Com a ascensão do bitcoin e o surgimento de diversas criptomoedas no mercado, muitas pessoas se interessaram por esses ativos. Contudo, é importante observar que esse tipo de investimento possui particularidades, sendo diferente das ações, fundos imobiliários e outras alternativas.

Nesse contexto, é válido mencionar a carteira de criptomoedas — também conhecida como wallet. Você já ouviu falar sobre ela e conhece os diferentes modelos existentes? Se você deseja investir em criptoativos, é essencial compreender esse assunto com profundidade.

Para tanto, continue acompanhando a leitura e entenda o que é e como funciona uma carteira de criptomoedas. Confira o que há de relevante sobre o tema!

O que são criptomoedas?

Criptomoedas são ativos digitais, que costumam funcionar por meio de uma tecnologia chamada blockchain. Você não encontra, por exemplo, um bitcoin físico, como ocorre com o real ou o dólar.

Apesar disso, elas podem ser usadas em transações financeiras e para compor o seu portfólio de investimentos. Muitos investidores operam no mercado de criptoativos devido ao potencial de retorno e à possibilidade de encontrar um “novo bitcoin”.

Afinal, desde a sua criação, em 2008, essa cripto já valorizou mais de 27.000%. Veja o gráfico!

O preço do bitcoin saiu de alguns centavos para mais de R$ 330.000 em maio de 2024 — uma valorização que, até aquela data, não tinha sido conquistada por outros ativos. Por esse motivo, é natural que muitas pessoas queiram montar uma carteira de criptomoedas.

Como funcionam as criptomoedas?

Como mencionado, as criptomoedas costumam funcionar por meio da blockchain, uma tecnologia que pode ser comparada a um livro de registro contábil — mas digital. Cada transação envolvendo esses ativos gera um código online, atribuído em um bloco de dados.

Após validado, ele se liga ao bloco anterior da cadeia. A ideia é ter um registro de todas as movimentações na rede blockchain.

Vale ressaltar que a blockchain é um registro público descentralizado e imutável. Ela é composta por blocos de transações que são encadeados de maneira cronológica e distribuídos em uma rede de computadores.

Além disso, as movimentações realizadas na blockchain são protegidas por uma criptografia avançada. Isso ajuda a garantir a segurança e a integridade do sistema.

O que é uma carteira de criptomoedas?

Agora que você já conhece melhor a dinâmica e as principais características das criptomoedas, é hora de entender o funcionamento de uma carteira de criptoativos. Assim como a carteira que você usa para guardar dinheiro e cartões, wallet é um item que serve para você armazenar e gerenciar esses ativos.

Para isso, ela possui uma chave de acesso específica, que funciona como um código de segurança. É com esse código que você consegue desbloquear a carteira, acessar as suas criptomoedas e fazer transações.

Portanto, caso você invista em uma wallet, é fundamental guardar bem essa chave e não compartilhá-la com ninguém, ok?

Como funciona uma carteira de criptomoedas?

A carteira de criptomoedas pode ser comparada a uma conta bancária. A diferença é que ela não é administrada por uma instituição financeira, mas sim por você — que tem o controle total sobre a wallet.

Quando você cria uma carteira de criptomoedas, a primeira etapa é anotar o seu código de acesso — conhecido como frase seed. Ela contém entre 12 e 24 palavras. Feito isso, serão geradas duas chaves — uma privada e uma pública.

A chave privada se refere ao código que você utilizará para desbloquear o acesso à wallet. Já a pública é o endereço da sua carteira — ela pode ser comparada à chave Pix de uma conta bancária. Essa pode ser compartilhada, ok?

Com as chaves criadas, você já pode utilizar a sua carteira para receber e enviar moedas virtuais, manter as suas criptos em segurança e usá-las para fazer compras e pagamentos.

Vale ressaltar que todas as transações feitas por meio da carteira de criptomoedas são protegidas por criptografia. Elas também são divididas em três tipos principais — hot wallet, cold wallet e custodial wallet.

Saiba mais sobre cada um deles!

Hot wallets

As hot wallets são um modelo de carteira de criptomoedas que tem como principal característica a conexão com a internet. Elas são divididas em três tipos — desktop, mobile e web — e permanecem online o tempo todo, o que ajuda a tornar as transações mais ágeis.

As desktop wallets consistem em softwares que você pode baixar e instalar em seu computador ou notebook. Já as carteiras mobile são apps que são baixados no seu celular, via loja de aplicativos.

Por sua vez, as web wallets são uma opção em que você gerencia a carteira diretamente pelo seu navegador, como Google Chrome, Edge, Safari ou outro. Basta acessar uma plataforma que atua nessa área e fazer o seu login para realizar suas operações com criptos.

Cold wallets

Diferentemente das hot wallets, as cold wallets são carteiras que funcionam de forma offline — ou seja, elas não precisam estar conectadas à internet. A sua principal característica é a presença de itens físicos, como dispositivos parecidos com um pen drive.

Por funcionarem offline, as cold wallets costumam ser mais seguras, principalmente porque correm menos riscos de sofrer ataques virtuais. Apesar disso, elas exigem que você tome cuidado com os itens físicos para não perdê-los, ou ser roubado, pois outra pessoa com posse do item pode ter acesso às suas criptomoedas.

É válido saber que existem dois modelos de cold wallets: as hardware wallets e as paper wallets. O primeiro é o mais conhecido e usado pelas pessoas. Ele consiste em um dispositivo semelhante a um pen drive, que é conectado via cabo USB para ser usado.

Já o segundo modelo — o paper wallet — como o nome indica, refere-se a papéis impressos com as chaves públicas e privadas da sua carteira, em formato de QR Code. Trata-se de uma opção mais conservadora.

Custodia Institucional

Por último, é válido mencionar a custódia realizada por empresas especializadas. Essa opção de carteira está relacionada a exchanges, que são instituições que fazem a custódia de criptoativos. Nesse caso, são elas que assumem a posse das chaves, em uma espécie de terceirização. Elas fazem a intermediação das transações.

Como escolher uma carteira de criptomoedas?

Com os tópicos anteriores, você entendeu o que é e como funciona uma carteira de criptomoedas, e conheceu os seus tipos. Agora, como escolher uma wallet para armazenar e gerenciar os seus ativos?

Para essa tarefa, é preciso considerar alguns pontos, como:

  • tipo: primeiramente, avalie qual modelo de wallet faz mais sentido para as suas necessidades e objetivos — uma hot, uma cold ou uma custodial;
  • segurança: verifique se a carteira tem recursos como autenticação de dois fatores 2FA, assinatura multisig ou biometria;
  • suporte para diferentes criptomoedas: veja se a wallet permite guardar e gerenciar diferentes ativos — a não ser que você queira armazenar apenas uma cripto específica;
  • experiência de usuário: verifique a facilidade de uso da carteira, incluindo se ela tem uma interface amigável e se é intuitiva;
  • reputação: não deixe de averiguar a reputação da carteira no mercado para garantir que ela atenderá às suas necessidades e não causará problemas.

Como proteger a sua carteira de criptomoedas?

Além de saber como escolher uma carteira de criptomoedas, é importante conhecer estratégias para protegê-la. Uma das principais medidas é utilizar os recursos de segurança oferecidos pela wallet, como autenticação de dois fatores e biometria.

Também é fundamental manter as suas chaves privadas guardadas em locais seguros para evitar que criminosos tenham acesso a elas e roubem suas criptos. Evite manter prints ou downloads com esses códigos nos seus dispositivos, por exemplo.

Mais uma ação relevante para proteger a sua carteira de criptos é fazer uma distribuição das suas moedas digitais. Por exemplo, você pode ter uma parte de seus ativos em uma hot wallet e outra em cold e custodial wallets. Assim, em caso de uma adversidade, ela afetará apenas parte desses investimentos.

Outras duas medidas importantes são manter os softwares, aplicativos e dispositivos que você usa atualizados, e fazer backups regulares. Ao adotar medidas de segurança frequentes, aumentam as chances de evitar perdas e outros problemas.

Como montar um portfólio de criptomoedas?

Até aqui, você conferiu os principais aspectos sobre as carteiras de criptomoedas. Se houver interesse em investir em criptoativos, é válido saber como montar um portfólio, certo? Ao incluir criptos como parte de sua estratégia, você poderá diversificar a sua carteira de investimentos de modo a potencializar ganhos e minimizar riscos.

Vale saber que, para essa tarefa, existem duas possibilidades. A primeira é fazer investimentos diretos em criptomoedas sólidas ou promissoras, e armazená-las em uma das wallets apresentadas neste artigo.

Já a segunda maneira de montar um portfólio de criptomoedas é investir indiretamente nesses ativos. Essa opção tende a ser mais cômoda e prática, podendo ser feita pelo próprio mercado financeiro tradicional.

Nos tópicos a seguir, conheça duas alternativas para investir em criptomoedas de forma indireta!

Fundos de criptomoedas

Desde setembro de 2018, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) permite que fundos brasileiros adquiram cotas de fundos de criptomoedas estrangeiros. Além disso, mais recentemente, o investimento direto também passou a ser permitido pelos fundos, desde que seguidos os requisitos legais.

Ao investir em veículos financeiros que tenham as criptomoedas em sua estratégia, você consegue se expor indiretamente a elas. Essa é uma forma de investir nas moedas digitais com segurança institucional consolidada, já que os fundos precisam seguir todas as normas brasileiras.

Vale saber que a regulamentação do mercado cripto no Brasil ainda estava em andamento em 2024, e nem todas as normas já estavam em vigor. Ao investir em um fundo de criptomoedas, a sua carteira não tem os ativos digitais, mas se expõe aos movimentos deles.

A ideia dos fundos de criptomoedas é a mesma de outros veículos desse tipo: você e outros investidores adquirem cotas de participação. Ademais, em fundos de investimentos há a figura de um gestor profissional, que toma as decisões segundo as estratégias delimitadas.

ETFs

Além dos fundos de criptomoedas, você pode incluir moedas digitais em seu portfólio de forma indireta por meio de ETFs (exchange traded funds). Também conhecidos como fundos de índice, eles têm como estratégia espelhar um índice de referência.

Portanto, é possível encontrar ETFs que seguem índices de criptomoedas. Vale saber que as cotas desses fundos são negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira, e você pode negociá-las por meio da sua corretora de valores.

Basta acessar o home broker, digitar o código do ETF desejado, informar a quantidade de cotas que deseja comprar e o preço que quer pagar por elas. O investimento em fundos de índice funciona da mesma forma, por exemplo, para comprar ações e fundos mobiliários.

Um exemplo de ETF atrelado a criptomoedas é o HASH11, ligado ao índice NCI (Nasdaq Cripto Index), da gestora Hashdex. Sua carteira é direcionada principalmente para o bitcoin. Porém, outras moedas digitais compõem o portfólio, como ethereum e solana.

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