O investimento em ações não envolve chance de ganhos apenas com a compra e venda dos ativos na bolsa de valores. Outra possibilidade bastante buscada pelos investidores é o pagamento de dividendos — o que ajuda a formar uma fonte de renda passiva.

Para que isso seja possível, é preciso tomar boas decisões de investimentos e escolher ações de empresas com boa saúde financeira e boas perspectivas para o futuro. Uma forma de fazer isso é conhecendo o histórico de distribuição de dividendos em 2022.

Quais empresas pagaram mais dividendos em 2022?

Veja abaixo a lista das empresas que pagaram mais dividendos em 2022. Os resultados e as projeções são da equipe Genial Analisa.

Veja a tabela a seguir!

EmpresaCódigoSetor de atuaçãoDividendos por açãoDividend yield (DY)
PetrobrasPETR4Petróleo, gás e biocombustíveisR$ 6,7121,2%
BradesparBRAP4MineraçãoR$ 3,4512,2%
CPFL EnergiaCPFE3Energia elétricaR$ 2,9511,0%
Banco do BrasilBBAS3Intermediários financeirosR$ 3,3510,8%
CopelCPLE6Energia elétricaR$ 0,7210,8%
ValeVALE3MineraçãoR$ 8,019,2%
Energias do BrasilENBR3Energia elétricaR$ 1,617,5%
TaesaTAEE11Energia elétricaR$ 2,637,0%
GerdauGGBR4Siderurgia e metalurgiaR$ 2,017,0%

Vale ressaltar que o montante referente aos dividendos pagos por ação e o DY apresentados são relativos à projeção para 2022 feita pela equipe da Genial. Portanto, alguns fatores ao longo do ano podem influenciar nos resultados finais.

Além disso, diversas empresas dessa lista apareceram nas carteiras recomendadas da Genial ao longo do ano, como a VALE3 de janeiro a abril, a ENBR3 em julho e a GGBR4 em abril.

Agora, confira um overview sobre as empresas que foram consideradas as melhores pagadoras de dividendos de 2022:

Petrobras

A Petrobras é uma empresa do tipo sociedade anônima de capital aberto criada em 1953. Ela atua na área de energia, óleo e gás natural. Sua principal função é realizar a produção, refino e comercialização desses produtos.

Uma característica relevante da Petrobras é o fato de o Governo Federal ser o acionista majoritário da empresa. Logo, trata-se de uma companhia estatal de economia mista. Ou seja, existe interferência governamental em sua administração.

Embora a sede da empresa fique no Rio de Janeiro, ela está presente em mais de 20 países. Ademais, a Petrobras teve um crescimento ascendente nos últimos anos, especialmente graças às descobertas de novas reservas de petróleo e gás. Isso se refletiu na sua distribuição de dividendos em 2022.

Bradespar

Essa é uma empresa de investimentos controlada por um dos maiores bancos privados do Brasil — o Bradesco. A Bradespar foi criada em 2000 visando participar do controle de companhias líderes de setores maduros da economia nacional.

Em 2022, a companhia possuía mais de 5% do capital votante da Vale, outra empresa central no país. Além de ter ações negociadas na bolsa brasileira (B3), a Bradespar fez sua oferta pública inicial em bolsas internacionais, tendo ações listadas em Londres e Madri.

CPFL Energia

A CPFL Energia é uma empresa que atua no mercado de energia elétrica brasileiro. Ela foi criada em 1912 e trabalha em diversas frentes, com geração, comercialização e distribuição de eletricidade. A companhia também opera com fontes renováveis de energia, como eólica e biomassa.

Por isso, a CPFL Energia é considerada uma empresa ESG (environmental, social and governance), que pode ser traduzido como ou meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa. Ou seja, ela adota boas práticas sustentáveis e de transparência empresarial.

A abordagem ESG está cada vez mais popular no mercado financeiro e ajuda as companhias a se manterem competitivas. Afinal, muitos investidores preferem investir no potencial de empresas que atendem aos critérios socioambientais.

Banco do Brasil

Assim como a Petrobras, o Banco do Brasil (BB) é uma sociedade de economia mista. Ele foi o primeiro banco a operar no país, fundado em 1808. A sua primeira agência ficava localizada no Rio de Janeiro.

Essa é uma das maiores e mais importantes instituições bancárias do Brasil, com presença relevante também no agronegócio. Em 1868, o Banco do Brasil se tornou a única instituição emissora de moeda do país. Mas a função foi transferida após a criação do Banco Central, em 1964.

Dessa forma, o BB passou a se dedicar ao mercado bancário e sua função principal se tornou oferecer produtos e serviços financeiros. Entre eles, estão conta corrente, empréstimos e financiamentos, depósitos bancários, transferências, Previdência Privada e seguros.

Copel

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) atua na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. Ela possui diversas usinas próprias, entre hidrelétricas, térmicas e eólicas.

A companhia foi criada em 1954 e era controlada pelo Estado do Paraná. Ao longo de sua história, a Copel incorporou diversas empresas e inaugurou usinas em diferentes cidades. Em 1997, ela foi a primeira companhia do setor elétrico brasileiro a estrear na bolsa de valores de Nova Iorque.

Vale

A Vale é uma mineradora criada em 1942, no governo de Getúlio Vargas. Ela produz minério de ferro, uma commodity fundamental para o setor industrial mundial. Apesar de ter nascido como uma estatal, a companhia foi privatizada em 1997.

A Vale não atua apenas na mineração, mas também no setor de logística, siderurgia e energia. Sua relevância internacional faz com que ela seja uma das maiores empresas da área, realizando exportações de minério de ferro para diversas partes do mundo, principalmente para a China.

Além de ser considerada uma boa pagadora de dividendos, a Vale tem forte participação no índice Ibovespa — o principal indicador de ações da bolsa brasileira. Isso acontece graças ao alto volume de negociação de seus papéis.

Energias do Brasil

A empresa EDP Energias do Brasil ou Energias BR também atua no mercado de energia, mas tem foco apenas na distribuição de energia elétrica. Suas operações começaram em 1996, quando diversas companhias desse segmento passaram por privatizações.

Em 1997, a Energias BR investiu em uma hidrelétrica no Tocantins para reforçar a sua estrutura de geração de energia. Com isso, ela manteve o foco em adquirir operações e participações em outras empresas do setor elétrico brasileiro.

Como o foco está na geração de energia, a Energias do Brasil passou a alocar recursos em termelétricas. Também houve esforços para potencializar as operações em parques de energia eólica.

A companhia ainda se preocupa com a sustentabilidade ambiental e busca gerar energia limpa em suas atividades.

Taesa

A Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica) é um grupo de transmissão de energia elétrica. Ela atua em todo o Brasil e, ao longo das décadas, teve um crescimento exponencial. Nesse sentido, a companhia teve mais de 40 concessões de transmissões no Brasil.

Por isso, a Taesa está entre os líderes do setor no país. Em 2022, a principal estrutura acionária do grupo era composta pela Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e pela ISA Investimentos e Participações do Brasil.

Como você pode ver, muitas empresas do setor elétrico estão entre as melhores pagadoras de dividendos de 2022. De maneira geral, os negócios desse segmento costumam distribuir mais proventos, especialmente por não precisarem investir constantemente em estrutura.

Outro dos principais motivos para o destaque no pagamento de dividendos é o setor elétrico ser bastante resiliente. Como as companhias do segmento atuam com um serviço essencial, elas normalmente não sofrem grandes impactos em momentos de crises econômicas.

Gerdau

A Gerdau é a maior produtora de aço do Brasil. A história da empresa começou em 1901, como a Fábrica de Pregos Pontas de Paris. Ela foi inaugurada em Porto Alegre e, ao longo das décadas, se desenvolveu em relação ao volume de produção e vendas.

Para atender à demanda, a empresa abriu uma nova unidade. Em 1946, o negócio adquiriu uma siderurgia e passou a se posicionar no setor de produção de aço. Em 2009 aconteceu outro marco no negócio: a Gerdau começou a realizar a produção própria de minério de ferro.

A partir disso, ela fortaleceu ainda mais o conjunto de produtos, que se ampliou em 2016. A companhia busca se manter como o principal fornecedor de aço do Brasil — e um dos mais importantes do mundo.

Quais foram as piores pagadoras de dividendos em 2022?

Como você viu, uma empresa pode deixar de pagar dividendos por diversos motivos. O primeiro passo para entender por que uma companhia não distribuiu esses proventos ou fez poucos pagamentos é verificar a frequência e o percentual a ser compartilhado definidos no estatuto.

Depois, é preciso analisar se a companhia está obtendo lucro. Afinal, se não houve ganhos no período, ela não poderá distribuí-los, certo? Portanto, empresas que estão sofrendo prejuízos ou têm baixas margens de lucro não farão distribuições relevantes de dividendos no intervalo avaliado.

Também é necessário analisar o momento pelo qual a empresa está passando. Em geral, negócios que estão em fase de expansão e crescimento das operações precisam usar o próprio lucro para realizar investimentos. Nesses casos, possivelmente eles não pagarão muitos dividendos.

Além disso, o fato de uma empresa ter deixado de pagar dividendos em determinado período não significa que no futuro ela não conseguirá voltar a distribuí-los. Da mesma forma, o pagamento desses proventos em um ano não garante que a companhia continuará fazendo a distribuição.

Portanto, é fundamental que você acompanhe os resultados das empresas de interesse para entender se vale a pena investir nelas.

Para complementar as suas avaliações, vale a pena conhecer as piores pagadoras de dividendos de 2022. Nesse período, algumas companhias não distribuíram dividendos. Confira exemplos!

IRB Brasil Resseguros (IRBR3)

A IRB Brasil foi fundada em 1939, no Governo de Getúlio Vargas, visando reter no país os riscos de empresas nacionais que precisavam ser transferidos para o exterior. Nos anos de 1970, a empresa expandiu as suas operações para outros países.

Ela era 100% estatal, mas na década de 1990 foi transformada em uma companhia de economia mista. A IRB Brasil Resseguros teve o monopólio do setor até 2007, quando o Governo abriu o mercado.

Ao longo de 2022, a IRB apresentou uma sequência de prejuízos, o que fez com que não distribuísse dividendos. Entre os motivos para esses resultados estão o aumento da sinistralidade e os resquícios da covid-19 que abalaram o setor de seguros de vida.

BRF (BRFS3)

A BRF surgiu na década de 1930, com a criação da Perdigão. Em 2012, as marcas Perdigão e Sadia se fundiram, dando início a uma das maiores empresas de alimentos do mundo.

Em 2015, a BRF se tornou a primeira companhia brasileira a emitir green bonds. Esses títulos de dívida são usados para a captação de recursos para investir em projetos ambientalmente sustentáveis.

A principal atividade da companhia é a exportação global de alimentos. Contudo, ela tem registrado uma série de prejuízos ao longo dos últimos anos. Como consequência, a BRF não tem conseguido fazer uma boa distribuição de dividendos para os investidores.

Oi (OIBR3 e OIBR4)

A Oi surgiu em 1998, como uma das 12 empresas criadas após a privatização da Telebras. Essa estatal era a responsável pelas telecomunicações no Brasil. No início das suas operações, ela se chamava Telemar e atendia 16 estados brasileiros.

Em 2007, todos os serviços foram unificados para a marca Oi, quando a empresa patrocinou os jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. No ano seguinte, a companhia comprou a BRT, lançou a rede 3G e iniciou os serviços de telefonia celular no estado de São Paulo.

Em 2013, a Oi concluiu o processo de fusão com a Portugal Telecom. Contudo, houve problemas com a compra de dívidas da RioForte Investments, resultando em um endividamento maior que a sua receita.

Com a má gestão e as diversas mudanças realizadas em suas estratégias, a companhia acumulou um endividamento de R$ 65 bilhões em 2016. Consequentemente, ela pediu recuperação judicial — encerrada em dezembro de 2022. Com isso, há a chance de a Oi se reestruturar financeiramente e reajustar as suas operações.

Magazine Luiza (MGLU3)

O Magazine Luiza surgiu na década de 50, como uma pequena loja de presentes. O empreendimento se destacava pelo seu atendimento e, até meados de 1960, teve uma grande expansão pelo interior de São Paulo.

Em 1974, o Magazine Luiza abriu sua primeira loja de departamentos. Ao longo das décadas, a companhia passou por diversas expansões. No varejo, a empresa foi uma das pioneiras na integração de canais de compra ao consumidor.

Contudo, em 2022 a companhia apresentou resultados negativos em seus balanços. Conforme o Genial Analisa, o e-commerce teve um desempenho abaixo do índice Ibovespa entre 2021 e 2022. Outro fator que impactou o negócio foram os juros elevados, que tendem a desestimular o consumo.

Via (VIIA3)

A Via (antiga Via Varejo) é um grupo de comércio varejista responsável por diversas marcas bastante conhecidas entre os brasileiros. Entre elas, estão Casas Bahia, Ponto (antigo Ponto Frio), Extra.com, Bartira e BanQi.

Ela surgiu em 2010, após a fusão das empresas Casas Bahia e Globex Utilidades. Em abril de 2021, houve a mudança do nome Via Varejo para Via. O objetivo era trazer um novo posicionamento da marca.

Em 2022, a Via reportou prejuízo líquido. Logo, a empresa não fez distribuição de dividendos para os investidores. Apesar de no terceiro trimestre do ano o prejuízo ter sido 68,2% menor que o registrado no mesmo período de 2021, os resultados ainda foram negativos.

Azul (AZUL4)

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras foi fundada em 2008 e atua no setor de transporte aéreo. A empresa possui uma extensa malha doméstica de voos e conta com programas de fidelidade como estratégia para aumentar o lucro.

Além de transportar passageiros em rotas dentro do Brasil, a Azul realiza voos internacionais para determinados destinos. Em 2022, ela era considerada uma small cap. Isso significa que se trata de uma companhia com valor de capitalização mais baixo.

Em geral, essas empresas são novas ou fazem parte de setores econômicos menores. Por isso, a Azul ainda tem uma baixa distribuição de dividendos.

Cogna Educação (COGN3)

A criação da Cogna começa em 1966, na cidade de Belo Horizonte. Na época, tratava-se de uma instituição com foco em cursos pré-vestibular — chamada Pitágoras. Em 1972, ela inaugurou o Colégio Pitágoras e, após dois anos, criou uma unidade para atender aos alunos do ensino básico.

Na década de 1980, a instituição educacional abriu escolas no Iraque e na Mauritânia para atender aos alunos brasileiros nesses países. No início dos anos 2000, ela criou a Faculdade Pitágoras.

A partir de 2010, a companhia começou a se fundir com outros grupos educacionais, como as Faculdades Atenas, Unopar, União, Unirondon, Uniasselvi e grupo Anhanguera. Com isso, ela se tornou a maior empresa educacional do mundo.

Em 2019, foi criada a holding Cogna Educação. O objetivo era desenvolver uma nova estrutura de negócios utilizada para administrar todas as empresas do grupo. Além do foco no ensino de base até o superior, incluindo EAD (ensino a distância), a instituição importa e exporta livros didáticos e outros materiais.

Com a crise sanitária causada pela covid-19, a Cogna teve seus resultados impactados. Dessa maneira, ela não conseguiu fazer a distribuição de dividendos em 2022.

PetroRio (PRIO3)

A PetroRio é uma empresa petrolífera brasileira fundada em 2008, no Rio de Janeiro, com o nome HRT Petróleo. Ela mudou de nome em 2015 e sua principal função é investir e recuperar ativos em produção.

A empresa também foca em redesenvolver campos de petróleo maduros e em fazer uma gestão eficiente de reservatórios. Assim, ela atua principalmente com poços que já foram explorados, mas que ainda apresentam potencial produtivo. 

Por esse motivo, a PetroRio usa seus lucros para comprar novos campos e crescer mais. Dessa forma, ela ainda é um exemplo de empresa que realiza baixa distribuição de dividendos.

Banco Mercantil de Investimentos (BMIN3)

O Banco Mercantil do Brasil ou Banco Mercantil de Investimentos surgiu na década de 1940. Na década seguinte, ele começou o seu processo de expansão — quando incorporou o Banco Industrial de Minas Gerais.

Em 1980, a instituição já estava consolidada em Minas Gerais e era reconhecida em outras partes do país. No fim da década de 1990, o banco passou a remodelar sua rede de agências. A partir dos anos 2000, o Banco Mercantil reforçou sua visão socioambiental, focando no atendimento e fortalecendo a parte institucional.

Ele oferece serviços financeiros diversos e se consolidou regional e nacionalmente. Contudo, em relação ao pagamento de proventos, o banco tem histórico de divisão de lucros na forma de juros sobre capital próprio (JCP).

Por isso, a instituição não se destaca como boa pagadora de dividendos, embora distribua proventos. A principal diferença dos JCP é que eles fazem parte do lucro bruto da empresa. Logo, ao contrário dos dividendos, há desconto de Imposto de Renda quando o investidor recebe esses proventos.

GOL (GOLL4)

A GOL é uma companhia aérea brasileira fundada em 2001. Ela é considerada uma das maiores empresas de aviação no país — além de ser dona da Smiles, que atua com programas de milhas.

Em 2020, ela foi impactada pela covid-19, pois as medidas de restrições e isolamento social causaram baixas no setor de transporte aéreo. Nos anos seguintes, o desenvolvimento de vacinas contribuiu para o começo da retomada do setor.

Como a GOL também é considerada uma small cap da B3, ela não costuma estar entre as empresas que mais distribuem dividendos aos seus acionistas.

Como escolher uma empresa que paga bons dividendos?

Como você viu, o fato de uma empresa não pagar dividendos durante determinado período não significa que o investimento nela não é interessante. Na verdade, ela pode estar se preparando para crescer e, no futuro, trazer maiores retornos aos acionistas — embora não existam garantias.

Por outro lado, a ausência de dividendos também pode ser um sinal de má gestão ou outros problemas na companhia. Nesse sentido, é importante saber como analisar as empresas listadas na bolsa para identificar aquelas com maior potencial de resultados.

Se o seu objetivo é receber bons dividendos, veja dicas para escolher as ações!

Identifique seu perfil de investidor

O primeiro passo para quem quer escolher uma empresa na bolsa é saber qual é o seu perfil de investidor. Afinal, esse tipo de investimento é de renda variável, o que envolve mais volatilidade e riscos. Logo, o ideal é que você tenha um perfil mais tolerante aos riscos.

Considere investir com foco no longo prazo

Quando o assunto é investir em empresas que são boas pagadoras de dividendos, o longo prazo ajuda no acúmulo de ganhos. Para entender, considere que você tem na carteira uma companhia que paga dividendos frequentes e mantém um bom nível de resultados ao longo dos anos.

Isso significa que, em prazos maiores, você terá um montante cada vez mais significativo — em especial, se optar por reinvestir os proventos recebidos. Essa pode ser uma estratégia válida para ter renda passiva e planejar a aposentadoria, por exemplo.

Analise o IDIV

Quem tem interesse em proventos pode considerar o Índice Dividendos (IDIV) nas suas análises de ações. Esse é um índice da B3 que seleciona empresas de acordo com os dividendos distribuídos. Logo, analisar o indicador ajuda a ter referências sobre o mercado financeiro.

Assim, você pode identificar as ações mais adequadas para a sua carteira. Acompanhar o IDIV também é interessante porque ele serve como uma espécie de curadoria. Ao analisar o índice, você saberá com antecedência quais são as principais companhias pagadoras de renda passiva da B3.

Selecione empresas sólidas

Outro ponto central para montar um portfólio com foco em dividendos é escolher empresas que estejam consolidadas no mercado. Como você aprendeu, normalmente são essas companhias que conseguem distribuir porcentagens maiores dos seus lucros entre os investidores.

Isso acontece porque elas já estão sólidas e não precisam focar tanto em investimentos para potencializar o negócio. Ou seja, a situação é diferente em relação a uma empresa que ainda está em processo de crescimento no mercado, por exemplo.

Assim, empresas maiores podem distribuir seus resultados sem perder espaço no setor ou deixar de honrar seus compromissos. Logo, organizações que não tenham tantas despesas com estrutura ou não precisem investir em projetos de expansão costumam pagar mais proventos aos investidores.

Calcule o dividend yield

O dividend yield é um indicador fundamental para a análise de empresas pagadoras de dividendos. Isso porque ele mede o quanto uma companhia paga de proventos em relação ao preço de suas ações nos últimos 12 meses.

A fórmula utilizada é:

DY = Valor do dividendo por ação nos últimos 12 meses / Cotação da ação

Vale ressaltar que esse resultado é divulgado nos relatórios das empresas, bem como nos portais especializados em economia e finanças. Na prática, quanto maior for o DY, maior tende a ser a distribuição de dividendos daquela companhia nos últimos 12 meses.

Contudo, analisar apenas o DY não é o suficiente para investir em uma empresa. É preciso fazer uma análise fundamentalista e combinar diferentes indicadores e múltiplos para tomar uma decisão mais embasada.

Analise o dividend payout

O dividend payout é outro indicador relevante para a análise de empresas no que se refere ao pagamento de dividendos. Ele demonstra a taxa de distribuição dos ganhos em forma de dividendos nos últimos 12 meses.

A fórmula é dada por:

Dividend payout = Total de dividendos distribuídos nos últimos 12 meses / Lucro líquido no período

Com esse resultado, é possível entender qual é a porcentagem de lucro líquido retida na empresa e quanto é distribuído entre os acionistas. Isso ajuda a identificar companhias que repartem parcelas maiores dos ganhos, além de perceber se a distribuição é sustentável.

Acompanhe as carteiras recomendadas

Verificar as carteiras recomendadas é mais uma forma de escolher ações de empresas que pagam bons dividendos. Elas consistem em portfólios feitos por analistas do mercado financeiro que montam recomendações de acordo com análises que fazem das companhias e do mercado.

Nós, da Genial Investimentos, temos a Carteira Recomendada de Dividendos 5+. Ela tem o objetivo de superar o desempenho do IDIV no longo prazo. O material é publicado mensalmente e pode ser acessado gratuitamente por qualquer investidor.

O que são e como funcionam os dividendos?

A palavra “dividendos” vem de divisão e eles representam um dos proventos que uma empresa de capital aberto pode distribuir aos seus acionistas.

Conforme determina a Lei das Sociedades Anônimas (SA), as companhias são obrigadas a distribuir parte dos seus lucros a cada exercício fiscal na forma de dividendos. Eles são pagos em dinheiro de maneira proporcional à participação de cada investidor.

Dessa forma, quanto mais ações de uma empresa você tiver na sua carteira de investimentos, maior será o montante recebido na conta da corretora de valores que você utiliza para investir. Mas, apesar da obrigatoriedade, a lei não define a porcentagem máxima ou mínima de distribuição.

Por esse motivo, cada empresa pode determinar o percentual de lucro que distribuirá entre os acionistas. Da mesma forma, ela pode estabelecer a frequência com que faz esse pagamento. Todos os detalhes sobre isso devem constar no seu estatuto social.

Como forma de estimular o investimento, muitas companhias fazem a distribuição de 25% do seu lucro. Contudo, é possível encontrar companhias que oferecem uma parcela maior ou menor do que esse valor.

Ainda, existem aquelas que reinvestem os lucros e, por isso, não pagam tantos dividendos. E empresas que registraram prejuízo também não fazem o pagamento de proventos. Portanto, é preciso ter atenção e considerar diversos fatores antes de investir.

Outra característica importante dos dividendos é a isenção do Imposto de Renda (IR). Como eles são calculados sobre o lucro líquido da empresa, esses proventos integram a sua base de cálculo tributária. Assim, o investidor recebe o montante líquido sem nenhum desconto.

Gostou do conteúdo? Então aproveite para acompanhar os materiais da Genial Analisa e mantenha-se informado para tomar as melhores decisões no mercado financeiro!

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