O mercado financeiro traz diversas oportunidades de investimentos. Existem alternativas, inclusive, que permitem que você se torne sócio de empresas de diversos tipos. Assim, quem deseja ter acesso aos resultados de negócios, é possível recorrer ao mercado de ações.

Esse ambiente prevê a negociação de ativos da renda variável e pode ser atraente por suas vantagens. Ao mesmo tempo, é importante ponderar os riscos para fazer uma escolha consistente com suas características como investidor.

Neste artigo, você aprenderá o que é o mercado de ações e saberá como ele funciona. Continue a leitura e saiba mais!

O que é o mercado de ações?

O mercado de ações é um ambiente no qual empresas de capital aberto oferecem as suas ações para os interessados. Também é o local onde investidores podem negociar entre si os papéis que possuem.

Por suas características, o ambiente é de renda variável e existe, principalmente, na bolsa de valores. Porém, também pode haver negociação dos papéis no chamado mercado de balcão.

Em relação ao funcionamento, o mercado de ações atua como um facilitador entre quem deseja comprar e quem tem interesse em vender os ativos. Se uma empresa quiser abrir capital e captar recursos ao negociar suas ações, precisará desse mercado para encontrar investidores.

O que é uma ação?

Embora o mercado de ações seja bastante procurado por investidores, é comum que as pessoas tenham dúvidas sobre o que realmente significa uma ação. Na prática, ela é a menor parte do capital social de uma empresa — ou seja, a sua menor parte negociável.

Quem adquire esses papéis passa a ter direito de participar dos resultados da empresa em questão, na forma de acionista. A seguir, aproveite para conferir outras características importantes sobre as ações e seu funcionamento!

Tipos de ações

No mercado de ações, você poderá encontrar papéis de dois tipos principais: ordinárias (ON) e preferenciais (PN). As primeiras dão direito a voto nas assembleias gerais. Quanto ao código de identificação, costumam apresentar ticker com final 3.

Já as ações preferenciais dão ao investidor o direito de receber os lucros e dividendos antes dos acionistas ordinários. Em caso de liquidação do negócio, a preferência de distribuição dos recursos também é dos ativos PN.

Porém, ações preferenciais não dão direito ao voto e são exigíveis. Isso significa que a empresa pode, a qualquer momento, exigir de volta os papéis, comprando os ativos do investidor. Sobre a identificação, o ticker pode terminar com os números 4, 5 ou 6.

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Rentabilidade

Quando se trata do retorno no mercado de ações, é importante saber que ele pode ser obtido de diferentes formas. Porém, vale destacar duas principais. A primeira é pela valorização dos papéis, com o aumento do preço.

Isso pode ocorrer quando a empresa apresenta resultados positivos e quando o mercado demonstra mais interesse ou otimismo sobre o futuro do negócio, por exemplo. Com o aumento da cotação das ações, a venda pode acontecer por um preço acima da média de compra.

Se isso ocorrer, há o ganho de capital. Porém, tenha em mente que esse tipo de lucro só se consolida com a venda efetiva dos papéis — do mesmo modo que aconteceria em caso de eventuais prejuízos e quedas de preço.

Também é possível obter retorno por meio da distribuição de proventos. Eles correspondem a pagamentos feitos pela empresa aos investidores. Entre os principais, estão os dividendos, os juros sobre capital próprio (JCP), os bônus de ações e os direitos de subscrição.

Vale destacar que cada empresa pode escolher qual tipo de provento pretende distribuir e com qual frequência isso acontecerá. Entretanto, em relação aos dividendos, é obrigatória uma distribuição anual, no mínimo, caso haja lucros.

Oscilações de preço

Outro ponto importante que todo investidor deve considerar é que as ações se expõem às oscilações do mercado. Dessa forma, o preço varia de acordo com fatores como características da empresa, oferta e demanda, volume de negociações, fatores macroeconômicos etc.

Logo, não é possível garantir que haverá ganhos ou qual será o retorno obtido pelo investidor. Como visto, também podem ocorrer quedas no preço, o que pode resultar em perdas no momento da venda dos papéis.

Estratégias de investimento

O investidor pode utilizar diferentes estratégias na bolsa de valores, conforme seus objetivos. Quem foca no futuro pode adquirir os ativos visando a sua valorização no longo prazo e o recebimento de proventos, por exemplo.

Nessa situação, é comum que os investidores escolham os investimentos considerando os fundamentos e a saúde financeira das empresas. Para isso, eles realizam a análise fundamentalista.

Por outro lado, é possível atuar com foco em especulação. Aqui, a ideia é obter lucro no curto ou no curtíssimo prazo por meio das operações realizadas na bolsa de valores. Porém, cabe ressaltar que essa estratégia apresenta maiores riscos.

Como funciona a negociação de ações?

A negociação no mercado de ações pode ser feita online, ao contrário do que acontecia com o pregão presencial, décadas atrás. Além disso, a compra e a venda dos papéis ocorrem, em geral, por meio do home broker de cada instituição financeira.

Para que as transações aconteçam, é comum que seja feita a emissão de ordens de compra e venda. Quando uma ordem de compra encontra uma ordem de venda por preço igual ou abaixo, dá-se a negociação e a liquidação. Ao final do processo, as ações farão parte da carteira de quem as comprou.

O que é um IPO?

Quem deseja investir no mercado acionário precisa comprar esses ativos de empresas que tenham o capital aberto na bolsa de valores. Para tanto, o negócio deve passar por um procedimento conhecido como initial public offering (IPO) — ou oferta pública inicial.

Vale destacar que existem diversos motivos para uma empresa realizar um IPO. Um dos principais envolve a captação de recursos, cedendo parte do controle sobre o negócio. Assim, a companhia consegue obter dinheiro para investir em projetos ou pagar dívidas, sem precisar recorrer ao crédito bancário, por exemplo.

O IPO também costuma ajudar empresas a se consolidarem e a aumentarem o nível de maturidade de gestão. Há muitos negócios que poderiam fechar seu capital, mas não o fazem por avaliarem que mantê-lo aberto pode ser mais benéfico.

Como funciona o IPO?

Após entender o que é o IPO, vale saber que procedimento é composto por etapas distintas, que vão desde a preparação até a abertura de capital propriamente dita. A companhia precisa passar por auditorias, apresentar documentações e obter aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Feito isso, existem outras etapas que são colocadas em prática durante o IPO. Veja só:

Anúncio ao mercado

Após cumprir etapas relacionadas à auditoria e aprovação da CVM, o negócio pode estabelecer a data na qual deseja estrear no mercado de ações, de acordo com sua estratégia. Em seguida, é feito um anúncio ao mercado para que os investidores fiquem cientes da oportunidade.

Reserva de ações

Nesse período, cada investidor pode reservar quantas ações gostaria de comprar. Se forem reservadas menos papéis que o total disponível, o processo pode não ter seguimento. Contudo, se houver maior procura, pode haver um rateio entre os interessados.

Bookbuilding

Na etapa conhecida como bookbuilding, cada investidor apresenta o preço médio que está disposto a pagar para comprar ações. Ao final, faz-se a média e quem definiu valores menores do que o fixado fica de fora do processo.

Estreia

No dia do IPO, ocorre a primeira negociação da empresa na bolsa de valores e os investidores podem adquirir as ações que reservaram, considerando a disponibilidade de papéis. Após a estreia, os ativos podem passar por quedas ou por valorizações, dependendo do interesse do mercado.

Quais as diferenças entre mercado primário e mercado secundário?

Depois de entender o conceito e o funcionamento do IPO, é o momento de explorar o mercado primário e o mercado secundário de ações.

Na prática, o mercado primário corresponde à primeira negociação de papéis, como o IPO. Nesse caso, a negociação é feita entre a empresa e o investidor. Logo, os recursos obtidos na venda dos papéis seguem para o caixa da companhia.

Já no mercado secundário acontece a venda de ações já existentes, ou seja, que já fazem parte da carteira de um investidor. Com a compra, há a transferência do ativo de um investidor para outro e os recursos são recebidos por quem as vendeu — não pela empresa.

Quais as vantagens de investir em ações?

Agora que você conhece melhor o funcionamento do mercado de ações, é interessante entender seus benefícios. Na prática, adquirir ações de empresas é uma oportunidade de participar de negócios de diferentes segmentos e com portes distintos.

Por exemplo, você pode se expor aos resultados obtidos por uma companhia consolidada, em crescimento ou inovadora. Ainda, por ser um investimento de renda variável, os ganhos podem ser maiores que nas alternativas de renda fixa, por exemplo — especialmente no longo prazo.

Nesse sentido, investir em ações pode ser interessante para diversificar a carteira. Ainda, traz oportunidades para compor renda passiva pelo recebimento de proventos. Dependendo da sua estratégia, o investimento em ações também pode ajudá-lo a formar patrimônio.

Quais os riscos do investimento em ações?

Ao mesmo tempo em que você avalia os benefícios, é necessário considerar os riscos atrelados a investir na bolsa de valores com foco nesses ativos. Na prática, existe um risco de mercado, que envolve a volatilidade pela flutuação de preços.

Notícias sobre a companhia, o mercado, política ou o cenário internacional podem afetar a cotação de ações, por exemplo. A intensidade das forças compradoras e das forças vendedoras também interfere na relação entre oferta e demanda — o que pode impactar os preços.

Ao mesmo tempo, é importante considerar que os prejuízos somente se consolidam se houver a venda por um preço abaixo da média de compra. Com isso, uma queda na ação não significa, automaticamente, a perda de dinheiro em seu patrimônio.

Já o risco de liquidez tende a ser mais baixo, no geral, porque as negociações de compra e venda ocorrem na bolsa de valores. No entanto, se o interesse em uma ação for muito pequeno, por qualquer que seja o motivo, pode ser mais difícil se desfazer desses papéis.

Contudo, saiba que é possível gerenciar o risco de investir em ações. Quando o investimento é feito no longo prazo, por exemplo, há uma redução no impacto da volatilidade e os riscos podem ser diluídos.

Quando vale a pena investir no mercado de ações?

Entre as vantagens e os riscos de investir em ações, é natural que surjam questionamentos sobre quando é interessante escolher esses ativos. Porém, não existe uma resposta definitiva. Então é preciso avaliar certos pontos para tomar uma decisão mais acertada.

Você deverá considerar, por exemplo, qual é o seu perfil de investidor. Ele indica o seu nível de tolerância ao risco e à volatilidade, que podem ser maiores na renda variável e no mercado de ações.

Por melhor que seja a saúde financeira de uma empresa, o risco da renda variável pode não ser tolerado por um investidor conservador, por exemplo. Então, essa alternativa tende a interessar mais os investidores moderados ou arrojados.

Também é necessário analisar quais são os seus objetivos financeiros. Considerando que o investimento em ações é de longo prazo, ele costuma se alinhar a objetivos como construir patrimônio ou obter retorno ao longo do tempo.

Caso seu perfil e seus objetivos estejam alinhados com o investimento em ações, fazer parte do mercado pode ser interessante. Porém, também vale a pena analisar as condições do mercado e a sua carteira de investimentos. Assim, é possível equilibrar objetivos e oportunidades disponíveis.

Como o mercado de ações funciona no curto prazo?

Como você viu, existem investidores que optam pela especulação na bolsa de valores. Nesse caso, existem diferentes estratégias que podem ser utilizadas. Por exemplo, quando a compra e a venda acontecem no mesmo dia, a operação é chamada de day trade.

Se ocorrer em prazos maiores, como alguns dias ou semanas, é conhecida como swing trade. Saiba mais sobre as diferenças entre elas:

Day trade

Essa é uma estratégia de curtíssimo prazo no mercado de ações. O processo de compra e venda dos papéis ocorre no mesmo pregão, de forma que a posição é iniciada e fechada em um mesmo dia da bolsa.

Devido ao funcionamento e riscos, a estratégia tende a ser mais adequada para especuladores com maior nível de experiência e familiaridade com o mercado de ações. Afinal, eles precisam conhecer teorias e saber avaliar padrões gráficos em uma análise técnica para aumentar as chances de sucesso nas operações.

Swing trade

Já no swing trade, o especulador deve monitorar as tendências por períodos maiores. É comum que essas operações durem alguns dias ou poucas semanas. Portanto, a compra e a venda dos ativos ocorrem em dias diferentes.

Com isso, os riscos tendem a ser menores em comparação com o day trade — embora sejam mais elevados que operações visando horizontes mais elevados. Mesmo que ocorram movimentos repentinos, eles podem não fazer tanto efeito no resultado da operação. Nesse caso, a análise técnica também é utilizada.

Como escolher em quais ações investir?

Para investir em ações, é possível recorrer às carteiras recomendadas. Elas consistem em um portfólio criado por analistas de investimentos, que usam seus conhecimentos para selecionar os ativos e compor um portfólio equilibrado.

Ademais, a carteira recomendada costuma ser atualizada mensalmente e serve como uma orientação. Contudo, ela não realiza os investimentos automaticamente, cabendo a cada investidor executar as operações.

Nesse cenário, saiba que também é fundamental realizar a análise fundamentalista. Essa é uma técnica que avalia os fundamentos do negócio por meio de indicadores e múltiplos. Com base nos resultados apresentados, é possível apurar seu nível de saúde financeira.

Portanto, utilizando a análise — ou considerando a avaliação de analistas, você poderá fazer escolhas objetivas e que podem ajudar a diminuir os riscos para longo prazo.

Aqui, é importante saber que é preciso dedicar tempo e ter certo nível de conhecimento sobre o mercado financeiro para encontrar e interpretar os resultados.

Entre os indicadores fundamentalistas utilizados na análise, estão:

ROE

O ROE (return on equity, ou retorno sobre o patrimônio líquido) indica a relação entre dois valores apresentados nas demonstrações financeiras das empresas. São eles: patrimônio líquido e lucro líquido.

O primeiro é calculado com base nos ativos e nos passivos da companhia. Entre os ativos, podemos citar máquinas, imóveis, investimentos, equipamentos, entre outros. Já os passivos envolvem dívidas, juros, financiamentos etc.

Em relação ao patrimônio líquido, ele é calculado pela diferença entre os ativos e os passivos. Já o retorno da empresa é seu lucro líquido. O cálculo é dado pela subtração do custo total pela receita. Assim, é possível calcular o ROE, que é a porcentagem do retorno em relação ao patrimônio líquido.

P/L

O preço sobre lucro é outro indicador importante na análise de ações. Ele é calculado com base no preço da ação e no lucro por papel. O primeiro fator se refere à cotação do ativo na bolsa de valores no dia da análise.

Com isso, é possível perceber que o P/L sofre variações de acordo com a data avaliada. Como seu cálculo considera o preço da ação, ele está ligado aos altos e baixos da renda variável. Já o lucro por ação se refere ao ganho que cada papel proporciona.

Ao dividir o preço pelo lucro, você encontrará uma relação descrita na forma de número decimal. Basta multiplicar o resultado por 100 para ter a porcentagem. O P/L é bastante útil para entender o quanto o mercado está propenso a pagar pelos lucros da empresa.

Dividend yield

Por fim, o dividend yield (DY) é bastante utilizado por quem deseja avaliar o pagamento de dividendos das empresas. Como eles são a distribuição de lucros da companhia aos seus acionistas, quem tem ações de uma organização tem o direito de recebê-los.

Na prática, o DY mostra qual é o percentual de dividendos pago de acordo com o preço da ação. Para tanto, ele considera o histórico de pagamento dos proventos. Nesse sentido, os investidores que visam receber uma renda passiva por meio de proventos podem analisar o indicador.

Qual é a importância de contar com uma corretora de valores?

Para investir em ações, você precisará buscar uma instituição financeira autorizada, como uma corretora de valores. Ela serve para fazer a ponte entre os investidores e diversas oportunidades da bolsa de valores.

Ao abrir sua conta em uma corretora, você terá a chance de alocar recursos no mercado de ações, de acordo com a sua estratégia. Ainda, poderá investir em outras alternativas, como fundos de índice (ETFs) e outros fundos de investimento, por exemplo.

É fundamental escolher uma corretora que seja robusta e que ofereça uma boa experiência. Na Genial Investimentos, é possível abrir sua conta de maneira online, conhecer seu perfil de investidor e acessar diversas oportunidades, incluindo as alternativas de renda variável.

Além disso, a Genial também oferece uma plataforma de investimento moderna, suporte qualificado e uma assessoria que pode ajudá-lo a ter as informações necessárias para apoiar a tomada de decisão.

Como acessar o investimento no mercado de ações?

Para aproveitar as oportunidades do mercado de ações, como você viu, é preciso ter uma conta em uma corretora de valores. Assim, você terá acesso ao home broker, por meio do qual é possível negociar ativos, como as ações de empresas.

Nesse ambiente, é necessário conferir o ticker ou código de identificação da ação antes de investir. Após confirmar que é o ativo de seu interesse, deve-se emitir a ordem de compra. O mais comum é que ela seja a mercado. Isso significa que é necessário indicar apenas o nome da ação e a quantidade que deseja comprar.

Não é necessário especificar um preço, pois a aquisição é feita pela cotação que o papel estiver sendo negociado naquele momento. Com o encontro de uma ordem de venda correspondente, a liquidação é finalizada após o prazo estipulado pela bolsa.

Como você viu, o mercado de ações traz a oportunidade de participação em negócios com características distintas, de acordo com seus interesses. Para investir nesses papéis, você precisa saber como avaliar os ativos e verificar se eles se alinham às suas necessidades.

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