Um grande momento na vida de uma pessoa é quando ela decide assumir o controle das próprias finanças e se tornar um investidor. Depois disso, o próximo passo costuma ser buscar uma corretora de valores que possa ajudá-la a iniciar a composição da sua carteira de investimentos.

Porém, pode acontecer de esse investidor iniciante se decepcionar com a instituição. Nesse caso, será preciso liquidar seus investimentos para poder contar com o apoio de um novo suporte? Na verdade, há uma solução: portabilidade entre corretoras.

Quer saber como funciona? Então continue a leitura! Neste artigo, você entenderá o que é portabilidade entre corretoras e conhecerá o procedimento necessário para migrar seus investimentos de uma instituição para outra.

Além disso, você também aprenderá dicas de como selecionar a corretora ideal para suas necessidades. Confira!

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O que é portabilidade entre corretoras?

Muitos investidores não sabem, mas é possível trocar de corretora sem ter que passar pela inconveniência de liquidar todos os seus investimentos apenas para recomprá-los novamente depois.

A portabilidade entre corretoras de valores é um meio pelo qual um investidor pode solicitar a transferência de custódia de seus veículos de investimento de uma instituição para outra.

Embora o processo possa ser um pouco burocrático em alguns casos, essa é uma alternativa que pode valer a pena. Afinal, você consegue aproveitar os benefícios de ser cliente de outra instituição sem que isso afete seu capital já investido.

A seguir, entenda como funciona a migração de valores mobiliários e de que maneira você deve proceder para dar início a esse processo!

Como funciona a portabilidade entre corretoras?

Quando alguém faz investimentos no mercado de capitais, o que invariavelmente acontece é a aquisição de um documento que comprova a propriedade do investidor sobre o que foi adquirido.

Tais investimentos podem ser:

  • Ações (direito de propriedade sobre determinada fração de uma empresa);
  • Títulos Públicos (como os títulos do Tesouro, de financiamento da dívida pública);
  • Fundos de Investimento (cotas de participação em um patrimônio coletivo) etc.

No entanto, esses documentos ficam sob custódia de uma instituição credenciada a mediar investimentos em suas plataformas e emitir ordens de compra e venda na bolsa de valores em nome de seus clientes. É essa a atividade de uma corretora.

Assim, quando um investidor deseja trocar de instituição, é necessário realizar a portabilidade da custódia de seus investimentos. Tudo acontece dentro de plataformas informatizadas que asseguram a ordem do sistema de valores mobiliários.

Para que essa migração ocorra, o investidor deve iniciar o processo de transferência de custódia dos papéis. Então, após realizar os procedimentos necessários, dentro de poucos dias é possível acessar sua carteira pela plataforma da nova instituição, conforme você verá mais adiante neste artigo.

Por que fazer a portabilidade dos seus veículos de investimento?

É possível, por uma série de razões, que um investidor se sinta insatisfeito com a corretora de valores a partir da qual começou a construir sua carteira de investimentos. Assim, existem diversos motivos que levam ao desejo de utilizar outra instituição.

Mas, como você viu, pode ser muito desagradável ter que liquidar todo seu capital investido apenas para trocar de corretora. Em especial se a carteira constituir um patrimônio considerável e com grande diversificação.

Em muitos casos essa alternativa é até inviável ou pode configurar custos significativos e mesmo prejuízo financeiro. Afinal, sobre as transações incidem taxas e impostos que reduzem a rentabilidade dos investimentos.

Por isso, a portabilidade entre corretoras é uma solução efetiva para o problema, com custo inexpressivo — quando não inexistente. A seguir, você verá alguns dos motivos que levam os investidores a migrarem seus investimentos para outra corretora de valores.

Confira!

1. Custo com taxas

O avanço da tecnologia e a expansão do mercado financeiro trouxe benefícios para todo o sistema. Com o progresso digital, passou a ser comum as corretoras isentarem seus clientes de custos, como taxa de custódia e corretagem.

Contudo, isso não é uma regra. Há corretoras que ainda mantêm uma postura menos flexível, buscando compensar a competitividade do setor de outras formas. Para algumas pessoas, entretanto, isso não é suficiente.

Por isso, o desejo de reduzir os custos dos investimentos é o que, muitas vezes, leva investidores —especialmente aqueles que possuem pequeno capital — a buscarem a portabilidade de sua carteira entre corretoras.

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2. Alternativas de investimento

A necessidade de novas alternativas de investimento também pode ser uma razão para o investidor solicitar a transferência da custódia de seus títulos. Embora nada impeça que se trabalhe com mais de uma entidade ao mesmo tempo, é mais confortável ter apenas uma.

Assim, é possível acompanhar o desempenho de seus investimentos em uma única plataforma. Logo, quando uma corretora, além de oferecer tudo o que a antiga instituição oferece, tem um leque maior de opções de investimento, realizar a migração da sua carteira pode ser vantajoso.

3. Atendimento personalizado

Receber um atendimento especial, cuidadoso e personalizado é também uma razão possível para que investidores queiram se tornar clientes de outra instituição.

Afinal, um suporte qualificado pode ser decisivo não apenas para satisfação do investidor, mas também para o crescimento de seu patrimônio. E isso é possível quando ele pode contar com uma equipe que esteja pronta para auxiliá-lo nas decisões mais adequadas às suas necessidades.

4. Insatisfação com a instituição

Por falar na importância da satisfação, uma situação que tenha ferido a relação do investidor com a corretora também pode ser motivo para levá-lo a querer migrar seus investimentos para outra instituição. E isso não se limita apenas a casos de conflitos pontuais.

Afinal, pode acontecer de uma expectativa de atendimento ou suporte não corresponder ao que a corretora em questão é capaz de oferecer. Portanto, também é justo considerar as limitações das empresas e selecionar uma alternativa entre aquelas que estejam à altura de suas exigências.

Quais investimentos podem ser portabilizados?

Salvo exceções, as principais modalidades de investimento podem ser portabilizadas a partir da solicitação do investidor.  O processo para transferência de custódia pode variar dependendo do tipo de investimento, mas isso não impede que você transfira sua carteira para outra instituição.

É possível transferir de uma corretora para outra a custódia de:

  • Ações;
  • Títulos de Tesouro;
  • CDBs (certificados de depósito interbancário);
  • LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio);
  • CRIs e CRAs (certificado de recebíveis imobiliários e do agronegócio);
  • Debêntures;
  • Cotas de fundos de investimento, entre outros.

A exceção são aqueles veículos de investimentos e títulos que não fazem parte do catálogo de opções da corretora para qual o investidor deseja transferir sua carteira. Isso acontece principalmente no caso de investimentos exclusivos de certas instituições, como certos fundos e produtos de renda fixa.

Mesmo assim, há condições específicas que devem ser analisadas junto às instituições. E os contratos desses investimentos podem eliminar as dúvidas mais importantes.

Como escolher uma corretora antes de migrar seus investimentos?

Depois de descobrir que é possível transferir seus investimentos de uma corretora para outra com custo mínimo, é importante selecionar com atenção a nova instituição. Dessa forma, você evita surpresas e garante que não tenha que passar por esse processo uma segunda vez.

Sendo assim, confira na sequência dicas que podem ajudar você a encontrar uma corretora de valores que atenda suas necessidades e ofereça a qualidade que desejada!

a) Calcule as taxas

Ainda que você esteja buscando um equilíbrio entre os atributos de uma instituição e não se importe em arcar com custos, é fundamental conhecer todas as taxas. Afinal, elas podem limitar seus rendimentos e devem corresponder com os serviços e diferenciais apresentados.

Como você viu, essa é uma das principais razões que levam investidores a solicitarem a portabilidade de suas carteiras. Portanto, antes de tomar uma decisão, vale a pena conhecer e simular os custos da corretora sobre seu capital investido.

As taxas mais comuns são de custódia e corretagem. Grande parte das instituições isenta seus clientes desses valores. Logo, havendo taxas, convém comparar oportunidades para descobrir de que maneira esse custo é compensado.

b) Conheça os serviços

Também é importante analisar com atenção os produtos e serviços oferecidos pela corretora. Além de um leque maior de alternativas de investimentos, verifique se na instituição você pode contar com:

  • acompanhamento técnico;
  • cursos de educação financeira;
  • assessoria de investimentos;
  • radar de oportunidades etc.

Lembre-se de que, uma vez que seus veículos de investimento estiverem sob a custódia de uma corretora, é com ela que você deverá contar para grande parte das suas necessidades.

Portanto, quanto mais amparado pela instituição você se sentir em relação a diversos temas melhor. Sendo assim, não deixe de avaliar cuidadosamente as corretoras que oferecem mais do que apenas condições especiais de investimento.

c) Procure referências

Depois de analisar com cuidado as ofertas e condições da corretora de que você considera tornar-se cliente, busque referências. Procure saber de alguém que tenha tido experiências com a instituição quais são suas impressões e o que ela diria dos prós e contras da empresa.

Esse é um meio de antecipar situações que podem ocorrer em qualquer corretora. Desse modo, além de se manter preparado, você ainda se vale de outros parâmetros para julgar as alternativas.

Como fazer a portabilidade entre corretoras?

Agora que você já sabe por que fazer a portabilidade entre corretoras e como escolher uma nova instituição por meio da qual fazer suas operações, é hora de aprender como dar início ao processo de transferência dos investimentos.

A seguir, confira um passo a passo para realizar a migração da custódia de seus investimentos!

1º Passo – Abra uma conta na nova corretora

O primeiro passo para trocar de corretora é escolher a instituição que você acredita ser mais apropriada para suas necessidades. Então é preciso abrir sua conta para ter acesso a todos os benefícios de ser cliente da nova instituição.

Nesse primeiro momento você já pode, por exemplo, dar sequência aos seus planos de investimento e aproveitar as vantagens oferecidas pela corretora, como isenção de taxas, acompanhamento especializado, cursos exclusivos e o que mais existir à sua disposição.

Quando efetivamente a portabilidade dos seus investimentos tiver sido concluída, todos os seus investimentos estarão acessíveis em uma única plataforma.

2º Passo – Solicite o formulário de transferência de valores mobiliários

O passo seguinte corresponde ao início do procedimento jurídico para transferência da sua carteira. Para isso, você deve conhecer as regras para migração de valores mobiliários e solicitar à sua corretora atual (cedente) as orientações de como realizar o processo.

Você então receberá os formulários que deverão ser preenchidos e encaminhados à cedente. Com isso, ela pode finalizar a tramitação de transferência dos seus investimentos à corretora de destino (cessionária).

Para a Portabilidade da Previdência Privada, é um pouco diferente. Nesse caso, você deverá solicitar orientação junto à nova corretora para saber como transferir seus investimentos entre instituições.

Via de regra, não é possível alterar o modelo contratado. Ou seja, se você assinou um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), não pode mudar para o modelo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Porém, caso tenha escolhido o regime de tributação progressiva do Imposto de Renda sobre os ganhos em Previdência Privada, ainda é possível alterá-lo para o regime regressivo durante a portabilidade.

3º Passo – Envie os documentos exigidos para portabilidade de investimentos

Finalmente, após preencher os formulários e anexar os documentos exigidos para a finalização do processo, você deve enviar tudo à cedente e aguardar. Esse é o único momento em que pode ser preciso arcar com um custo: o de reconhecimento de firma em cartório.

Após essa etapa, a cedente terá um prazo para realizar a transferência de custódia dos seus investimentos. Todo o processo costuma durar entre 2 a 9 dias. Atrasos podem acarretar penalizações à instituição, de acordo com as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Existem, entretanto, situações excepcionais que podem tornar o processo mais ou menos burocrático. Assim, o ideal é pedir esclarecimentos às corretoras sobre todos os detalhes envolvendo cada uma das modalidades de investimento que você deseja transferir.

Então, concluídas as etapas, seus investimentos poderão ser acessados pela plataforma da nova corretora. Ela passa a ser a responsável por mediar seus investimentos na plataforma própria ou as operações de compra e venda na bolsa de valores, por exemplo.

Como transferir investimentos entre pessoas?

Existem duas principais formas de transferir ações para outra pessoa: por doação ou por herança.

Transferência por doaçãoTransferência por herança
Na transferência por doação, é necessário preencher um formulário de doação com informações sobre o doador e o destinatário das ações. Já na transferência por herança, os herdeiros devem entrar em contato com a empresa de registro de ações e fornecer prova da morte do proprietário das ações, juntamente com a documentação legal.

Os documentos necessários para a transferência incluem:

  • instrumento particular de doação,
  • formulário de doação assinado por ambas as partes,
  • carta escrita à mão explicando o motivo da transferência,
  • guia de recolhimento do imposto devido (ITCMD) e escritura pública de doação.

É importante ressaltar que os documentos podem variar de corretora para corretora, portanto, é essencial entrar em contato para obter informações precisas. Consulte sua corretora ou banco para obter orientações específicas sobre os procedimentos e documentos necessários para a transferência de ações.

Neste artigo você descobriu que é possível realizar a portabilidade da custódia dos seus investimentos e como fazer isso. Sendo assim, não deixe de considerar nossas dicas na hora de selecionar uma instituição para acompanhar você em sua jornada de investimentos.

Quer agora conhecer uma corretora com todos os benefícios que você aprendeu neste conteúdo? Então vem ser Genial e comece a investir!

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