Ao realizar um investimento, é importante saber que há riscos, independentemente da classe do ativo. Como não existe uma alternativa totalmente segura, é fundamental entender cada tipo de risco de investimento e como eles atuam.

Além disso, você deve ter em mente como esse aspecto influencia na sua carteira de investimento. Dessa maneira, é possível fazer escolhas mais conscientes em relação aos riscos, podendo minimizá-los e proteger o seu patrimônio.

Quer entender como o risco de um investimento afeta seus resultados? Continue a leitura deste artigo elaborado pelo nosso time da Genial Investimentos e saiba mais sobre os riscos e como reduzi-los em sua carteira!

O que são riscos de um investimento?

Os riscos de investimento são elementos que indicam um grau de incerteza, refletindo-se na probabilidade de você não obter a rentabilidade esperada ou de ter perdas. Assim, eles podem ser mais altos ou baixos, dependendo da alternativa em que você aloca seu capital.

Nesse sentido, é válido saber que a renda variável representa um risco maior do que a renda fixa, por exemplo. Já dentro da renda fixa, os títulos públicos do Tesouro Direto são considerados os mais seguros, visto que eles têm a garantia do Governo Federal.

Também é fundamental compreender a relação existente no mercado financeiro entre risco e rentabilidade. De modo geral, quanto mais arriscado é um investimento, maior é o potencial de retorno.

Pense no caso das ações, que têm o risco mais elevado. Apesar disso, elas podem oferecer ganhos maiores, em especial ao compará-las com a renda fixa. Por outro lado, os títulos com riscos menores apresentam rendimentos limitados.

Quais são os tipos de risco de investimentos?

Para entender melhor os riscos, é preciso saber que existem diversos tipos deles. Cada um apresenta características específicas e influencia a carteira de investimento de maneiras distintas. Por isso, continue a leitura para conferir quais são os riscos mais comuns!

Risco de mercado

Ao pensar no risco de mercado, convém pensar no cenário macroeconômico. Isso se deve ao fato de as oscilações econômicas terem impacto direto no mercado financeiro. Assim, elas afetam todos os tipos de investimentos, em maior ou menor grau.

Na prática, essas ocorrências podem provocar variações de preços de ativos, de taxas e de índices. Nesse contexto, os principais eventos do mercado que podem influenciar os investimentos são:

  • crises econômicas;
  • política monetária;
  • oscilações nas taxas de juros;
  • índice de inflação;
  • variações do câmbio.

Como você pode ver, o risco de mercado pode estar ligado às reações da economia diante de grandes eventos. Por exemplo, a pandemia de covid-19 em 2020 aumentou os riscos de diversos investimentos de renda fixa e variável.

Risco de liquidez

O risco de liquidez se refere à possibilidade de um investimento não ser vendido ou convertido em dinheiro rapidamente. Dessa maneira, ele se relaciona à capacidade do investidor em encontrar compradores dispostos a adquirir o ativo em questão.

É por isso que um investimento com baixa liquidez é aquele considerado mais difícil de vender rapidamente. Isso pode ocorrer, por exemplo, com títulos de dívidas de empresas pouco conhecidas, já que há maior probabilidade de não ter muitos compradores interessados nas aplicações.

O risco de liquidez também se refere ao prazo de carência de uma alternativa. Afinal, durante esse período não é possível movimentar o dinheiro.

Por isso, é importante avaliar o nível de liquidez de um investimento antes de escolhê-lo. Essa questão exige ainda mais atenção se você precisar ter acesso ao dinheiro investido em um curto prazo.

Risco de crédito

O risco de crédito é aquele relativo à perda financeira decorrente da não quitação ou do atraso no pagamento acordado de um título de dívida. Portanto, esse risco está associado à capacidade do emissor do título de honrar suas obrigações financeiras, e ele varia conforme o emissor.

Por exemplo, um título emitido por uma empresa com boa saúde financeira e baixo endividamento pode ter um risco de crédito menor. Já uma aplicação emitida por uma organização com elevado endividamento costuma apresentar maior risco, pois há mais chances de ocorrer a inadimplência.

Qual é a importância de entender o risco de investimento?

Agora que você já sabe quais são os principais tipos de risco de investimentos, é o momento de compreender a relevância desse entendimento. Na prática, compreender o risco de investimento é fundamental para tomar decisões conscientes sobre o mercado financeiro.

Afinal, como você viu, todo investimento envolve um nível de risco, e ignorá-lo pode levar a escolhas equivocadas e perdas financeiras. Já ao compreender as diferentes classificações existentes, fica mais fácil avaliar as questões de segurança referentes a cada investimento.

Consequentemente, você pode escolher as alternativas que se enquadram melhor em seu perfil de risco e objetivos financeiros. Graças a essa avaliação, há como minimizar os riscos e maximizar retornos ao longo do tempo.

Ainda, compreender o risco de um investimento é importante para gerenciar sua carteira. A ideia é monitorar regularmente o desempenho das alternativas, fazendo ajustes no portfólio quando necessário. Assim, fica mais simples manter a resiliência a diversas situações do mercado financeiro.

Como os diferentes tipos de risco impactam a carteira de investimento?

Considerando que cada risco de investimento funciona de uma maneira, é natural que tipos diferentes gerem consequências distintas. Por isso, vale a pena entender quais são os impactos de cada tipo de risco.

Confira!

Risco de mercado

Como se trata de um risco que afeta todo o universo de investimentos, qualquer portfólio sofre influência do risco de mercado. No entanto, a proporção do impacto dele na carteira depende da composição e da intensidade do evento que ocorreu.

Se a carteira for diversificada, com ativos de diferentes classes e setores, o impacto do risco de mercado tende a ser menor. Isso ocorre porque uma eventual perda em um investimento pode ser compensada pelos ganhos de outros, por exemplo.

Por outro lado, se a carteira é concentrada em poucos ativos ou em um único setor, o impacto do risco de mercado pode ser significativo. Nesse caso, uma perda em um único ativo pode afetar o valor total da carteira.

Risco de liquidez

O risco de liquidez pode afetar a carteira de diferentes formas, dependendo da facilidade de resgate ou negociação dos ativos que a compõem. Por exemplo, os investimentos com baixa liquidez podem oferecer retornos mais altos em comparação a oportunidades mais líquidas.

No entanto, se o investidor precisar do dinheiro antes do prazo previsto, pode ter que vendê-lo a um preço abaixo do valor de mercado, resultando em perdas financeiras. No caso de impossibilidade de resgate ou negociação, pode ser necessário vender outros ativos da carteira, possivelmente a preços desfavoráveis.

A baixa liquidez de um investimento também pode limitar a capacidade de diversificação da carteira. Isso ocorre porque o investidor pode ficar com uma parcela significativa de seu capital presa em uma única alternativa, o que pode aumentar o risco geral do portfólio

Ainda, os investimentos com baixa liquidez podem apresentar maior risco de mercado em crise financeira. O motivo para isso é que os investidores podem ter dificuldades para encontrar compradores dispostos a adquirir seus ativos.

Risco de crédito

O principal impacto do risco de crédito é a redução do retorno esperado. Isso ocorre porque, se o emissor de dívida não conseguir cumprir suas obrigações, o investidor pode sofrer perdas financeiras.

Outro ponto para considerar é que esse tipo de risco de investimento pode afetar suas decisões de alocação. Por exemplo, se você estiver preocupado com o risco de crédito em um determinado setor, pode reduzir sua exposição a esse nicho, limitando suas oportunidades de investimento.

Ademais, se a carteira contiver uma quantidade significativa de investimentos com alto risco de crédito, tende a ocorrer um desequilíbrio na diversificação. Consequentemente, há possibilidade de aumentar o risco geral da carteira e de perdas financeiras.

Como esses riscos podem ser mensurados?

Após entender quais impactos os riscos podem causar no portfólio, vale a pena saber como mensurá-los. No caso do risco de mercado, a medição pode ser realizada por meio de indicadores financeiros, como a volatilidade de preços, a dinâmica entre diferentes ativos e o Value at Risk (VaR).

O VaR, por exemplo, mede a perda potencial máxima que uma carteira pode sofrer em um determinado período e nível de confiança. Quanto maior for esse indicador, mais elevado tende a ser o risco.

Já a mensuração do risco de liquidez pode ser feita por indicadores, como a diferença entre o preço de compra e venda de um ativo. Do mesmo modo, o volume de ganhos gerados e o tempo médio de espera para vender o ativo podem mensurar esse risco.

Por fim, a medição do risco de crédito pode ser feita por meio de agências de rating. Essas são empresas que avaliam a qualidade de crédito dos emissores de dívida.

Como o risco de investimento se relaciona com o perfil do investidor?

Tão relevante quanto mensurar o risco de um investimento é ser capaz de identificar a sua tolerância a ele. Para tanto, vale a pena identificar o seu perfil de investidor, o qual indica seu grau de abertura para se arriscar no mercado financeiro.

Ele se divide em três classificações diferentes, de acordo com a sua capacidade de suportar perdas e os seus interesses na busca por retornos financeiros. Veja quais são as categorias existentes!

  • conservador: é o perfil dos investidores que priorizam a segurança e a estabilidade financeira, preferindo investimentos de baixo risco, mesmo com menor potencial de retorno. É comum que os conservadores prefiram as alternativas de renda fixa;
  • moderado: contempla os investidores que buscam equilíbrio entre segurança e retorno, aceitando um pouco mais de risco em troca de uma rentabilidade maior. Esse perfil costuma investir em uma combinação de investimentos de renda fixa e variável;
  • arrojado: refere-se aos investidores com alta tolerância a riscos e dispostos a investir mais em ativos de renda variável, em busca de retornos maiores.

Vale destacar que o perfil do investidor não é fixo, ou seja, ele pode mudar ao longo do tempo. Por exemplo, um investidor arrojado pode se tornar mais conservador à medida que envelhece e se aproxima da aposentadoria.

No sentido oposto, um investidor conservador pode se tornar moderado ou até arrojado, conforme ganha experiência e confiança no mercado financeiro. Logo, convém refazer essa análise periodicamente — inclusive, as instituições devem exigi-la a cada 2 anos.

Quais são os mitos e verdades sobre o risco de investimento?

Ao pensar nos riscos de investimentos, é comum surgirem mitos (e verdades) sobre eles. Para evitar que suas decisões sejam afetadas por crenças que não correspondem à verdade, é importante entender quais são os principais pontos sobre eles.

Confira as questões mais comuns em relação aos riscos de investimentos!

“Investimentos com maior risco sempre geram maiores retornos financeiros”

Embora os investimentos com maior risco costumem ter potencial para gerar maiores retornos financeiros, o ganho não é uma regra. Afinal, investimentos de alto risco também podem gerar grandes perdas. Portanto, é fundamental ter em mente que nenhuma alternativa de renda variável tem garantia de rendimentos.

“Investimentos de baixo risco são sempre seguros”

Investimentos de baixo risco, como títulos públicos e fundos de renda fixa, costumam ser mais seguros, mas ainda existem riscos envolvidos. Por exemplo, o risco de crédito pode afetar a capacidade de o emissor cumprir com suas obrigações — e isso pode gerar perdas.

O resgate antecipado de um título também pode causar prejuízos se o preço de venda for menor que o de compra. Isso se deve a um mecanismo conhecido como marcação a mercado, que também afeta a renda fixa.

“A diversificação elimina o risco de investimento”

A diversificação é uma estratégia relevante para reduzir o risco de investimento, mas não o elimina. Investir em alternativas de diferentes classes de ativos e setores pode reduzir a volatilidade da carteira e proteger contra perdas em um setor específico. Porém, ainda existem riscos envolvidos em cada um desses investimentos e na combinação deles.

“Apenas investidores experientes podem lidar com investimentos de maior risco”

Não é verdade que apenas investidores experientes podem lidar com investimentos de maior risco. Afinal, existem outros fatores relevantes na escolha das alternativas para compor a carteira, como perfil de investidor e objetivos financeiros.

“O risco de investimento pode ser eliminado”

O investidor pode reduzir o risco por meio da diversificação e da escolha de investimentos compatíveis com seu perfil de risco. No entanto, sempre haverá um nível de risco envolvido em qualquer alternativa. Portanto, o risco é uma parte natural do mercado financeiro e não pode ser eliminado.

Qual é o papel da educação financeira no gerenciamento de riscos?

O conhecimento é um elemento essencial para desmistificar os riscos de investimentos. Logo, a educação financeira desempenha um papel fundamental, pois ela ajuda as pessoas a entenderem melhor os riscos envolvidos em suas movimentações no mercado.

Com uma boa educação financeira, é possível aprender a avaliar diferentes tipos de risco, por exemplo. Além disso, você pode entender como diversificar sua carteira e o que fazer para minimizar o impacto de perdas financeiras.

Outro ponto essencial é que a educação financeira o ajuda a entender melhor seu perfil de risco e a tomar decisões financeiras mais compatíveis com ele. Com mais conhecimento sobre o assunto, um investidor conservador entenderá a importância de priorizar investimentos mais seguros, por exemplo.

Em contrapartida, um investidor arrojado estará mais disposto a assumir riscos maiores para obter um retorno financeiro mais significativo. Dessa maneira, a educação financeira colabora para as decisões serem mais adequadas.

Por fim, esse conhecimento pode contribuir para as pessoas entenderem a relevância do planejamento financeiro a longo prazo. Assim, é possível manter uma visão de investimentos em um horizonte mais amplo, mesmo durante períodos de volatilidade do mercado financeiro.

Isso significa que, com a educação financeira, você pode gerenciar melhor seus riscos de investimento, por meio dos seus diferentes mecanismos. Na prática, isso pode favorecer seus resultados no mercado.

Como gerenciar os riscos em uma carteira de investimentos?

Considerando que não é possível eliminar os riscos dos investimentos, é necessário compreender como lidar com eles. Assim, você poderá tomar decisões compatíveis com o seu apetite ao risco e que o ajudem a alcançar seus objetivos.

Na sequência, veja dicas para gerenciar os riscos em uma carteira!

Faça a diversificação de investimentos

Como você aprendeu, a diversificação de investimentos consiste em se expor a diferentes níveis de riscos. Para isso, é necessário alocar os recursos em ativos de mercados, setores e prazos diferentes.

Nesse sentido, também vale a pena diversificar entre as duas classes de investimentos. Com essa medida, diante de um evento que leve à queda da bolsa de valores, por exemplo, parte de seu patrimônio pode estar segura na renda fixa.

Investir em ativos com diferentes prazos de vencimento também pode ajudar a diversificar os riscos de liquidez e de mercado. Quanto maior for o tempo de resgate, maior será o risco de mercado, já que o título fica exposto às oscilações de retorno devido a mudanças nas taxas de juros ou outros índices.

Entenda seu perfil de investidor

Outro aspecto relevante que você descobriu envolve conhecer o perfil de investidor. Para encontrar o seu é necessário passar por uma análise das características pessoais, como idade, renda, patrimônio, objetivos, horizonte temporal e comportamento diante dos riscos.

Para identificá-lo é preciso fazer o chamado teste de suitability, o qual é composto por diversas perguntas. A partir das respostas, você conhecerá o seu nível de tolerância aos riscos e saberá em qual classificação se encaixa.

Defina os objetivos financeiros

Os objetivos financeiros são as metas que você deseja alcançar com o investimento. Ao defini-los será mais fácil determinar as características das oportunidades mais alinhadas e o nível de risco que você está disposto a correr para alcançar os resultados.

Por exemplo, um investidor com objetivo de curto prazo pode ter uma tolerância ao risco menor do que aquele com foco no longo prazo. Afinal, um horizonte maior tende a diluir os riscos por reduzir os impactos da volatilidade.

Faça uma análise fundamentalista

A análise fundamentalista é uma abordagem usada para avaliar a saúde financeira de uma empresa ou fundo de investimentos. O objetivo é avaliar o valor intrínseco de um negócio, por exemplo, examinando seus fundamentos financeiros, como:

  • receita;
  • lucro;
  • fluxo de caixa;
  • endividamento;
  • crescimento;
  • perspectivas futuras.

Dessa maneira, o objetivo é determinar se a ação de uma empresa está subvalorizada ou superavaliada, considerando os preços dos ativos em relação ao seu valor intrínseco. Isso permite identificar papéis de boas companhias que sejam vendidos por um preço menor do que valem, por exemplo.

Também é possível escolher empresas com uma situação financeira sólida e um histórico de desempenho consistente. Embora não haja garantias, essa pode ser uma forma de minimizar o risco de investimento.

Monitore o desempenho do portfólio

É recomendado monitorar o desempenho da sua carteira de investimentos, avaliando os riscos envolvidos em cada investimento e fazendo os ajustes necessários. Isso é útil porque o mercado financeiro está sujeito a mudanças, e uma empresa ou setor que parecia promissor no passado pode encarar dificuldades, por exemplo.

As mudanças na carteira também servem para adequar a configuração dela ao seu perfil, que pode mudar com o tempo. Dessa maneira, você consegue manter os investimentos relevantes para o seu momento de vida.

Faça o rebalanceamento de carteira

Além de monitorar o desempenho, é interessante fazer o rebalanceamento de carteira de maneira periódica. Esse é o processo em que ocorre o ajuste na composição do portfólio para mantê-lo alinhado aos seus objetivos e tolerância ao risco.

A proposta é manter a alocação de ativos originalmente projetados para reduzir o risco e explorar o potencial de retorno. Isso também serve para limitar a exposição da carteira a um determinado ativo, classe, mercado, entre outros critérios.

Adotar essa medida ajudará a minimizar o impacto de uma eventual perda, já que ela evita a concentração de recursos.

Como você viu, o risco de investimento é um fator que precisa ser avaliado para fazer escolhas conscientes e compor um portfólio mais diversificado. Ao entender como cada tipo funciona e como lidar com eles, você pode obter um equilíbrio na carteira, favorecendo seus resultados.

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