O mercado financeiro é bastante amplo e não se limita apenas aos ativos tradicionais, como as ações e os fundos imobiliários (FIIs). Na verdade, existem diversos outros instrumentos que podem contribuir para sua estratégia de investimentos — como é o caso dos contratos de swap. 

Contudo, nem todos os investidores sabem o que são swaps e como eles podem ajudar a alcançar diferentes objetivos financeiros. Sendo assim, se você tem interesse em saber mais sobre o assunto para aproveitar essa possibilidade, não deixe de acompanhar este artigo preparado por nós, da Genial Investimentos

Ao longo dele, você entenderá o que é swap, como esse derivativo funciona, quais são seus tipos e como realizar as operações. Confira! 

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O que é swap?  

O swap é um tipo de derivativo cujo objetivo é realizar uma troca financeira entre duas partes, conforme interesse dos envolvidos. Na prática, trata-se de uma operação em que uma pessoa física ou jurídica busca fazer a troca de riscos de uma operação com uma instituição financeira. 

Isso acontece por meio de uma alteração de índices ou de elementos de referência. Logo, quem realiza a operação assume uma posição comprada, ou ativa, e outra vendida, ou passiva. Os resultados se efetivam pela diferença entre essas duas pontas.  

À primeira vista, pode parecer um pouco difícil entender esse conceito, então vale recorrer a um exemplo: suponha que você tenha um investimento indexado pela variação do dólar. Porém, de acordo com suas análises, você acredita que o câmbio aumentará nas próximas semanas. 

Diante desse contexto, você pode fazer um contrato de swap com uma instituição financeira. Nesse caso, ela ficará responsável por pagar a variação do câmbio. Já você se compromete a quitar a taxa de juros acordada.  

O resultado obtido será a diferença entre os pagamentos e recebimentos referente a cada ponta, conforme as movimentações do câmbio e das taxas de juros. 

O propósito do swap é evitar ou diminuir a exposição à volatilidade de um ativo, de modo a ampliar a proteção de uma carteira de investimentos ou em transações financeiras. Além disso, ele pode ser utilizado para buscar ganhos diante das movimentações do mercado. 

Quais são as principais características do swap? 

Agora que você já sabe o significado de swap, vale a pena se aprofundar no entendimento das suas características. Além da troca financeira, que pode acontecer de diferentes maneiras, é válido saber sobre outros dois pontos principais acerca desse tipo de operação: o prazo e a rentabilidade. 

Em relação ao prazo, é importante saber que o swap ocorre em uma data futura. Ele não funciona como o mercado à vista da bolsa de valores. Então, a operação não é executada no momento em que duas partes fecham um contrato, mas sim posteriormente.  

É nessa data futura que acontece a liquidação e os envolvidos devem cumprir com as condições firmadas anteriormente.  

A troca financeira só ocorre, efetivamente, no vencimento — sendo que o contrato pode durar alguns dias, algumas semanas ou até meses. Então, no momento inicial, não é necessário realizar nenhum desembolso financeiro. 

Além da questão do prazo, vale entender sobre a rentabilidade da operação. Isso porque, no momento da liquidação, uma parte sempre ganhará mais que a outra. A diferença deve ser paga a quem se posicionou a favor do ativo que teve melhor desempenho no período. 

Por exemplo, suponha que você tenha feito um contrato de troca de um índice por um câmbio. Se o câmbio estiver valorizado e ficar acima desse indicador, a sua rentabilidade será maior. 

Entretanto, se o índice subir de modo a superar o câmbio, a parte que assumiu o indicador terá uma rentabilidade superior à sua, entendeu? 

Como funciona esse derivativo? 

Após saber o que é o swap e quais são as suas principais características, é hora de entender como funciona esse tipo de operação. 

O contrato de swap pode ser estabelecido entre um investidor ou um especulador (trader), por exemplo, e uma instituição financeira (também conhecida como dealer). Nele, são definidas as condições da operação, como: 

  • a troca que será feita; 
  • duração do contrato; 
  • data de pagamento; 
  • entre outras questões. 

Em uma operação de swap, as partes envolvidas têm posições opostas em relação ao comportamento de mercado. Ou seja, enquanto uma acredita que um índice específico cairá, a outra pressupõe que ele subirá. 

Logo, na data de vencimento do contrato, cada uma das partes faz ou recebe os eventuais pagamentos resultantes da operação. 

Quais são os principais tipos de swap?  

Até aqui, você conheceu as principais características do swap, bem como o funcionamento dessa operação. Agora, veja a seguir os tipos de swap que você pode fazer! 

Swap cambial 

O primeiro tipo de swap (e também um dos principais) é o cambial. Nele, é possível trocar a flutuação do câmbio por uma taxa pré-definida — ou vice-versa. Outra possibilidade é estabelecer um contrato para fazer a substituição de moedas estrangeiras, por exemplo, entre dólar e euro. 

Swap de commodities 

Também é possível fazer swap de commodities. Nessa alternativa, as substituições podem ser feitas por meio de contratos ligados a produtos como milho, ouro, petróleo, soja etc. 

Em geral, as operações de swap que envolvem commodities são realizadas por empresas que atuam na importação ou exportação dessas mercadorias. 

Swap de índices 

Além dos swaps cambiais e de commodities, você pode fazer operações envolvendo índices. Por exemplo, é possível trocar o Ibovespa ou o IBrX (índices do mercado acionário brasileiro) pela oscilação de outro indicador. 

Ou ainda, você pode trocar, por exemplo, a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Ibovespa — entre outras possibilidades. 

Swap de taxa de juros 

Outra alternativa disponível no mercado de swap é a troca envolvendo taxas de juros, como a Selic e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Ou ainda, a substituição de um índice prefixado por um pós-fixado, ou vice-versa. 

Por exemplo, se você tem um CDB (certificado de depósito bancário) prefixado e acredite que haverá uma alta nos juros. Então você pode fazer um contrato de swap para trocar a taxa prefixada por uma pós-fixada. 

Nesse caso, independentemente das variações da taxa de juros, você receberá a rentabilidade baseada na taxa pós-fixada. Se o juro pós-fixado superar o prefixado, há chances de ampliar os ganhos. Contudo, se isso não ocorrer, você terá perdas em relação à operação original.   

Swap reverso 

Como você acompanhou até aqui, existem diferentes tipos de swaps para fazer. Além deles, vale ressaltar que existe ainda o swap reverso — uma alternativa oposta ao swap cambial tradicional. 

No swap reverso, é estabelecido que o Banco Central (Bacen) deve pagar a taxa de juros. Enquanto isso, a outra parte (o investidor ou operador) paga a taxa de câmbio. 

Em geral, esse tipo de swap é utilizado pelo Bacen como parte da política monetária. Ele costuma ser feito quando há uma expectativa de que o dólar passará por uma desvalorização muito abrupta, o que prejudicaria as exportações do Brasil, por exemplo.   

Além disso, é válido destacar que tanto o swap cambial tradicional quanto o reverso envolve a participação do Banco Central, já que ele é responsável pela política monetária do país. O Bacen é quem busca manter a taxa de câmbio sob controle e o mais estável possível. 

Quais são as vantagens e as desvantagens dessa operação financeira? 

Após entender todos esses pontos sobre o swap, vale a pena saber quais são os principais prós e contras desse tipo de operação. 

Uma das principais vantagens do swap é que ele permite uma maior proteção à sua carteira de investimentos. Esse processo também é conhecido como hedge

Embora não haja garantias (afinal, trata-se da renda variável), o contrato de swap pode ajudar você a se proteger de movimentações do mercado que têm o potencial de causar prejuízos. Desse modo, você pode evitar grandes perdas financeiras. 

O SWAP é um instrumento que permite a troca de indexadores, por exemplo, alguém que possua uma dívida pós-fixada e gostaria que ela fosse pré-fixada. Assim, se eu o faço de alguma maneira eu espero um retorno maior do que eu teria nas condições iniciais do meu investimento. 

Porém, apesar de as operações de swap terem essas vantagens, vale observar que se trata de contratos complexos que envolvem riscos e custos. 

Então, para recorrer a essa ferramenta de forma adequada e estratégica, é essencial ter uma compreensão mais avançada do mercado financeiro. Caso contrário, você poderá fazer escolhas equivocadas e acabar perdendo dinheiro. 

Quando realizar o swap?  

Até aqui, você conferiu as principais vantagens e desvantagens do swap. Mas afinal, quando realizar esse tipo de operação financeira? Existem diversas situações nas quais ele é usado. Os swaps são mais utilizados por empresas, ou produtores, por exemplo.  

Diante desse cenário, um trader com um determinado nível de experiência pode fazer trocas de modo a consolidar ganhos no curto prazo. Assim, ele pode aproveitar essas oscilações momentâneas para buscar meios de ampliar os lucros.  

Além dessa circunstância, o swap — em especial, o cambial — pode ser utilizado por empresas que têm exposição ao mercado exterior para proteger as operações diante das variações do câmbio. 

Por exemplo, imagine que você tenha uma empresa que recebe em reais, porém realiza importações em dólares. Caso a moeda internacional se valorize, a dívida do seu negócio aumentará e os ganhos da companhia tendem a não acompanhar esse mesmo movimento. 

Nesse contexto, você pode, por exemplo, trocar um contrato com taxa prefixada pela variação cambial. Dessa maneira, se o dólar subir de modo a superar a taxa prefixada, você terá lucro. E mesmo que aconteça o oposto, a organização conseguirá honrar suas dívidas em moeda estrangeira. 

Como funciona o Imposto de Renda (IR) em operações de swap? 

Como muitos investimentos disponíveis no mercado financeiro, as operações de swap têm incidência de Imposto de Renda (IR). Saber sobre essa questão é relevante porque essa cobrança influencia diretamente no resultado líquido das suas transações. 

A incidência de IR em contratos de swap é sobre os ganhos com as operações e funciona por meio de uma tabela regressiva — a mesma utilizada na renda fixa. A alíquota começa em 22,5% sobre o rendimento e pode chegar a 15%, conforme o prazo do contrato. 

Como realizar esse tipo de operação?  

Após conferir os principais pontos sobre o swap, inclusive, quando ele pode ser realizado, é válido saber como fazer esse tipo de operação. Se você se interessou por essa possibilidade, saiba que existem quatro aspectos essenciais que devem ser considerados no processo. 

São eles: 

  • o seu perfil de investidor, pois derivativos são mais voláteis e arriscados, então costumam ser adequados para quem tem maior tolerância ao risco, como os investidores arrojados; 
  • os seus objetivos financeiros, pois é preciso avaliar se os swaps fazem sentido para os seus planos e se eles realmente podem ajudá-lo a alcançar suas metas; 
  • os custos envolvidos nesse tipo de operação, como taxas e impostos; 
  • o seu conhecimento sobre o mercado de swap. 

Observando esses quatro pontos, você terá mais segurança para avaliar e decidir se os contratos de swap fazem sentido para a sua estratégia no mercado financeiro.  

Em caso positivo, a etapa seguinte é acessar o mercado de balcão — ambientes onde são negociados inúmeros ativos financeiros. Para tanto, você deve ter uma conta aberta em uma corretora de valores, como a Genial Investimentos

É por meio da conta que você terá acesso aos contratos de swap e poderá assumir uma ou mais posições de troca. Vale lembrar de conferir todos os termos e condições antes de concretizar a operação, ok? 

Por fim, após fechar um contrato de swap, é preciso aguardar a sua data de vencimento para que o pagamento do cupom seja realizado, conforme acordado previamente. É nesse momento que você saberá se teve lucro ou prejuízo com a operação. 

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Filipe Villegas

Filipe Villegas é responsável pelas carteiras recomendadas da Genial e relatório GENOMA. Ele é pós-graduado em administração de empresas pela FGV e tem MBA em engenharia financeira pela POLI-USP. Está no mercado há mais de 10 anos.

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