A diversificação é uma das principais estratégias para quem quer obter lucro e diminuir o máximo de perda possível ao investir. Os fundos de investimento oferecem essa oportunidade e de forma simples e acessível para a pessoa física. 

Esse tipo de aplicação funciona como um condomínio de apartamentos. Cada morador é dono de uma ou mais unidades e tem direitos de propriedade também sobre as áreas comuns.

Nos fundos, cada investidor é dono de uma parte desse patrimônio e é remunerado de acordo com a fração que comprou. Isto é, se cada cota tiver, em determinado momento, o valor de R$ 10, um investidor que aplicar R$ 1000 se torna dono de cem cotas.

O objetivo dos fundos com essa captação é aplicar esse recurso no mercado financeiro ou de capitais, investir em bens e participações de empresas.

Contudo, como em um condomínio de apartamentos que possui custos de manutenção, os fundos de investimentos também possuem esses encargos, que são as taxas.

Confira a seguir como funciona cada uma delas para saber se vale a pena ou não investir em um fundo de investimento. 

Taxa de administração

Uma das vantagens dos fundos de investimento é o fato de a gestão ser feita por um terceiro. O gestor profissional decide para onde irá direcionar o recurso do fundo e a parcela do patrimônio destinada a cada ativo, sempre de acordo com uma estratégia de aportes muito bem definida.  

Ao mesmo tempo, existe a administradora, que é a instituição responsável pelos aspectos operacionais do fundo, como o cálculo do valor da cota e das despesas, a prestação de contas aos cotistas e às autoridades reguladoras, os aportes e resgates e o atendimento aos cotistas.

Contudo, todo esse trabalho gera um custo, que é a taxa de administração, uma forma de remunerar o gestor e a administração para o funcionamento do fundo.

Não há um valor fixo estabelecido para esse custo. Cada instituição que cuidará do seu dinheiro estabelece quanto essa taxa custará. Por isso, aqui vai uma dica: pesquise bem qual fundo e os valores antes de fechar o negócio, já que o percentual de cobrança é proporcional ao nível de complexidade da estratégia.

Fundos de renda fixa, por serem mais conservadores, ou seja, menos riscos, as taxas devem ser mais baratas. Em renda variável, a depender do tipo de investimento e com possibilidade de riscos maiores, o custo é maior.

De maneira geral, fundos de renda fixa não devem ter uma taxa de administração superior a 1% ao ano para ainda valerem a pena frente a outras aplicações conservadoras. Esse percentual, inclusive, é um bom patamar para usar como referência ao decidir qual instituição escolher para direcionar seu investimento. 

Ao fechar o negócio, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – instituição responsável por fiscalizar e disciplinar o mercado de valores mobiliários, como as ações – alerta que o administrador não pode aumentar sem prévia aprovação da assembleia geral, mas pode reduzir esse custo, unilateralmente. Mesmo assim, precisa comunicar a mudança à CVM e aos cotistas.

Taxa de performance

É outra taxa bastante comum e que precisa ser entendida. Trata-se de um custo cobrado quando o resultado do fundo supera um certo patamar previamente estabelecido. Fundos de investimento geralmente usam um indicador como referência, que mostra se estão acima ou abaixo da média de mercado.

Quando a rentabilidade excede esse patamar de referência, conhecido como benchmark, pode haver a incidência da taxa de performance. Em geral, é uma cobrança em fundos que investem em ativos de maior risco, como os fundos de ações e os multimercados

É como se fosse uma remuneração, um prêmio pela boa administração do seu recurso. Esse custo existe como um incentivo para os gestores buscarem melhores resultados. O percentual costuma ser de 20% da rentabilidade que excede o benchmark.

De acordo com a CVM, não são todos os fundos que podem cobrar essa taxa, por isso é importante ficar atento ao regulamento da contratação. E “não pode haver a cobrança de taxa de performance se o valor da cota do fundo for inferior ao seu valor por ocasião da última cobrança efetuada”, alerta a o órgão.

Taxa de entrada e de saída

São menos comuns no mercado brasileiro. Esse custo ocorre em fundos que visam estimular as aplicações em longo prazo. Isto é, esse fundo faz aportes em negócios que demoram para ter um retorno.

A taxa de entrada leva esse nome porque a cobrança ocorre quando o recurso é direcionado ao fundo. A segunda é cobrada quando há resgate antes do prazo de carência previamente acordado. Portanto, ambas as taxas incidem uma só vez.

Outros custos dos fundos de investimento

É importante saber que há outros custos possíveis envolvidos nas aplicações em fundos: Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto de Renda (IR) e come-cotas, que é como uma antecipação da dívida com a Receita Federal. Isto porque, em vez do IR ser cobrado no resgate, o tributo é pago em forma de cotas, a cada seis meses.

Vale a pena investir em fundos?

Com todos esses custos a serem observados, sua dúvida pode ser se ainda vale a pena direcionar seu dinheiro para esse tipo de aplicação. A resposta é sim, a depender de seu objetivo e estratégia; ou seja, quanto quer ganhar em um determinado período. 

A grande vantagem dos fundos é poder contar com uma gestão profissional. Por isso, pesquisar a taxa de administração é tão importante, mas você só tem o trabalho de escolher o melhor investimento e quanto irá direcionar.  

Há menos burocracia, pois quem cuida do recolhimento do IR, por exemplo, são as empresas ligadas ao fundo. É um investimento prático, pois é possível investir em vários ativos no mercado sem precisar ter conta em várias instituições. Também há facilidade para acompanhar o investimento, uma vez que sempre se pode contar com relatórios enviados pelos gestores. 

Outra vantagem importante:  não é preciso muito dinheiro para investir e, como mecanismo de diversificação, dilui o risco de perdas, como dita a máxima do mercado de “não colocar todos os ovos na mesma cesta”.

Ficou interessado em saber mais sobre os fundos? Confira nosso artigo para conhecer os principais tipos de fundos de investimentos do mercado

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