O empreendedorismo tem atraído cada vez mais a atenção das pessoas — inclusive investidores. Afinal, o investimento em ações é uma das possibilidades de obter lucros no mercado, e é preciso saber mais sobre esse universo para fazer boas escolhas para a carteira.

Nesse sentido, entender a trajetória de grandes empresários brasileiros pode ajudar nessa jornada. Isso porque, seja você um empreendedor ou apenas investidor, as lições de nomes relevantes no mercado podem ampliar sua visão sobre os desafios que existem no mercado e como agir diante desses cenários.

Por isso, continue a leitura e conheça 7 empreendedores brasileiros que obtiveram sucesso em suas trajetórias — muitas delas, no mercado financeiro.

Vamos lá?

Conheça a história de 7 grandes empresários brasileiros

O Brasil figura entre as maiores economias do planeta. O auge do país no ranking mundial aconteceu entre os anos de 2010 e 2014, quando alcançamos a 7ª. posição perante o cenário global.

Esse contexto de oportunidades abre espaço para empresários brasileiros se destacarem no mercado e impulsionar o sucesso de seus negócios. Assim, conhecer a história dessas personalidades pode servir de inspiração para quem deseja seguir o mesmo caminho do empreendedorismo ou investir em empresas, por exemplo.

Ficou interessado? A seguir, confira 7 dos principais nomes do mundo dos negócios no Brasil e conheça a trajetória desses empresários!

1. Luiza Helena Trajano

A lista de grandes empresários brasileiros começa com uma mulher. Luiza Helena Trajano esteve à frente de uma das maiores redes varejistas do Brasil — o Magazine Luiza — por mais de 30 anos. Nascida na cidade de Franca, em São Paulo, ela começou a trabalhar aos 12 anos nessa empresa.

Na época, a loja era de seus tios. Além disso, Luiza passou por diversas ocupações dentro da empresa, indo do setor de cobranças às vendas. Ela também se formou em Direito pela Faculdade de Direito de Franca em 1972.

Já em 1991, a empreendedora assumiu o comando do Magazine Luiza como Superintendente. Depois, tornou-se Diretora Presidente em 2009, cargo no qual permaneceu até 2016 — quando passou a diretoria a seu filho, Frederico Trajano, e assumiu a presidência do Conselho de Administração.

A atuação de Luiza foi marcada por uma grande expansão da rede varejista, chegando a mais de 800 lojas espalhadas pelo país. Ademais, a empresária promoveu uma série de inovações no mercado, sobretudo relacionadas ao uso da tecnologia.

Inclusive, ao montar estratégias direcionadas ao comércio eletrônico, o Magalu foi uma das empresas que mais cresceram mesmo durante a pandemia de covid-19. A participação no mercado ainda foi ampliada por meio da aquisição de empresas como Netshoes, o portal Jovem Nerd e a Kabum.

Além do sucesso nos negócios, Luiza Trajano é reconhecida por suas ações direcionadas a causas sociais. Em 2013, participou da fundação do Grupo Mulheres do Brasil, focada em campanhas sociais, e que conta com mais de 100 mil mulheres no país e no exterior.

2. Jorge Paulo Lemann

O segundo nome da lista dos maiores empresários brasileiros atravessou altos e baixos em sua jornada empreendedora. Filho de suíços que migraram para o Brasil, Jorge Paulo Lemann nasceu no Rio de Janeiro em 1939. Por conta de sua origem, ele teve direito a dupla nacionalidade.

Em 1957, Lemann foi aos Estados Unidos com o intuito de fazer graduação em Economia na Universidade de Harvard. Após a conclusão do curso, surgiu uma oportunidade de estágio no Credit Suisse, em Genebra, mas a experiência não foi muito positiva.

Assim, ele voltou ao Brasil na década de 1960. Sua próxima atuação foi na corretora de valores Invesco, da qual se tornou sócio. Porém, a Invesco chegou à falência em 1966. Com a experiência adquirida, Lemann e outro funcionário da Invesco fundaram a corretora Libra.

Dessa vez, o jovem teve sucesso, mas optou por vender a sua participação na corretora no ano de 1970. Com o capital recebido no negócio, ele entrou de vez no cenário do empreendedorismo e no mundo dos investimentos.

Lemann comprou o Banco Garantia — que se tornou o primeiro banco de investimentos da história do país. Esse empreendimento resultou na parceria de longo prazo entre Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira.

Juntos, eles adquiriram empresas que ganharam notoriedade no cenário nacional, como as Lojas Americanas e Brahma. Esta última passou por uma fusão com a Antártica, que deu vida à AmBev.

Tempos depois, a AmBev se juntou às empresas Interbrew e Anheuser-Busch, donas da Stella Artois e da Budweiser. Assim, surgiu a AB InBev, maior grupo do segmento de bebidas no mundo.

A parceria com Herman Telles e Sicupira ainda envolveu a fundação da 3G Capital — fundo de investimento que adquiriu o Burger King, a Heinz, entre outras empresas de destaque internacional.

3. Marcel Herrmann Telles

Outro grande empresário brasileiro que merece destaque é um dos sócios de Jorge Paulo Lemann — Marcel Herrmann Telles. Nascido no Rio de Janeiro, em 1950, ele fez graduação em Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A primeira experiência profissional de Telles foi no mercado financeiro, com foco na conferência de boletos em uma corretora de valores. Já em 1972 aconteceu o encontro com Jorge Paulo Lemann — que resultou em sua entrada para o time do Banco Garantia, do qual se tornou sócio em pouco tempo.

Depois de iniciar a parceria com Lemann, Marcel passou da corretora à diretoria da cervejaria Brahma. Nessa ocasião, ele desenvolveu o programa Orçamento Base Zero (OBZ). Esse reconhecido modelo de gestão era estruturado por três conceitos: metas, meritocracia e redução de custos.

Além dos já mencionados casos de sucesso em parceria com Lemann e Sicupira, Marcel é conhecido por atuar em causas sociais ligadas à educação. Ele fundou a ONG Ismart, responsável por disponibilizar bolsas de estudo em escolas privadas renomadas para estudantes de classes menos favorecidas.

O trabalho de inclusão de Telles não se limita ao ensino básico e fundamental. O empresário também é apoiador da Fundação Estudar, a qual direciona jovens brasileiros às melhores universidades ao redor do mundo.

4. Abilio Diniz

O quarto nome entre os maiores empreendedores do Brasil é Abilio Diniz, que está ligado a empresas conhecidas pela maior parte da população. Filho de portugueses, ele nasceu em São Paulo em 1938.

Em 1948, seus pais fundaram a doceria Pão de Açúcar. Aos 12 anos, Diniz começou a trabalhar no negócio familiar auxiliando na produção de doces, além de embalar e entregar os produtos. Essa experiência o motivou a cursar Administração, realizando a graduação na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Após a conclusão do curso, Abilio tinha a pretensão de fazer pós-graduação no exterior. Porém, seu pai teve a ideia de abrir um supermercado. Em 1959, eles inauguraram juntos a primeira unidade do Pão de Açúcar — que se tornaria a maior rede varejista da América Latina anos depois.

Com o passar do tempo, foram abertas novas unidades. A empresa também comprou outros supermercados. Em 1968, o grupo já contabilizava mais de 40 filiais. A expansão dos negócios continuou, e o grupo Pão de Açúcar ingressou tanto na bolsa de valores brasileira (B3) quanto na NYSE — uma das bolsas de Nova Iorque.

Já nos anos 2000, a empresa familiar comandada por Abilio Diniz comprou outras redes varejistas — Assaí, Ponto Frio e Casas Bahia — se consolidando ainda mais no mercado.

Para administrar os bens da família, em 2006, o empresário criou uma holding chamada Península Participações. Assim, em 2013, ele deixou o grupo Pão de Açúcar e, poucos anos depois, a holding comprou participação do Carrefour — onde atuou como conselheiro até 2022.

O empreendedor também foi incentivador de trabalhos sociais. Em 2010, ele criou o Instituto Península, focado em desenvolver trabalhos voltados à educação, sobretudo à formação dos professores. Em 2018, Diniz também esteve à frente do desenvolvimento da plataforma Plenae, focada em saúde.

5. Antônio Luiz Seabra

Antônio Luiz Seabra, fundador da Natura, nasceu em São Paulo em 1942 e também faz parte da lista de grandes empresários brasileiros. Inclusive, sua história tem pontos em comum com outros empresários já citados — como a motivação pelos negócios aos 12 anos e a formação em Economia.

Embora ele tenha demonstrado interesse pelo setor de cosméticos logo cedo, também passou por outros setores, como o de finanças. Aos 15 anos, Seabra conseguiu um emprego de calculista no lugar em que o pai trabalhava, a Gráfica Siqueira.

Após essa experiência, ele foi trainee de uma fabricante de produtos eletrônicos chamada Remington Rand. Antônio permaneceu por 8 anos na empresa e chegou à superintendência de um setor da companhia.

Já em 1967, ele gerenciou um laboratório de cosméticos da família Berjeaut. Depois de dois anos, Seabra se tornou sócio da família e eles fundaram uma indústria. Porém, quando a sociedade chegou ao fim, Antônio Seabra recebeu uma proposta de Jean Pierre, filho do proprietário do laboratório.

A ideia era fundar outra indústria de cosméticos. Foi assim que surgiu a Natura. Contudo, inicialmente, Seabra passou por momentos de dificuldade, já que as vendas em lojas não foram positivas nos primeiros anos.

Foi assim que ele iniciou o atendimento pessoal de porta em porta, oferecendo consultoria sobre os produtos e os benefícios aos compradores. Ao perceber que os resultados melhoraram, os sócios passaram a estabelecer parcerias com vendedores.

Por meio do sistema de venda direta, a Natura se tornou uma das maiores empresas de cosméticos do planeta. A expansão se tornou ainda mais significativa após a abertura de capital, em 2004, e a fusão com a Avon, em 2019. Vale destacar que a organização é reconhecida pelo seu cuidado com a preservação dos recursos naturais.

6. Rubens Menin

O próximo grande empresário brasileiro é Rubens Menin. Ele construiu sua jornada em diferentes setores, mas sua principal atuação envolve o mercado imobiliário. Nascido em 1956, em Belo Horizonte, Menin é formado em Engenharia pela UFMG.

Em 1979, junto a outros sócios, ele fundou MRV — uma construtora focada em moradias populares. O período inicial foi de muitos desafios, porém gradualmente a organização foi se expandindo. Um dos grandes marcos de aquecimento do empreendimento foi a abertura de capital da empresa, em 2007.

No entanto, o crescimento da construtora alcançou uma proporção significativa diante de políticas públicas direcionadas à habitação popular — área de especialidade da MRV. Assim, quando programas como Minha Casa Minha Vida surgiram, a empresa ganhou notoriedade.

Dessa forma, o negócio que começou direcionado ao Sul e ao Sudeste do Brasil se espalhou por todo o país. E, apesar do sucesso conquistado com a MRV, Menin não encerrou sua jornada como empreendedor e se dedicou a outros negócios e mercados. Ainda na área de construção civil, ele faz parte das organizações Log Commercial Properties e Urbamais.

A atuação em outros segmentos envolve setores como serviços bancários, comunicações e futebol. Por exemplo, junto a outros empresários, Rubens investiu no Clube Atlético Mineiro. Assim, além dos aportes financeiros, a MRV tem atuado na construção do estádio do time.

Menin também participou da fundação do Banco Intermedium, em 1990. No início, o foco da instituição eram os empréstimos com garantia de imóvel. Porém, a partir do surgimento das fintechs, a empresa se renovou, transformando-se no Banco Inter — um dos principais bancos digitais do país.

7. Cristina Junqueira

A lista com 7 dos principais empresários do país encerra com mais uma presença feminina: Cristina Junqueira. Embora seja mais jovem e tenha uma trajetória mais curta em relação aos outros nomes, Junqueira é reconhecida como empreendedora de sucesso no Brasil.

Nascida em Ribeirão Preto, Cristina conta com uma sólida formação em seu currículo. Além da graduação em Engenharia de Produção pela USP, ela estudou marketing e finanças nos Estados Unidos.

Em 2012, Junqueira voltou ao Brasil e trabalhou no Itaú Unibanco, direcionando inovações em relação aos cartões. Um ano depois, a executiva deixou seu cargo para fundar o Nubank em parceria com Edward Wible e David Vélez.

O lançamento do banco digital tinha o objetivo de otimizar os serviços aos consumidores, melhorando as entregas aos clientes e reduzindo custos. Desse modo, seria possível reduzir o monopólio dos bancos tradicionais no país.

O novo empreendimento foi bem-sucedido, tornando-se uma startup unicórnio em cerca de 5 anos. Isso significa que o Nubank havia alcançado o valor de US$ 1 bilhão antes da abertura de capital, que ocorreu na bolsa de Nova York (NYSE), em 2021.

Conclusão

Como você viu, conhecer a história de grandes empresários brasileiros é uma forma de estimular a busca pelo êxito no mercado. Assim, ao empreender ou investir, não deixe de se inspirar na jornada daqueles que continuaram buscando oportunidades, mesmo diante de desafios, e que alcançaram o sucesso nessa caminhada! Quer continuar seu aprendizado e ampliar seu conhecimento sobre o mercado financeiro? Então inscreva-se em nosso canal do YouTube para acessar conteúdos relevantes sobre o assunto!

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