um dos exemplos de atuação é com o Xbox, integrando RA e RV em experiências de jogos, criando novas formas de interação e imersão. A empresa ainda está investindo no universo da inteligência artificial, especialmente por meio de sua parceria com a OpenAI.

Quais as vantagens de investir no setor de realidade virtual?

Chegando até aqui, você já entendeu que o setor de realidade virtual está em pleno desenvolvimento — apesar de já contar com avanços significativos. Dessa forma, ter investimentos desse tipo na carteira pode ser interessante para sua estratégia no mercado.

Veja quais os principais pontos positivos!

Potencial de valorização

Investir no setor de realidade virtual e aumentada pode ser vantajoso pelo potencial de valorização para sua carteira. Isso acontece porque, como você viu, RV e RA estão em seus estágios iniciais de desenvolvimento, o que cria margem de crescimento para as empresas atuantes nessa área.

Nesse sentido, à medida que novas tecnologias surgem e as empresas crescem, os investidores podem obter lucros. Eles podem ser provenientes tanto da valorização das ações em um momento de venda quanto do recebimento de renda passiva — em forma de dividendos, por exemplo.

Contudo, é fundamental pontuar que essas projeções podem não se concretizar, não havendo uma garantia de retorno no futuro. Por isso, é fundamental avaliar bem cada empresa e o cenário do mercado para tomar uma decisão consciente e alinhada com seu perfil, certo?

Diversificação do portfólio

Ter o setor de realidade virtual na sua carteira tende a ser positivo para diversificar o seu portfólio. A razão é que, apesar do seu vínculo com a indústria de tecnologia, RV e RA representam um nicho.

Desse modo, ao adicionar um novo setor à sua carteira, você contribui com o equilíbrio dos riscos. Ou seja, se determinada indústria estiver em baixa, eventuais perdas podem ser aliviadas pela boa performance de outras áreas.

Inclusive, ter uma carteira de investimentos diversificada pode contribuir com o alcance de melhores resultados, em especial no longo prazo. No entanto, saiba que, para a diversificação funcionar, é importante que os setores sejam descorrelacionados — ou seja, sem exposição aos mesmos riscos.

Internacionalização do patrimônio

Somando-se a esses pontos, explorar o potencial do setor de realidade virtual em seus investimentos tende a ser estratégico para internacionalizar a sua carteira. Afinal, como você viu, os principais players dessa indústria são de outros países — atualmente dos EUA.

Então, ao investir em RV por meio de empresas globais, você estará dolarizando essa parte do seu patrimônio. Como resultado, ele não ficará exposto somente aos riscos do real e da economia brasileira.

Como investir em realidade virtual pela B3?

Após entender os principais detalhes da realidade virtual e as oportunidades para sua carteira, é hora de saber como se expor a esse mercado pela bolsa brasileira. Veja quais são as principais alternativas da B3!

BDRs

Uma das possibilidades é investir por meio de brazilian depositary receipts (BDRs). Eles são certificados negociados na B3 com lastro em um investimento internacional, como ações de empresas estrangeiras.

Com isso, os BDRs são uma alternativa para investidores brasileiros terem ativos internacionais na carteira sem precisar abrir outra conta. O investimento é feito em reais, sendo possível até mesmo receber dividendos das companhias globais — mas não há garantias, ok?

Na B3, os principais exemplos de BDRs ligados ao mercado de tecnologia e à realidade virtual são:

  • Apple (AAPL34);
  • Alphabet (GOOG34);
  • Microsoft (MSFT34);
  • Nvidia (NVDC34);
  • Meta (M1TA34).

Como o investimento em ações, os BDRs envolvem riscos ao investidor. Portanto, é fundamental fazer boas avaliações das empresas, como por meio da análise fundamentalista, antes de investir.

ETFs

Já os exchange traded funds (ETFs), ou fundos de índice, são fundos de investimento que acompanham a performance de um índice do mercado. Para isso, eles adotam a gestão passiva, com objetivo de apenas replicar as oscilações do seu benchmark.

Entre as vantagens dos ETFs está a chance de se expor a múltiplas empresas com apenas uma movimentação. Alguns exemplos de fundos de índice ligados a esse mercado são:

  • META11;
  • USTK11;
  • TECK11;
  • UTEC11.

Esses ETFs também são investimentos de renda variável. Logo, não há garantias de retorno. Vale reforçar que é essencial analisar bem o fundo antes de tomar a decisão. Avalie o índice de referência, a composição da carteira e as taxas envolvidas nesse processo, combinado?

Neste artigo, você entendeu que o setor de realidade virtual se apresenta como uma das principais tendências do mercado de tecnologia — especialmente ao se alinhar com a IA e a IoT. Dessa forma, pode ser interessante tê-lo na carteira, desde que faça sentido para seu planejamento.

Quer investir no setor de realidade virtual e aproveitar outras oportunidades do mercado financeiro? Abra sua conta conosco e vem ser Genial!

Genial Investimentos

Somos uma plataforma de investimentos que tem como objetivo facilitar o acesso ao mercado financeiro e ampliar a educação financeira no Brasil.

Ver todos os artigos
Cartão de Crédito Black

Navegação rápida

O link do artigo foi copiado!

Planilha Comparativa de Renda Fixa