Você tem o perfil de investidor conservador? Saiba que essa definição é um dos fatores mais importantes para se considerar na hora de montar a sua carteira de investimentos, já que ele define a sua tolerância ao risco.  

Para os conservadores, o foco costuma ser a segurança. Nesse sentido, existem diversas formas de investir tendo esse perfil, inclusive buscando ter melhores resultados em termos de rentabilidade — em especial no longo prazo. 

Quer saber mais sobre o assunto? Neste artigo, você entenderá o que significa ter o perfil de investidor conservador e como se basear nele para investir com segurança! 

O que é perfil de investidor? 

Para entender melhor o que significa ser um investidor conservador, é interessante saber qual o conceito de perfil de investidor. Afinal, esse é um dos critérios mais relevantes na hora de desenhar uma estratégia de investimentos. 

O perfil de investidor é uma classificação relacionada às preferências de uma pessoa ao investir, em especial acerca da sua abertura ao risco. Ele se divide em três tipos principais: 

  • conservador: baixa abertura ao risco e preferência por segurança; 
  • moderado: médio grau de apetite para investimentos mais arriscados; 
  • arrojado: alto apetite ao risco e foco em maiores retornos. 

Além da questão do risco, há outros fatores que influenciam na determinação do perfil de um investidor. Por exemplo, os conhecimentos e a experiência no mercado podem influenciar nessa classificação.  

Isso acontece porque investidores mais experientes podem ter mais apetite ao risco, por entenderem melhor o mercado e saberem como controlar riscos na carteira. Contudo, vale a pena destacar que isso não é uma regra. 

No mais, é pertinente destacar que o seu perfil não é imutável. É plenamente possível um investidor conservador se tornar arrojado conforme ele ganha experiência no mercado, por exemplo. O contrário também pode acontecer, quando uma pessoa passa a buscar menos exposição aos perigos. 

Quais são as características do investidor conservador?  

Como você viu, o investidor conservador é aquele com baixa tolerância aos riscos do mercado — não necessariamente um iniciante. Assim, a principal característica de quem tem esse perfil é a preferência por investimentos mais seguros. 

Eles preferem evitar grandes oscilações na carteira de investimentos e podem se sentir desconfortáveis com a volatilidade do mercado. Por isso, é natural que um investidor conservador concentre todo ou grande parte do seu capital em alternativas de renda fixa. 

Por ter baixa tolerância ao risco, outra característica comum aos investidores conservadores é a busca por mais liquidez. Eles normalmente preferem alternativas que podem ser resgatadas mais facilmente e com poucas chances de perdas. 

Nesse sentido, uma das grandes prioridades de um investidor conservador é preservar o capital. Isso significa que eles preferem investimentos que ofereçam maior segurança e estabilidade, mesmo que isso signifique retornos mais modestos. 

Para entender essa relação, vale a pena pontuar as diferenças entre renda fixa e variável. A primeira é composta por investimentos com regras predeterminadas de retorno. Ou seja, no momento da aplicação, o investidor já entende como será a regra de rentabilidade. 

Já na renda variável essa garantia não existe e as chances de perdas são maiores, já que os investimentos dessa classe estão mais expostos à volatilidade. Por outro lado, o potencial de ganhos é mais alto, já que não há um limite, como na renda fixa. 

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Quais são as principais alternativas de investimento para esse perfil?  

Agora que você entendeu mais sobre os investidores conservadores, confira quais são as principais alternativas de investimentos para quem tem esse perfil! 

Títulos públicos do Tesouro Direto 

Primeiramente, os investidores de perfil conservador podem se interessar pelos títulos públicos do Tesouro Direto para compor a sua carteira. Eles são aplicações financeiras vinculadas ao Governo Federal, sob responsabilidade do Tesouro Nacional. 

Assim como as demais alternativas de renda fixa, os títulos públicos funcionam como empréstimos. O Governo Federal faz a emissão deles para captar recursos e financiar suas atividades, como investimentos em obras ou pagamento de dívidas. 

Os investidores que fizeram a aplicação receberão seu dinheiro de volta no prazo e com as condições combinadas com o acréscimo de juros. A rentabilidade será dada conforme as características do título. 

Veja algumas alternativas disponíveis na plataforma do Tesouro Direto! 

Tesouro Prefixado 

O Tesouro Prefixado é o título com rentabilidade prefixada, ou seja, definida no momento do aporte e não sofrerá alterações até o vencimento. Assim, o investidor faz a aplicação e já consegue projetar qual será o seu retorno no período combinado. 

Na plataforma também há o Tesouro Prefixado com juros semestrais. Nesse caso, em vez de aguardar até o vencimento, o investidor receberá cupons de rentabilidade a cada 6 meses. 

Contudo, é importante destacar que a garantia de retornos existe apenas no vencimento. Portanto, se o investidor optar por fazer um resgate antecipado do dinheiro, ele não garante os ganhos. Ainda, existe o risco de prejuízo. 

Isso acontece porque esse investimento está exposto à marcação a mercado, que é uma variação diária nos preços de títulos de renda fixa. Desse modo, se o cenário do mercado não for favorável no momento da venda, o investidor pode ter perdas.  

Tesouro Selic 

O Tesouro Selic, por sua vez, tem rentabilidade pós-fixada. Ela acompanha a taxa básica de juros da economia brasileira. Ou seja, se a taxa aumenta em determinado período, o mesmo acontecerá com os retornos do título. 

Diferentemente do Tesouro Prefixado, o Tesouro Selic está menos exposto aos efeitos da marcação a mercado. Isso significa que as chances de perdas em um resgate antecipado são mínimas, fazendo dele uma aplicação muito buscada para a reserva de emergência, por exemplo. 

Tesouro IPCA 

Já o Tesouro IPCA é o título híbrido do Tesouro Direto. Por isso, ele conta com uma rentabilidade prefixada e outra pós-fixada, que segue o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — indicador oficial da inflação no Brasil. 

Desse modo, o Tesouro IPCA é a aplicação que assegura ao investidor uma rentabilidade real positiva na data de vencimento. Como ele terá um percentual prefixado adicionado ao acumulado da inflação, é possível ter aumento no poder de compra. 

Assim como acontece com o Tesouro Prefixado, a rentabilidade prometida do Tesouro IPCA só é garantida no vencimento do título, com risco de perdas em resgates antecipados. Ele também tem uma opção com cupons semestrais de rentabilidade. 

Em comum, esses três títulos do Tesouro Direto compartilham a liquidez diária, facilitando o resgate dos investidores. Também há a incidência do Imposto de Renda (IR) sobre os lucros, acompanhando a seguinte tabela regressiva: 

  • até 180 dias: 22,5%; 
  • de 181 a 360 dias: 20%; 
  • de 361 a 720 dias: 17,5%; 
  • acima de 720 dias: 15%. 

CDBs 

Os certificados de depósito bancário (CDBs) são títulos privados de renda fixa. Eles são emitidos por instituições bancárias e, assim como os títulos do Tesouro Direto, funcionam como instrumentos para captação de recursos. 

Nesse caso, os bancos podem emitir CDBs para levantar capital a ser usado em suas operações, como a liberação de empréstimos para seus clientes. Seguindo a mesma lógica da renda fixa, os investidores fazem a aplicação para receber o dinheiro acrescido de juros no vencimento. 

A rentabilidade pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida. No caso dos títulos pós-fixados, a taxa de referência costuma ser o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), cujo desempenho é próximo, mas ligeiramente inferior à Selic. 

A liquidez e o potencial de retornos dependem das regras definidas por cada emissor. Por exemplo, é possível que existam CDBs com rentabilidade de 120% do CDI, enquanto outros podem oferecer 90%. 

Os riscos também dependem do emissor. O investidor pode analisar esse ponto pelo rating da instituição financeira, que mede o risco de inadimplência da instituição. Normalmente, CDBs de instituições mais arriscadas podem ter potencial de retorno mais alto para compensar os riscos. 

Em termos de segurança, eles se destacam pela proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A entidade garante o ressarcimento de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição financeira.  

Isso significa que, em caso de falência do banco emissor, o investidor tem direito a receber até esse total de volta — o que inclui aplicação e eventuais rendimentos. Também há um teto global de R$ 1 milhão, renovado a cada 4 anos. Os CDBs também são tributados conforme a tabela regressiva da renda fixa.  

LCIs e LCAs 

Ainda entre os títulos privados de renda fixa, os investidores conservadores podem analisar as letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs). Como os nomes sugerem, elas estão ligadas ao mercado de imóveis e ao setor agropecuário brasileiro, respectivamente. 

Portanto, as instituições financeiras emissoras disponibilizam o título para captar recursos a serem utilizados nesses dois mercados. Essa é uma das principais características que diferenciam essas alternativas dos CDBs. 

Outro ponto importante de distinção é a incidência do IR. Como o setor imobiliário e o agronegócio são duas das áreas relevantes para a economia brasileira, LCIs e LCAs são isentas de Imposto de Renda sobre os lucros para pessoas físicas. 

Esse ponto funciona como uma estratégia para atração de investidores. Afinal, com a não incidência do IR, em alguns casos, os LCIs e LCAs podem ter rentabilidade líquida mais alta que outras aplicações, a depender da taxa de juros ofertada. 

Em relação à rentabilidade, elas também podem ser prefixadas, pós-fixadas ou híbridas. Será o emissor o responsável por definir a regra de retorno, o prazo de vencimento e a liquidez. Também existe proteção do FGC em caso de falência do emissor, seguindo as mesmas regras dos CDBs.  

Fundos de renda fixa 

Os fundos de investimento também podem ser alternativas para investidores conservadores. Eles são veículos coletivos de investimento, cujo patrimônio fica sob a gestão de profissionais.  

A participação de cada investidor acontece a partir da compra de cotas. Com o investimento, eles se expõem ao portfólio do veículo e aos seus resultados. Os fundos de renda fixa são aqueles que priorizam a alocação de recursos em alternativas dessa classe. 

Entre os principais tipos, estão: 

  • fundos DI: tendem em acompanhar à taxa Selic; 
  • fundos de inflação: priorizam o investimento em aplicações indexadas por índices de preços; 
  • fundos de crédito privado: possuem portfólio predominante composto por títulos de crédito privado, como debêntures e direitos creditórios. 

Como há a participação de um gestor profissional e toda a estrutura do fundo, os cotistas precisam arcar com a taxa de administração. Ela é expressa anualmente, mas cobrada diariamente, dessa forma,  para cobrir os custos operacionais e remunerar a equipe de gestão. 

Nos fundos há aplicação de IR sobre os ganhos. Ele é regressivo, mas a menor alíquota muda se o fundo for de curto prazo (20%) ou longo prazo (15%). Também há a incidência do come-cotas, que é uma antecipação semestral do Imposto de Renda.

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Investidores conservadores podem investir em renda variável? 

Conhecendo as principais alternativas de investimento para esse perfil, uma dúvida comum é se investidores conservadores podem investir em renda variável. Afinal, como eles têm baixa tolerância ao risco e essa é uma classe mais arriscada, é esperado que existam questionamentos. 

No entanto, os investidores conservadores podem, sim, investir em ativos de renda variável. Essas movimentações podem fazer sentido se ele deseja ter retornos mais altos ou está em busca de experimentar novas alternativas no mercado. 

Contudo, essas movimentações devem representar um percentual pequeno em um portfólio conservador. O investidor, inclusive, pode definir o quanto ele estaria disposto a alocar em renda variável — como 5% da carteira. 

Além disso, para evitar exposições mais altas a riscos, ele pode analisar alternativas menos voláteis. Inclusive, há fundos de investimento com certo grau de exposição à renda variável. Cabe ao investidor analisar a estratégia de cada veículo para avaliar os riscos do fundo e se o investimento pode valer a pena para o seu planejamento.  

Por que optar por investimentos conservadores?  

Optar por fazer investimentos conservadores pode trazer diversas vantagens para sua carteira e seus resultados no mercado. Isso acontece porque, por serem de baixo risco, eles podem ser atrativos para a preservação do patrimônio. 

Esse ponto costuma ser positivo mesmo para quem tem alta tolerância ao risco. Por exemplo, um investidor arrojado pode fazer movimentações mais conservadores para equilibrar os riscos da sua carteira. 

Nesse caso, com uma parcela do seu patrimônio protegida em títulos mais seguros e previsíveis, o investidor conservador pode destinar outra parte do seu capital para movimentações mais arrojadas. Consequentemente, seus retornos podem ser mais altos. 

Outra vantagem dos investimentos conservadores tende a ser a sua liquidez. Como esse é um ponto que o investidor conservador valoriza, as alternativas podem ser mais facilmente resgatáveis — mas vale lembrar que o lucro nem sempre é garantido. 

Por fim, investimentos conservadores são positivos para evitar perda do seu poder de compra. Mesmo que você tenha aversão ao risco, ou seja, iniciante no mercado, fazer essas movimentações assegura rentabilidade para o dinheiro e minimiza os impactos da inflação

Como diversificar sua carteira com um enfoque conservador?  

Após entender os principais detalhes sobre os investimentos conservadores, veja como é possível diversificar a sua carteira mantendo esse foco! 

Considere diferentes tipos de rentabilidade  

Primeiramente, pode ser interessante fazer investimentos com diferentes tipos de rentabilidade — prefixada, pós-fixada e híbrida. Isso acontece porque você evita concentrar seus recursos em apenas um tipo de retorno e ainda pode aproveitar oportunidades no mercado. 

Para entender melhor, considere o exemplo dos títulos pós-fixados. Como você viu, eles têm sua rentabilidade atrelada a um índice do mercado, como a Selic. Nesse caso, seu potencial de ganhos com eles pode variar ao longo do tempo. 

Em momentos de alta na Selic, seus retornos podem ser maiores. Já quando a taxa é cortada, seu potencial também reduz. Assim, ao também ter investimentos prefixados, você pode adicionar mais previsibilidade à carteira, entende? 

Analise os prazos dos investimentos 

Assim como acontece com a rentabilidade, diversifique os prazos das suas aplicações. Ter variações entre vencimentos pode fazer com que você aproveite os ciclos de mercado, como alta ou baixa dos juros. 

Outro ponto positivo é aproveitar o efeito dos juros compostos. Isso significa que sua rentabilidade se acumulará em cima de juros anteriores, não apenas sobre o montante aplicado, o que pode proporcionar ganhos exponenciais no longo prazo. 

Faça ajustes periódicos 

Finalmente, mesmo com uma carteira de investimentos conservadora, pode ser necessário fazer ajustes periódicos. Isso acontece porque suas movimentações devem ser pensadas para atender aos seus objetivos financeiros. 

Portanto, vale a pena analisar seus resultados regularmente para avaliar a performance do seu portfólio. Com isso, é possível aproveitar esses momentos para considerar se é interessante ou não mudar sua abordagem de investimentos — podendo até mesmo incluir ativos de renda variável, se fizer sentido. 

No mais, saiba que independentemente do seu perfil de investidor, é preciso ter uma corretora de valores para fazer suas movimentações no mercado. Para isso, você pode contar com a Genial Investimentos. 

Ao abrir sua conta, você terá acesso a uma plataforma completa e aberta, além de suporte 24 horas da nossa equipe. Ainda há corretagem zerada em diversos cenários, reduzindo os seus custos e ampliando sua rentabilidade líquida. 

Como você acompanhou, quem tem perfil de investidor conservador dá preferência para investimentos seguros e de baixo risco. Mas isso não significa que há poucas alternativas para compor a carteira, então vale pesquisar as diferentes oportunidades.  

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