No mercado financeiro existem diversas possibilidades que permitem construir, ampliar e proteger o patrimônio. Entre essas alternativas estão os investimentos relacionados às matérias básicas, como soja, milho e petróleo.

Mas você sabe como investir em commodities? As alternativas atreladas a esses insumos podem ser interessantes para quem quer diversificar a carteira. Contudo, é preciso analisar diversos fatores antes de incluir esses investimentos na sua carteira.

Quer entender o que são essas questões e como aproveitar as oportunidades que envolvem as commodities? Continue a leitura e confira este post!

O que são commodities e quais são os principais tipos?

Commodities é um termo da língua inglesa que corresponde a mercadorias em português. Dessa maneira, elas representam os materiais básicos de consumo mundial que servem como insumo para a produção de outros produtos.

Além dessas características, as commodities apresentam outras particularidades que ajudam a reconhecê-las, como:

  • podem ser armazenadas por muito tempo sem perder a qualidade;
  • possuem pouca ou nenhuma industrialização;
  • atendem a um padrão global;
  • não apresentam diferenças em relação à marca.

Para entender melhor o que são as commodities, é interessante conhecer as principais categorias dessas matérias, que são divididas conforme a sua origem.

A seguir, entenda as classificações das commodities!

Agrícolas

Nessa categoria estão as matérias oriundas do agronegócio. Portanto, muitas delas são utilizadas na alimentação da população mundial, como:

  • açúcar;
  • milho;
  • soja;
  • café;
  • trigo;
  • suco de laranja;
  • boi gordo (carnes bovinas).

Além disso, existem commodities que suprem necessidades de outros mercados, como é o caso do algodão para as indústrias têxtil e farmacêutica.

Ambientais

As commodities ambientais são recursos naturais renováveis, como a madeira e a celulose. A primeira pode ser usada na construção civil, fabricação de móveis e energia. Já a segunda é extraída principalmente de árvores e é a matéria-prima utilizada na produção de papel.

Minerais

Grande parte das commodities minerais são utilizadas na produção de energia, como o petróleo, o etanol e o gás natural. Já outros podem ser usados para demais fins, como é o caso do minério de ferro, que é a matéria-prima para a fabricação do aço.

Outra commodity importante mundialmente que entra nessa classificação é o ouro, que serve não somente para a produção de joias e moedas. Ele também é utilizado para fabricar catalisadores, pigmentos, dispositivos eletrônicos etc.

Financeiras

Essas commodities são as únicas que apresentam diferenças bem interessantes em relação às demais. Elas não são matérias físicas, mas sim ativos financeiros básicos. Entre elas estão as moedas, como o real e o dólar, os índices de mercado e os títulos públicos.

Como as commodities funcionam?

Você aprendeu o conceito de commodities e seus principais tipos. Agora, vale a pena entender como elas funcionam no mercado financeiro. Essas matérias são consumidas em larga escala e seus preços estão ligados a diversos fatores que, em geral, independem da interferência humana.

Por essa razão, a lei da oferta e demanda atua nas commodities, fazendo com que a cotação delas possa variar intensamente. Por exemplo, considere que no Brasil, que é um dos maiores exportadores de soja do mundo, houve uma seca que reduziu a colheita do produto.

Essa commodity é utilizada não somente na alimentação humana, mas também animal e nas indústrias farmacêutica, de tintas e de plástico, por exemplo. Desse modo, a baixa oferta e a alta demanda podem elevar o seu preço.

Por esse motivo, as commodities são usadas como alternativas para os objetivos de proteção, diversificação e especulação no mercado financeiro. No mercado futuro, por exemplo, um fabricante de óleo de soja pode se proteger de um possível aumento de preço ao negociar a cotação da commodity nesse ambiente.

Isso porque, nesse caso, a cotação da mercadoria é travada para uma data futura. Dessa forma, independentemente do preço do momento da liquidação, o comprador e o vendedor realizam a operação quantia acordada no contrato.

As commodities também servem como diversificação da carteira de investimentos, já que você pode se expor a riscos e mercados diferentes de outras alternativas mais comuns. Ademais, elas podem ser usadas na especulação, devido à oscilação de preços que pode gerar oportunidades de ganhos.

Quais são as principais commodities brasileiras?

Sabendo mais sobre as commodities, é possível que você tenha curiosidade em compreender quais são os principais produtos básicos produzidos e exportados pelo Brasil, não é mesmo? Considerando que o agronegócio é muito forte no país, a maioria das matérias brasileiras advém desse setor, como:

  • soja;
  • milho;
  • carne bovina;
  • café;
  • açúcar.

Além dessas commodities, o Brasil negocia grandes volumes de petróleo, celulose, ouro, etanol e minério de ferro.

Qual é a importância das commodities no mercado brasileiro?  

Após conhecer as principais commodities brasileiras, é interessante compreender a importância delas para o mercado nacional. Afinal, o país é um dos maiores produtores e exportadores de matérias básicas do mundo.

Como você viu, o setor de agronegócio é relevante no país, correspondendo a quase 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022. O desempenho é resultado da grande produção de soja, milho, café, carne bovina e outras commodities.

Outro ponto importante é que a exportação desses produtos contribui significativamente para a balança comercial brasileira. Isso porque o país tem um grande superávit comercial na venda de commodities, o que significa que o valor de exportação é maior do que o de importação.

Ainda, a maior produção de outras commodities, como minério de ferro, madeira e etanol, ajudam a fomentar o crescimento do país. Esses insumos são aplicados na construção civil e outros setores que geram desenvolvimento para a nação.

Dessa forma, as commodities têm influência na geração de riquezas no Brasil, além de gerarem empregos e renda para os produtores e trabalhadores envolvidos em sua produção e exportação.

Quais são as principais maneiras de investir em commodities?

Sabendo a importância das commodities para o mercado brasileiro, há chance de você se interessar em aproveitar as oportunidades que envolvem as matérias básicas. Afinal, por meio dos investimentos, é possível se expor aos setores sem precisar comprar sacas de café ou barras de ouro literalmente, não é mesmo?

A seguir, conheça as principais alternativas que permitem a você diversificar e proteger a sua carteira de investimentos ou, até mesmo, a especular!

Ações de empresas vinculadas às commodities

Uma das maneiras mais comuns de investir em commodities é via ações de empresas que atuam nesse ramo, como aquelas ligadas ao agronegócio. Como um papel é a menor parte do capital social de uma companhia listada na bolsa de valores, ao adquiri-lo, você se torna sócio dela.

Então se você investe em uma empresa produtora de soja, por exemplo, você expõe a sua carteira aos resultados desse negócio.

Por exemplo, suponha que a produtora de soja tenha uma safra recorde e demanda para a sua produção. Desse modo, com o seu alto faturamento e lucratividade, a tendência é que a companhia passe por uma valorização.

Consequentemente, pode haver maior procura pelas ações dela, o que tende a elevar a cotação dos papéis. Dessa maneira, o investidor pode vender os seus ativos por um preço maior do que pagou, apurando o lucro.

A companhia ainda pode realizar a distribuição de proventos, que são benefícios ofertados ao investidor. Um deles são os dividendos, que corresponde à distribuição de parte dos lucros aos acionistas, quando houver.

Dessa forma, o investidor pode obter o que é chamado de renda passiva, que é um ganho gerado independentemente do seu esforço de trabalho. No entanto, é relevante destacar que o investimento em ações não é garantia de ganhos e pode, inclusive, gerar perdas.

Fundos de commodities

Para saber o que é um fundo de commodities, é fundamental ter em mente o que é um fundo de investimentos. Trata-se de um veículo financeiro composto pelo capital de diversos investidores com o objetivo de investir em determinado mercado.

Assim, um fundo funciona como um condomínio de investimentos que conta com um gestor profissional para manejar o seu portfólio. Existem diversos tipos de fundos de investimentos, que se diferenciam conforme o seu foco ou estratégia.

Os fundos imobiliários, por exemplo, investem em alternativas do setor de imóveis. Já um fundo de ações tem sua carteira composta majoritariamente por papéis de empresas listadas na bolsa.

No caso dos fundos de commodities, o seu alvo de investimento são alternativas atreladas a esses produtos. Desse modo, encaixam-se:

  • fundos de ouro;
  • fundos de ações de empresas ligadas às commodities;
  • fundos multimercados;
  • fundos cambiais.

No caso dos fundos atrelados às commodities, o modo mais comum de lucrar é vendendo as cotas por um preço maior do que pagou. Comumente, esses veículos reinvestem os ganhos — como dividendos —, o que colabora com a valorização das cotas.

ETFs temáticos

Os exchange traded funds (ETFs), ou fundos de índice, são um tipo de fundo de investimento. Portanto, o seu funcionamento é parecido com o anterior. Contudo, a sua estratégia de investimentos consiste em replicar a carteira teórica de um índice de referência do mercado.

Sendo assim, o gestor investe o capital do fundo nas mesmas alternativas e em proporções semelhantes ao portfólio do indicador. Dessa maneira, o objetivo de um ETF é obter o mesmo desempenho do índice.

No mercado financeiro, é possível encontrar ETFs que espelham índices que acompanham o desempenho de diversas alternativas, como aquelas atreladas às commodities. Há a possibilidade de investir em:

  • ETFs de ações de empresas relacionadas às commodities;
  • ETFs de ouro;
  • ETFs de moedas.

Ademais, os ETFs permitem expor a sua carteira a investimentos internacionais negociando pela bolsa de valores brasileira (B3). Isso porque existem fundos que replicam índices de outros países. Logo, você pode diversificar a sua carteira sem precisar lidar com a burocracia de investir em outro país.

BDRs

Outra opção que permite investir em alternativas estrangeiras via B3 são os brazilian depositary receipts (BDRs), ou certificados de depósito de valores mobiliários. Eles são recibos emitidos no Brasil, mas lastreados em ativos internacionais, como ações, títulos públicos, ETFs e outros.

Os BDRs funcionam da seguinte maneira: uma instituição depositária adquire investimentos em outros países e os mantém sob custódia. Depois, ela emite certificados lastreados nesses investimentos internacionais e os vende na bolsa de valores brasileira.

Então, ao comprar um BDR, o investidor se expõe ao ativo estrangeiro, podendo obter os eventuais lucros conforme a alternativa internacional na qual o certificado é lastreado. Para investir em commodities por meio desse certificado, basta comprar o recibo vinculado às matérias básicas.

Mercado futuro

Além das alternativas que podem ser negociadas no mercado à vista, como as que você conferiu, existem os derivativos negociados no mercado futuro. Esse é um dos ambientes da bolsa de valores, no qual são operados os contratos futuros.

Esses derivativos financeiros permitem se posicionar a favor ou contra o desempenho de um ativo, que pode ser um índice, uma ação ou uma commodity, em uma data futura.

Dessa maneira, você pode assumir uma opção comprada, caso acredite que haverá o aumento no preço da commodity, ou vendida, se entender que a cotação cairá. Com isso, de modo geral, o mercado futuro possibilita a proteção em relação às oscilações de preços das commodities.

Já quem tem maior apetite aos riscos pode aproveitar esse instrumento para realizar a especulação financeira. Essa operação se caracteriza pela tentativa de obter lucros a partir das negociações de ativos ou derivativos em curtíssimo prazo, aproveitando a flutuação dos preços no mercado.

Quais são as vantagens e riscos de investir em commodities?

Se você se interessou pelas alternativas que podem expor a sua carteira às commodities, é fundamental entender as vantagens e os riscos antes de investir. Dessa forma, é possível fazer uma análise mais aprofundada, o que resulta em maiores chances de tomar decisões acertadas.

Na sequência, confira as vantagens e os riscos de investir em commodities!

Vantagens

O principal benefício de investir em commodities é a diversificação da carteira, que é uma estratégia que consiste em se expor a alternativas com riscos diferentes. Isso significa investir em ativos de diversos tipos, setores e, até mesmo, classes.

Dessa maneira, é possível minimizar os riscos, já que os possíveis ganhos podem equilibrar as eventuais perdas ao longo do tempo. Além disso, ao diversificar a carteira, você pode otimizar o seu potencial de rendimentos.

Outro ponto importante é que os investimentos atrelados a commodities internacionais, como aqueles que podem ser encontrados em ETFs e BDRs, ajudam a internacionalizar a sua carteira. Isso significa que você pode aproveitar as oportunidades do mercado externo e proteger o seu patrimônio de crises internas.

Mais uma vantagem das commodities é a proteção contra a inflação. Ela consiste no aumento generalizado dos preços dos produtos e serviços mais consumidos, especialmente os básicos.

Dessa forma, quando a inflação está elevada, há probabilidade do preço das commodities também estar em alta. Consequentemente, se você tem investimentos atrelados a essas matérias, há chances de obter rendimentos acima da inflação e proteger o seu patrimônio.

Riscos

Em contrapartida, os riscos das commodities também são relevantes. Por isso, todo investidor deve estar consciente deles antes de investir. Nesse contexto, o principal risco dos investimentos de renda variável atrelados aos materiais básicos é o de mercado, que é aquele ligado à lei da oferta e da procura.

Desse modo, a sua carteira ficará exposta às oscilações da economia. Contudo, vale destacar que investir com foco em um horizonte de tempo mais longo tende a mitigar esse risco.

Em relação aos contratos futuros, vale destacar que eles costumam demandar um conhecimento maior do investidor, além de um perfil com alto apetite aos riscos. Afinal, assim como eles podem representar oportunidades de ganhos mais expressivos, as perdas também podem ser significativas.

O que o investidor deve ter em mente ao investir em commodities?

Além de saber as oportunidades e os riscos de investir em commodities, é necessário analisar uma série de fatores relacionados ao investimento. Desse modo, você terá maior facilidade para identificar se essa alternativa está alinhada à sua estratégia.

Saiba o que você deve considerar antes de investir em commodities!

Perfil de investidor

O primeiro ponto a considerar antes de realizar qualquer investimento é o seu perfil de investidor. Ele mensura a sua tolerância aos riscos, ajudando a evitar investimentos nos quais você não está preparado para assumir os eventuais resultados negativos, por exemplo.

O perfil de investidor é obtido por meio de um questionário sobre o seu conhecimento em relação ao mercado financeiro, patrimônio, expectativas, objetivos e inteligência emocional. O teste pode ser realizado na sua própria corretora de valores.

Ao realizar a avaliação, você pode obter um dos três seguintes resultados:

  • conservador: prioriza a segurança, mesmo que o retorno da carteira seja limitado;
  • moderado: também busca certa segurança, mas consegue realizar investimentos mais arriscados a fim de elevar o potencial de ganhos;
  • arrojado: mantém parte do seu patrimônio em segurança, mas tem maior apetite aos riscos com objetivo de obter rendimentos mais expressivos.

Como é possível observar, os investidores moderados e arrojados são os que mais podem se interessar pelos investimentos em commodities. Como eles têm maior tolerância aos riscos, são capazes de suportar as oscilações do mercado com maior sabedoria.

Isso não significa que o investidor conservador não possa investir em commodities. Uma boa estratégia de investimentos permite expor a carteira a essas alternativas, controlando os riscos por meio da diversificação do portfólio.

Objetivos financeiros

Também é fundamental determinar os seus objetivos financeiros, que são as metas que você pretende alcançar com o investimento. Isso ajuda a alinhar as características da alternativa às suas necessidades de liquidez e horizonte de tempo.

Logo, você pode evitar se expor a riscos desnecessários e otimizar o potencial de rendimentos de um investimento. No caso das commodities e de outras alternativas de renda variável, o longo prazo costuma minimizar os efeitos da oscilação de preços.

Por esse motivo, elas podem se encaixar em objetivos para um futuro mais distante, como a aposentadoria. Entretanto, no caso da especulação, o horizonte de tempo é menor, conforme a estratégia da operação.

Como começar a investir em commodities?

Agora que você já sabe o que deve ter em mente antes de investir em commodities, é o momento de aprender a realizar esse investimento.

Confira o passo a passo e aprenda como fazer os investimentos!

Abra uma conta de investimentos

Para começar, você deve abrir uma conta em uma corretora de valores. Com isso, será possível acessar o home broker — sistema que permite ao investidor operar na bolsa. Essa conta também permite identificar o seu perfil de investidor e investir em outras alternativas via plataforma, até mesmo de renda fixa.

Nesse contexto, vale reforçar a importância de contar com uma corretora de confiança, como a Genial Investimentos. Lembre-se de que a instituição lidará diretamente com o seu patrimônio, devendo ser transparente e idônea.

Realize o investimento

Depois de abrir a sua conta e depositar o montante que você deseja investir, é hora de buscar pela alternativa desejada na plataforma de investimentos ou no home broker. No primeiro caso, veja quais são os fundos disponíveis e o investimento mínimo para comprar as cotas desejadas.

Já se as alternativas estão na bolsa de valores, basta digitar o código de identificação do investimento pretendido. Então, emita a ordem de compra indicando o número de ativos e o preço que deseja pagar, se for o caso.

Aguarde a finalização da transação e o prazo de liquidação para verificar a alternativa na sua carteira de investimentos.

Acompanhe a sua carteira

Mesmo que os seus investimentos sejam de longo prazo, é essencial acompanhá-los regularmente. Isso porque é possível que você tenha que fazer um rebalanceamento da carteira periodicamente com objetivo de manter as proporções de investimentos dentro da sua estratégia.

Ainda, podem existir alternativas que não entregam o desempenho esperado, de forma que o seu capital será melhor aproveitado em outros investimentos. Por esse motivo, não deixe de acompanhar a sua carteira e realizar os ajustes, sempre que for necessário.

Neste artigo, você descobriu o que são e como investir em commodities. Agora, é possível utilizar essas informações para analisar se essas alternativas são interessantes para diversificar a sua carteira!

Como você viu, para investir em commodities e outras alternativas da bolsa é preciso ter uma conta de investimentos. Aproveite, abra a sua conta e venha ser Genial!

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