Quando se fala em mercado de renda variável, a primeira associação que provavelmente vem à sua mente é mercado de ações. De fato, a operação com papéis de empresas é um dos investimentos mais procurados por quem tem tolerância a riscos e deseja ter uma carteira com boa rentabilidade.
Contudo, o mercado brasileiro oferece outros ativos também atrativos para o tipo de investidor mais arrojado. Abaixo, iremos explicar como funciona esse mercado e quais são os outros tipos de ativos de renda variável disponíveis para investir. Confira!
Entendendo o que é renda variável
Renda variável é um tipo de investimento considerado de maior risco porque não é possível definir qual será o rendimento em um período determinado Porém, justamente por conta desse retorno volátil é possível obter maiores ganhos em prazos mais curtos.
No entanto, esse tipo de aplicação exige um pouco mais de conhecimento: se não ficar atento e deixar de acompanhar o mercado em que seu dinheiro for aplicado, o investidor pode tomar decisões equivocadas e ter prejuízo.
Para quem são indicados os produtos de renda variável?
Como é um mercado de risco, os investidores de renda variável são considerados arrojados. Isto é, não têm medo de arriscar. Eles costumam, também, serem abertos a inovações e geralmente possuem bastante experiência no mercado financeiro.
Contudo, a renda variável pode ser uma boa opção também para os investidores de perfil moderado. Embora aceitem correr alguns riscos, eles não se expõem tanto quanto os arrojados. Por isso, o mais indicado para essas pessoas é contar com uma carteira de investimentos que mescle opções de produtos de renda fixa e variável.
Qualquer pessoa pode investir nesse mercado, desde que lance mão da diversificação. O importante é saber qual o seu perfil antes de aplicar seus recursos.
Vantagens e desvantagens da renda variável
Como já foi mencionado, entre as vantagens da renda variável está o fato de apresentar um potencial expressivo de potencializar seus lucros. Atualmente, esse potencial é bem alto. Com uma taxa básica de juros (Selic) abaixo dos dois dígitos nos últimos anos, os ganhos em renda fixa, que são predeterminados e total ou parcialmente baseados na taxa, estão rendendo menos, fazendo a renda variável e sua rentabilidade imprevisível e sem limites mais atrativas para os investidores.
Já com relação às desvantagens, podemos destacar a dificuldade de saber quando, quanto investir e em qual empresa investir seu dinheiro. Desta forma, o conhecimento sobre o mercado financeiro e dos cenários econômicos é fundamental para quem quer investir em renda variável.
Quais são os ativos de renda variável?
Confira abaixo quais são os tipos de investimentos em renda variável disponíveis no mercado.
Ações
É o mais conhecido entre os produtos de renda variável. Uma ação é a menor parte de uma empresa. Ao adquirir uma ação, um investidor vira acionista e sócio dessa companhia. O retorno vai depender da movimentação do mercado, que define as altas e baixas dos preços do papel. As ações são negociadas na bolsa de valores e emitidas por empresas de capital aberto que desejam captar recursos para desenvolver projetos que viabilizem o seu crescimento. São classificadas como ativos de renda variável porque o pagamento de dividendos a quem investir está condicionado ao desempenho financeiro das empresas. Confrira nosso ebook de ações e saiba mais.

Fundos Imobiliários
Os Fundos Imobiliários (FIIs) também são negociados na Bolsa de Valores. Trata-se de uma forma de tornar o investimento em imóveis mais acessível ao grande público. De forma semelhante às ações, nos investimentos em FII, os investidores compram um pedacinho de um imóvel ou de uma carteira diversificada de imóveis, chamadas de cotas.
Câmbio/Moeda
Essa modalidade de renda variável é uma aposta na variação de uma determinada moeda e os riscos são grandes por conta da volatilidade natural de uma moeda. Exemplo disso, é verificar que de janeiro para setembro de 2018, a moeda norte-americana subiu de R$ 3,20 para mais de R$ 4,0 e, dependendo de quanto o investidor desembolsou, há chances de obter um grande lucro mas, também, de amargar grandes prejuízos.
ETFs
os Exchange Traded Funds (ETF) são os “fundos negociados em bolsa”, um investimento que acompanha um índice. No Brasil, o ETF de renda variável segue índices listados na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Isto é, o ETF é uma cesta de ativos que terá o rendimento de um índice, e pode ser investido em pequenas fatias, as cotas.
Derivativos
São os mais complexos no mercado de renda variável. Como o próprio nome sugere, derivam de outros ativos. Podem ser físicos (café, ouro e commodities, em geral) ou financeiros (ações, taxas de juros, câmbio, etc.).
Um dos exemplos mais comuns no Brasil é o investimento em commodities, como o petróleo. Na prática, o preço atual do petróleo acaba sendo o ativo de referência para o mercado futuro de petróleo. Portanto, o investidor aplica e prevê um valor que o petróleo pode chegar no futuro, baseado no preço atual. Isso é feito por meio de um contrato na Bolsa de Valores.
Esse tipo de movimento também serve como proteção, porque se o petróleo está desvalorizado no mercado à vista e atual, o investidor pode aplicar em um derivativo no mercado futuro para compensar essa perda no mercado à vista. Essa mesma ideia pode ser aplicada ao ouro.
O ouro é um dos mais antigos investimentos na nossa história. A ideia de investir em ouro é usada, geralmente, para proteger seu dinheiro em períodos de crise inflacionária, quando há uma perda substancial do valor do dinheiro, como acontece recentemente. Por ser um bem precioso e escasso, ele é procurado como uma segurança, inclusive em tempos de guerra.
Dessa forma, os derivativos podem ser uma boa forma de compor a carteira da renda variável, de modo a trazer rendimento e proteção ao seu dinheiro.
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