Os planos de previdência abertos conhecidos como PGBL e VGBL têm vantagens tributárias e podem, sim, ser ótima opções para quem investe com objetivos de longo prazo, como a aposentadoria. Mas eles, certamente, não são para qualquer um.

Quando direcionados ao perfil errado de investidor podem ser desvantajosos, ainda mais se eles foram indicados pelos gerentes dos grandes bancos. De forma geral, essas instituições oferecem pouca variedade de investimentos, e isso não é diferente com a previdência privada. Tendo poucas opções, não há formas de adequar ao perfil do cliente e ter a melhor alternativa. Além disso, como a previdência privada no banco é tratada como um investimento padrão, com taxas altas e boas para o caixa bancário, não sobra muito espaço para questionamentos.

Por isso, é muito importante ter algumas orientações para analisar se vale a pena contratar uma Previdência Privada  no banco. Aqui, nós vamos te ajudar exatamente com isso.

Antes de dizer sim à qualquer previdência privada, sobretudo às oferecidas pelos grandes bancos, você deve ter na ponta da língua algumas respostas para si mesmo quando se perguntar se aquele plano vale a pena.

1) Qual o seu objetivo?

Os planos de previdência privada têm vantagens tributárias para quem investe com objetivo de longo prazo. O investidor tem a possibilidade de escolher entre duas tabelas de cobrança de imposto de renda: a progressiva e a regressiva. É primordial escolher bem essa modalidade antes de contratar.

A tributação pela tabela progressiva cresce conforme o valor a ser resgatado no futuro (quanto mais recursos, maior a alíquota de IR). Já as alíquotas da tabela regressiva ficam menores conforme o tempo que o dinheiro permanece investido.

Base de Cálculo mensalBase de Cálculo anualAlíquota
Até R$ 1.903,98Até R$ 22.499,13
De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65De R$ 22.499,14 até R$ 33.477,727,5%
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05De R$ 33.477,73 até R$ 44.476,7415,0%
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68De R$ 44.476,75 até R$ 55.373,5522,5%
Acima de R$ 4.664,68Acima de R$ 55.373,5527,5%

Tabela regressiva

Prazo de aplicaçãoAlíquota
Até 2 anos35%
2 a 4 anos30%
4 a 6 anos25%
6 a 8 anos20%
8 a 10 anos15%
Acima de 10 anos10%

Os demais investimentos que sofrem cobrança de imposto de renda, por sua vez, são tributados segundo uma tabela regressiva diferente. As alíquotas também reduzem conforme o prazo de investimento. Mas elas diminuem mais rapidamente, e a alíquota mínima é um pouco maior.

Prazo da aplicaçãoAlíquota de IR
Até 180 dias (6 meses)22,5%
De 181 a 360 dias (de 6 meses a um ano)20%
De 361 a 720 dias (de um a dois anos)17,5%
Acima de 720 dias (acima de dois anos)15%

Ou seja, quem opta pela tabela regressiva em um plano de previdência tem a oportunidade de pagar só 10% de IR caso o resgate seja feito após dez anos de aplicação, enquanto que em um investimento comum, o mínimo de IR a ser pago é 15%, após dois anos.

Entretanto, se o resgate do plano de previdência for feito antes de oito anos, o investidor pagará mais imposto de renda do que se tivesse optado por um investimento comum. Em outras palavras, PGBLs e VGBLs realmente só são vantajosos para quem tem objetivos de longo prazo.

2) Como você declara Imposto de Renda?

Se sua resposta for a “declaração simplificada”, o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) não oferece vantagem para você.

Esse plano permite a dedução das contribuições feitas em um ano na declaração de imposto de renda do ano seguinte. Não se trata de uma isenção de imposto, mas de uma postergação do pagamento, que será feito apenas na época dos resgates.

Contudo, se você utiliza a declaração simples, não tem como tirar proveito das deduções, uma vez que usa o desconto único de 20%. Para quem usa a declaração simplificada, o indicado é investir em um VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Ele é indicado também para quem está apto a deduzir as contribuições a um PGBL, mas deseja investir mais de 12% da renda bruta tributável anual em previdência.

O VGBL é, ainda, a modalidade mais indicada para fazer planejamento sucessório, uma vez que o IR incide apenas sobre os rendimentos e, em caso de falecimento do titular, não há burocracias para passar o patrimônio financeiro adiante, já que esse processo é automático.

3) O plano de previdência tem taxa de carregamento?

A taxa de carregamento é cobrada a cada aplicação que você faz no plano de previdência. Assim, se a taxa de carregamento for de 1%, a cada 100 reais que você investir, apenas 99 serão de fato investidos.

Existem planos que não cobram taxa de carregamento ou deixam de cobrá-la a partir de determinado prazo de aplicação, resultando em custos menores para o investidor. Os planos bancários costumam ter, diferentemente dos oferecidos por corretoras, como a Genial Investimentos.

4) Qual a taxa de administração?

Todos os planos de Previdência Privada tem taxa de administração, uma vez que ela é cobrada pelas seguradoras por gerirem o dinheiro dos investidores.

Em geral, para os planos mais conservadores, que só investem em renda fixa, o melhor é que a taxa de administração não passe muito de 1% ao ano. Se o plano tiver taxa muito alta, reconsidere, pois na ponta do lápis isso pode “comer” boa parte dos seus rendimentos na hora do resgate.

5) Vale a pena contratar a Previdência Privada no banco?

Você fez a si mesmo essas quatro perguntas e teve as respostas com a ajuda deste post, certo? Então, agora é hora de avaliar se a Previdência Privada oferecida pelo seu gerente bancário realmente vale a pena. Pesquise os planos de outras instituições financeiras, como a Genial investimentos, para comparar.

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Genial Investimentos

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