O interesse dos investidores brasileiros em renda variável tem aumentado. Prova disso é que, em 2023, a bolsa de valores brasileira (B3) alcançou a marca de 5 milhões de CPFs cadastrados. Mas para aproveitar as oportunidades disponíveis, é preciso saber como começar a investir em ações, certo?
Afinal, esses ativos têm diversos pontos positivos, mas também apresentam riscos que devem ser considerados na tomada de decisão. Antes de tudo, é necessário entender o funcionamento do mercado para identificar as alternativas de atuação.
O que são ações?
Uma ação é a menor parte do capital social de uma empresa. Isso significa que, ao comprar ações de uma companhia, você se torna sócio dela. Esses ativos pertencem à classe de renda variável e são negociados na B3.
Portanto, seus preços variam com base em diversos fatores e não há previsibilidade de ganhos. Você ainda pode vê-las sendo chamadas de papéis no mercado financeiro.
Antes da digitalização dos processos da bolsa de valores, quem comprava ações passava a portar documentos em papel representativos da posse delas. A tecnologia modernizou as negociações, mas o termo se mantém até hoje.
Como as ações funcionam?
Após conhecer o conceito de ações, é preciso entender como elas funcionam, não é mesmo? Esse tipo de investimento é baseado na negociação dos papéis na bolsa de valores, cujas cotações variam conforme a oferta e a demanda por eles.
O processo começa com a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). Nela, a empresa abre seu capital e negocia suas ações pela primeira vez na bolsa de valores, captando recursos para o negócio. Essa emissão de papéis ocorre no ambiente chamado de mercado primário.
Depois, as compras e vendas acontecem no mercado secundário, entre os próprios investidores. Para tanto, você precisa ter uma conta em uma corretora de valores e acessar o home broker, que dá acesso ao ambiente de negociação da B3.
Então ao emitir uma ordem de compra para determinada ação e encontrar uma ordem de venda equivalente, ou seja, na quantidade e preço desejados, a transação é concretizada. Assim, ao comprar ações para compor sua carteira de investimentos, você pode obter retorno de duas formas.
A primeira é pela valorização da cotação dos ativos. Ao vender os papéis por um preço maior que o de compra, por exemplo, é possível ter um ganho de capital. Além disso, há a possibilidade de distribuição de dividendos e outros proventos, que você verá em mais detalhes adiante.
Agora, entenda o funcionamento geral das operações com ações!
Negociação de ações
Como visto, para adquirir ações, é preciso ter conta em corretora e utilizar o home broker. Trata-se de uma plataforma que as instituições disponibilizam para a negociação de ativos da bolsa de valores.
Os papéis de uma companhia podem ser encontrados no home broker por meio do ticker, um código que é uma sequência de 4 letras e 1 ou 2 números. As ações costumam ser negociadas em lotes de 100. Logo, é comum investidores comprarem 100, 300 ou 1.500 papéis de uma vez, por exemplo.
Entretanto, é possível adquiri-los em unidades abaixo de 100, no chamado mercado fracionário. Nesse caso, a única ressalva é que o fracionário tende a ter menos liquidez em comparação com a negociação em lotes. A característica pode levar a uma diferença de preço em determinados momentos.
Todavia, se sua intenção for a de comprar pequenas quantidades de ações periodicamente para o longo prazo, a menor liquidez não deve ter impactos negativos. Ademais, se você completar um grupo de 100 papéis e desejar vendê-los, já pode fazer a operação em lote, em um mercado com maior liquidez.
Quais os tipos de ações existentes?
Conhecendo a base do funcionamento das ações, vale saber que há diferentes tipos de papéis disponíveis no mercado. Cada um deles tem um conjunto específico de direitos e características, refletindo diferentes estratégias de investimento e objetivos.
As categorias mais comuns de ações são as ordinárias e as preferenciais, além das units. Confira suas principais diferenças!
Ações ordinárias (ON)
As ações ordinárias, identificadas pela sigla ON, são aquelas que conferem aos seus detentores o direito de voto nas assembleias da empresa. Isso quer dizer que, ao adquiri-las, você não só está investindo no negócio, mas também ganha voz nas decisões corporativas.
É válido ressaltar que o peso do voto será proporcional ao número de ações detidas, ok? Normalmente, o ticker desses papéis termina com o número 3.
Ações preferenciais (PN)
As ações preferenciais, representadas pela sigla PN, têm como principal característica a preferência na distribuição de dividendos. Isso significa que seus detentores recebem os proventos antes dos acionistas que possuem ações ordinárias.
Porém, as ações preferenciais geralmente não conferem direito de voto. Como consequência, ao investir em ações PN, você prioriza o retorno financeiro em detrimento da participação nas decisões da empresa.
Seu ticker costuma terminar com o número 4, mas há papéis preferenciais que terminam em 5, 6, 7 e 8. Eles representam diferentes classes, cuja categorização varia conforme o estatuto das companhias.
Units
Units são um tipo especial de ativo negociado no mercado acionário. Elas são compostas por um pacote de papéis, combinando ações ordinárias e preferenciais. Nesse sentido, cada unit pode ter uma composição diferente, dependendo da estrutura definida pela empresa emissora.
A ideia por trás das units é oferecer um equilíbrio entre os direitos e benefícios das ações ordinárias e preferenciais. Desse modo, ao comprar uma unit, o investidor adquire, de forma conjunta, tanto o potencial de voto quanto à preferência na distribuição de proventos.
No geral, seus tickers terminam com o número 11, mas vale lembrar que há outros investimentos que também têm essa característica. Entre eles estão os fundos imobiliários (FIIs), fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) e alguns certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs, na sigla em inglês).
Quais as vantagens de investir em ações?
Entendido o que são ações e como elas funcionam, vale conhecer suas diversas vantagens. Esse tipo de investimento pode ser uma alternativa atrativa para muitos, principalmente devido às suas características.
Responsabilidade limitada e potencial de ganhos ilimitados
Um ponto relevante no investimento em ações é a responsabilidade limitada. Isso quer dizer que, nesse tipo de operação, a perda potencial se restringe ao montante investido, se não houver alavancagem.
Logo, não é possível perder mais do que 100% do capital investido nessa classe de ativos. Por outro lado, os ganhos potenciais não têm limite. Inclusive, há casos em que os preços de determinadas ações se multiplicaram algumas vezes.
Essas duas características oferecem certo equilíbrio entre risco e retorno, que pode deixar as ações atrativas para determinados investidores. Ainda assim, elas são alternativas mais arriscadas, que não garantem retorno — o que exige atenção, certo?
Liquidez de negociação
Uma das grandes vantagens das ações é o potencial de liquidez de negociação. Isso ocorre porque você pode comprá-las e vendê-las a qualquer momento durante o horário do pregão — desde que haja investidores interessados nos papéis pelo preço desejado.
Na venda, o valor correspondente fica disponível na sua conta na corretora em D+2 (dois dias úteis após a operação). Essa flexibilidade permite ajustar sua carteira de investimentos conforme suas necessidades e o cenário de mercado.
Diversificação
A diversificação é outro benefício que pode ser obtido ao investir em ações. Ela pode ser feita da perspectiva das classes de investimentos de uma carteira.
Por exemplo, um investidor que tenha grande parte de sua alocação em renda fixa pode investir em ações para equilibrar o potencial de ganhos no portfólio. A estratégia também pode ser válida para que você tenha ativos que reagem diferente diante das condições de mercado.
Sob outro ponto de vista, o mercado acionário permite investir em diferentes setores e empresas. Dessa forma, você pode distribuir os riscos e reduzir a dependência de um único ativo ou mercado. A estratégia tende a proteger sua carteira contra volatilidades específicas de segmentos ou negócios.
Potencial de rendimento
O investimento em ações tende a oferecer um potencial de rendimento maior em comparação com outros ativos. Na renda fixa, por exemplo, os riscos tendem a ser mais baixos, mas os retornos costumam ser mais previsíveis e menores.
Já as ações têm o potencial de gerar ganhos consideráveis, em especial a longo prazo, apesar dos riscos mais altos. Essa característica pode fazer sentido para os portfólios de investidores que buscam crescimento de patrimônio.
Participação nos lucros
Participar dos ganhos de uma empresa por meio de investimentos em ações é uma forma de gerar renda passiva. Isso acontece quando as companhias distribuem parte de seu lucro líquido ajustado aos acionistas na forma de dividendos. Eles são creditados diretamente em sua conta na corretora.
Esses proventos podem ser uma fonte de renda regular e complementar à potencial valorização do preço das ações. Entretanto, vale lembrar que os dividendos não são garantidos e podem variar conforme a saúde financeira e as decisões estratégicas da empresa.
Acesso a oportunidades de crescimento
Por fim, investir em ações oferece a oportunidade de participar do crescimento de negócios e setores. Dessa maneira, ao escolher papéis de companhias com alto potencial de desenvolvimento, você pode se beneficiar do sucesso delas.
Quais as desvantagens de investir nesses ativos?
O investimento em ações oferece oportunidades significativas, mas, ao mesmo tempo, envolve riscos que não devem ser ignorados. Portanto, é necessário fazer uma análise cuidadosa e ter uma compreensão clara dos pontos de atenção associados a esses ativos.
Entenda as desvantagens e desafios do investimento em ações!
Volatilidade
Uma das principais desvantagens do investimento em ações é a volatilidade. Os preços dos papéis podem variar significativamente em um curto período, influenciados por uma variedade de fatores. Alguns exemplos são condições econômicas e políticas, desempenho da empresa, entre outros.
A volatilidade pode ser um desafio, em especial, para investidores que não estão preparados para as flutuações do mercado. Ela também costuma não se encaixar na carteira dos que necessitam de maior estabilidade em seus investimentos.
Risco de mercado
O risco de mercado é inerente ao investimento em ações. Ele está ligado às variações dos preços dos ativos devido a mudanças nas condições econômicas e no ânimo dos investidores. Portanto, fatores externos, como crises econômicas, mudanças na taxa de juros e até eventos geopolíticos podem impactar o valor dos investimentos em ações.
Risco de liquidez
Embora as ações costumem ser negociadas com facilidade, existe o risco de liquidez, especialmente em papéis de empresas menores ou menos conhecidas. Em situações de baixa liquidez, pode ser difícil vender as ações sem aceitar um preço menor do que aquele considerado justo.
Risco empresarial
Ao investir em ações, você se expõe ao risco empresarial, ou seja, aquele associado ao desempenho e gestão da companhia específica. Problemas de gerenciamento, performance abaixo do esperado, ou mesmo escândalos corporativos podem afetar com força o preço dos papéis.
Necessidade de conhecimento e análise
Investir em ações requer certo grau de conhecimento e habilidade em análise de mercado. Logo, para fazer escolhas informadas, é necessário entender os fundamentos das empresas e suas perspectivas de mercado.
Também é relevante saber como interpretar dados financeiros e relatórios. Isso porque, sem esse conhecimento, investir em ações pode ser mais arriscado. Contudo, você pode contar com o auxílio de profissionais certificados, como assessores de investimentos, para tirar suas dúvidas.
Ausência de garantia de retorno
Diferentemente de algumas formas de investimento de renda fixa, as ações não oferecem garantia de retorno. Seu desempenho depende de uma série de fatores, como visto, e há chances de enfrentar perdas. Por outro lado, o potencial de ganhos é mais elevado.
Como começar a investir em ações? Veja o passo a passo!
Agora que você já tem uma visão geral a respeito do mercado acionário e seu funcionamento, é crucial saber como realizar seus primeiros investimentos. Seguindo os passos adequados, será possível explorar esse tipo de aporte em sua carteira com mais tranquilidade e confiança.
Veja o passo a passo para quem deseja começar a investir em ações!
Conheça seu perfil de investidor
Para montar uma carteira de investimentos em ações, é essencial entender se o seu perfil de investidor é adequado para essa alternativa. O intuito é compreender qual é a sua tolerância ao risco, que resulta nos seguintes perfis:
- conservador: tem baixa tolerância aos riscos, o que o faz priorizar a segurança acima da rentabilidade;
- moderado: tem tolerância média para correr riscos, desde que isso signifique ter a chance de ganhar mais;
- arrojado ou agressivo: tem grande tolerância aos riscos e está disposto a corrê-los de forma controlada e estratégica.
Por exemplo, um investidor conservador tende a não se atrair muito pelas ações ou direcionar apenas uma parcela do capital a esse tipo de ativo. Já um moderado pode ter uma porção um pouco maior desses papéis em sua carteira.
Por fim, investidores com perfil arrojado podem até mesmo priorizar esse tipo de investimento. Portanto, é fundamental compreender sua tolerância aos riscos para tomar suas decisões.
Crie uma reserva de liquidez
Antes de investir em ações, é válido criar uma reserva de emergência. Ela funciona como um colchão financeiro para situações de necessidade. Ter uma reserva dará segurança para alocar outros recursos em ativos mais arriscados, se eles forem adequados ao seu perfil e objetivos.
O ideal é que ela seja equivalente a, pelo menos, 6 meses de seus gastos, podendo variar dependendo da estabilidade da sua fonte principal de renda. O ideal é que a reserva seja aplicada em um investimento seguro e com liquidez diária, para que você possa acessar o capital a qualquer momento e sem perdas, ok?
Tenha um planejamento financeiro
Mais um passo é organizar suas finanças para haver recursos disponíveis a fim de realizar o investimento em ações. Para tanto, entenda quanto você ganha e quanto gasta, e monte um orçamento prevendo o capital para investir.
Ademais, é importante que os aportes sejam frequentes. Logo, é válido prever recursos mensais para investir na bolsa ou em outros ativos.
Caso seu objetivo seja aumento de patrimônio, e não recebimento de renda passiva, é válido reinvestir os dividendos para acumular mais patrimônio e aproveitar os efeitos dos juros compostos.
Aprenda a analisar ações
Para entrar no mercado de ações, é preciso saber avaliar os papéis para identificar oportunidades. Há duas metodologias principais para tanto. A análise fundamentalista envolve estudar os fundamentos do negócio e entender a capacidade de obter resultados no presente e no futuro.
Como as companhias seguem ciclos empresariais que costumam durar anos, esse tipo de análise é mais adequado para objetivos de longo prazo. Já a análise técnica ou gráfica é mais utilizada pelos traders, ou especuladores, que fazem operações de curto ou curtíssimo prazo.
Ela se debruça sobre gráficos em busca de padrões de variação das cotações no passado. A ideia é que eles possam ajudar a identificar tendências de movimentos futuros.
Se você tiver dificuldades para selecionar indicadores e interpretar informações, pode recorrer a uma carteira recomendada. Ela é elaborada por analistas de investimentos, que estudam conjuntos de ativos e sugerem a compra ou venda conforme as condições das empresas e do mercado.
A Genial Investimentos disponibiliza carteiras mensais de ações. Você ainda pode contar com a Genial Educação, uma plataforma que tem o propósito de conectá-lo ao mundo dos investimentos de forma inteligente e segura.
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Escolha uma corretora
Como visto, para começar a investir em ações, você precisará ter uma conta em corretora de valores. Por meio dela, será possível acessar o home broker e emitir ordens de compra e venda. A escolha da instituição envolve pesquisar e comparar diversas alternativas.
Considere fatores como taxas cobradas, estabilidade da plataforma de negociação e a qualidade do atendimento ao cliente. Vale lembrar que a abertura de conta em corretoras costuma ser gratuita, permitindo que o investidor teste tanto a plataforma quanto o atendimento em diversas instituições.
Esses testes são essenciais para ter um bom suporte em momentos de necessidade. Você já imaginou entrar em contato com a corretora para esclarecer alguma dúvida ou solicitar auxílio e se deparar com um atendimento ruim? A experiência seria bastante desagradável, não é mesmo?
Além de fornecer a estrutura necessária para investir, a corretora pode ser uma fonte de orientação para quem busca entender melhor os investimentos. Essa assistência costuma ser disponibilizada por meio de assessores certificados, profissionais que podem dar orientações sobre práticas e estratégias de investimento.
Transfira o capital a ser investido
Uma vez escolhida a corretora e aberta a conta, o próximo passo é transferir para ela o capital que você deseja investir. Isso geralmente pode ser feito por meio de Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Pix. Em seguida, o recurso aparecerá como saldo disponível para fazer aplicações ou comprar ativos.
Familiarize-se com o home broker
Após a transferência dos recursos, o investidor deve se familiarizar com o home broker, a plataforma online na qual ocorrem as negociações de ações. Nele, você terá acesso ao livro de ofertas, também conhecido como book de ofertas.
Ele mostra em tempo real as ordens de compra e venda de ações que estão sendo colocadas no mercado por outros investidores. As ordens de compra são organizadas com os preços mais altos no topo, enquanto as de venda são listadas a partir dos preços mais baixos.
Quando um investidor dá ordem de compra ou venda, ela entra no livro de ofertas e fica lá até ocorrer uma correspondência. Por exemplo, se você quer comprar ações por R$ 10,05 cada, e alguém desejar vendê-las por esse preço, essas ordens se correspondem e a transação é realizada.
Uma ordem permanecerá no livro até que seja integralmente correspondida ou cancelada pelo investidor. Se alguém quer comprar 200 ações por R$ 10,05 e outra pessoa deseja vender somente 100 por esse preço, apenas parte da ordem será executada.
O restante permanecerá no livro de ofertas até que haja uma correspondência — ou o comprador decida cancelar ou alterar sua ordem.
Faça uma ordem de compra
Para realizar uma ordem de compra, o investidor deve inserir no home broker o código da ação, a quantidade e o preço que está disposto a pagar. Após isso, basta confirmá-la.
Da mesma forma, para vender ações, deve-se decidir o momento adequado, inserir no home broker as informações da venda e confirmá-la. Opcionalmente, você pode ativar os mecanismos de stop loss e stop gain.
O primeiro é uma ordem automática de venda ativada quando o preço da ação cai para determinado limite. O objetivo dessa função é minimizar possíveis perdas.
Por outro lado, o stop gain é usado para assegurar lucros. Ele aciona uma venda automática quando o papel atinge um preço previamente estabelecido acima do valor de compra.
O que é aluguel de ações?
O passo a passo para começar a investir em ações já foi dado, mas há como potencializar os ganhos nesse mercado. Você sabia que nele é possível vender um ativo que você não possui? A estratégia é usada por investidores que acreditam na queda do preço de uma ação no curto prazo.
A abordagem envolve tomar emprestado papéis de outro investidor, prática chamada de aluguel de ações. Quem tem intenção de manter seus ativos a longo prazo e não está preocupado com oscilações de curto prazo, por exemplo, pode disponibilizá-los para alugar.
Então, quem toma as ações emprestadas as vende com a intenção de recomprá-las por um preço menor — e devolvê-las. Dessa maneira, o objetivo da estratégia é lucrar com a diferença entre os preços da venda e da compra.
Quais as vantagens e desvantagens desse processo?
O aluguel de ações apresenta algumas vantagens e desvantagens para o doador — o investidor que coloca seus papéis para alugar. Um dos principais benefícios é a capacidade de gerar uma renda adicional sem a necessidade de vender as ações.
A razão é que, ao alugar seus papéis, o doador recebe uma taxa de aluguel, passando a ter uma fonte de renda extra. Ao mesmo tempo, esse investidor mantém a propriedade e os benefícios de longo prazo dos ativos, como a possível distribuição de dividendos.
Além disso, o doador se beneficia da flexibilidade de definir os termos do aluguel, incluindo duração e taxa. Desse modo, é possível alinhar o aluguel com sua estratégia de investimento de longo prazo. No entanto, existem desvantagens que o investidor deve considerar.
Durante o período do empréstimo, o doador mantém a propriedade das ações, mas não pode vendê-las, a depender dos termos do contrato. Há ainda chance de ele não poder exercer certos direitos, como o de voto em assembleias.
Como alugar ações?
O investidor que deseja disponibilizar seus papéis pode acessar a plataforma da corretora e localizar a seção de aluguel de ações. Porém, os trâmites podem mudar de acordo com a instituição financeira.
Contudo, em geral, o investidor que deseja explorar essa possibilidade pode acessar a plataforma da corretora e listar os ativos que pretende oferecer, especificando a quantidade e, em alguns casos, a taxa mínima desejada.
É possível também definir os termos do aluguel. Isso inclui a duração do empréstimo e se ele só pode ser desfeito no vencimento, antes do vencimento apenas pelo doador ou apenas pelo tomador — ou por ambos.
Em seguida, as ações permanecerão disponíveis para aluguel até que um tomador aceite os termos. A corretora normalmente facilita o processo, encontrando correspondências para os termos especificados.
Uma vez que um tomador aceita os termos, o contrato de aluguel é estabelecido. Assim, durante o período estipulado, o doador recebe a taxa de aluguel acordada.
Já o investidor tomador seleciona as ações que deseja alugar no home broker ou na plataforma de aluguel de ações da corretora. Então ele especifica a quantidade de papéis e o período pelo qual pretende mantê-los.
Após analisar os termos disponíveis, o tomador pode aceitar aqueles que corresponderem às suas necessidades. Uma vez que o contrato é estabelecido, o investidor pode proceder com a venda das ações no mercado. No fim do período, ou antes, se desejar, basta recomprar os papéis e devolvê-los ao doador por meio da corretora.
Como investir em ações com pouco dinheiro?
Após descobrir que é possível até mesmo alugar ações, você pode se perguntar se há como começar a investir em ações com pouco dinheiro. O investimento nesse mercado com um orçamento limitado pode ser uma estratégia viável para construir patrimônio a longo prazo.
Por isso, confira dicas e considerações para quem deseja começar a investir em ações com recursos limitados!
Comece pequeno e seja consistente
Mesmo uma pequena quantia investida com regularidade tem potencial para crescer bastante com o tempo. Considere fazer aportes mensais, por menores que eles sejam. Nesse sentido, se você adquirir ações que pagam dividendos, reinvesti-los tende a acelerar a evolução do seu patrimônio.
Não faça dívidas para investir
Evite a tentação de tomar empréstimos para comprar ações. Afinal, os riscos associados podem ser muito altos, ainda mais para quem está começando. Portanto, procure organizar suas finanças e criar uma reserva de emergência antes de investir.
Explore alternativas de baixo custo
Escolha corretoras que ofereçam baixas taxas de transação ou isenção delas — como é o caso da Genial Investimentos. Dessa forma, é possível otimizar o potencial de lucro líquido das ações na sua carteira.
Diversifique por meio do mercado fracionário
Para manter a diversificação sem precisar comprar lotes de ações, você pode adquirir unidades menores no mercado fracionário, como visto. Nesse caso, apenas atente para que eventuais taxas cobradas não acabem representando uma proporção significativa do investimento.
Estude e pesquise
Dedique tempo para aprender sobre o mercado de ações, análise de empresas e estratégias de investimento. Isso ajudará você a tomar decisões mais bem embasadas. Afinal, o conhecimento é uma ferramenta poderosa, em especial para investidores com orçamento limitado.
Ademais, faça uma pesquisa detalhada antes de escolher em quais ações investir. Para tanto, procure por companhias com bons fundamentos, que tenham potencial de crescimento a longo prazo.
Tenha paciência e foque no longo prazo
Lembre-se de que o mercado de ações pode ser bastante volátil no curto prazo. Por isso, procure manter uma perspectiva de longo prazo e evite tomar decisões precipitadas, baseadas em movimentos recentes.
Como visto, começar a investir em ações exige preparo e conhecimento sobre o mercado. Ao reconhecer sua tolerância ao risco, seus objetivos e as oportunidades, você poderá aproveitar essa alternativa e incluir esses ativos em sua carteira!
O apoio de uma corretora pode fazer toda a diferença nesse processo. Abra a sua conta conosco e venha ser Genial!