Os investimentos de renda fixa, apesar de apresentarem mais previsibilidade que aqueles presentes na renda variável, também são impactados pelos movimentos do mercado. Aspectos como taxas de juros e inflação são exemplos de fatores que influenciam na performance deles.

Por isso, saber tudo o que aconteceu na renda fixa em 2022 é importante para sua estratégia de investimento. A partir dessa compreensão, você pode entender melhor os resultados que foram alcançados e traçar sua estratégia de investimentos na classe para 2023.

Ao conferir este artigo, elaborado pelo nosso time da Genial Investimentos, você poderá se aprofundar no tema. Com a leitura, é possível saber quais foram os principais acontecimentos da renda fixa em 2022 e quais podem ser as oportunidades da classe para 2023.

Qual o cenário econômico brasileiro em 2022?

O ano de 2022 foi mais um período complexo para a economia global. Afinal, a pandemia que iniciou em 2020 continuou gerando reflexos no comércio internacional. Ademais, diversos países — incluindo os mais desenvolvidos — ainda estavam em processo de recuperação.

Nos Estados Unidos, principal economia do mundo, os juros alcançaram patamares históricos. Isso aconteceu devido ao cenário de alta na inflação do país, que também atingiu os níveis mais altos em décadas.

Dada a influência do mercado norte-americano no comércio global, os acontecimentos do país geram reflexos em todo mundo. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, eles podem ser ainda mais fortes.

Nesse sentido, a alta nos juros dos EUA foi um dos fatores que contribuiu para a valorização do dólar perante o real. Ao longo de todo ano, a moeda norte-americana permaneceu próxima à casa dos R$ 5 — inclusive, com períodos cuja cotação se aproximou de R$ 6.

Outro cenário relevante no ano foi a inflação no Brasil. Em 2021, por exemplo, o IPCA foi de 10,06%. Em 2022, apesar de o ritmo de elevações ter diminuído, inclusive com deflação em determinados meses, o número de 2022 ainda foi expressivo.

No começo de dezembro, o acumulado do IPCA-15 em 12 meses era de 5,90% — acima da meta do Banco Central (Bacen).

Como principal resposta do à inflação, a taxa Selic também se manteve em patamares altos. Ao final de 2021, foi exemplo, o Comitê de Política Monetária (Copom) determinou que ela alcançasse 9,25% ao ano.

O ciclo de altas permaneceu intenso no primeiro semestre, até alcançar o patamar de 13,75% a.a, em agosto. O Copom optou por manter o percentual em suas reuniões seguintes, finalizando 2022 nessa taxa de juros.

Quais os acontecimentos do mercado de renda fixa em 2022?

Agora que você sabe quais são as principais características de funcionamento da renda fixa, é possível entender o cenário da classe em 2022. O aprendizado servirá para você analisar melhor os resultados do ano e montar sua estratégia para o futuro.

Acompanhe!

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é o título do Tesouro Direto com rentabilidade pós-fixada. Os retornos do título acontecem conforme o percentual indicado pela taxa básica de juros da economia brasileira.

Em vista disso, o título se beneficiou do ciclo de altas da taxa Selic em 2022. Como você acompanhou, esse movimento teve início em 2021 e manteve-se ao longo de 2022, até alcançar o patamar de 13,75% ao ano.

Dado o cenário, o Tesouro Selic se tornou uma das principais alternativas do mercado financeiro para investidores com objetivo de rentabilizar o seu dinheiro. Afinal, o percentual de retorno do título se tornou significativo.

Além de gerar rentabilidade mais alta para os investidores em 2022, o Tesouro Selic é um título que chama a atenção pelo baixo risco. Por estar atrelado ao Tesouro, a chance de calote é baixa.

Outro ponto que merece destaque no Tesouro Selic é sua liquidez diária. Como o investimento pode ser resgatado a qualquer momento e está menos vulnerável aos impactos da marcação a mercado, ele costuma servir para objetivos de curto prazo, como a reserva de emergência.

Tesouro IPCA

Outro dos títulos do Tesouro Direto que merece destaque na renda fixa em 2022 é o Tesouro IPCA. Ele é a aplicação híbrida da plataforma, com rentabilidade pós-fixada indexada pelo índice oficial da inflação no Brasil.

Como você acompanhou, o contexto da pandemia foi um dos fatores que contribuiu para a inflação brasileira alcançar patamares elevados. Apesar de o ritmo de 2022 ter sido inferior ao de 2021, os reflexos se mantiveram no cotidiano da população.

Vale a pena destacar que, além de afetar o seu poder de compra, a inflação gera reflexos nos seus investimentos. Se os seus ganhos no ano forem inferiores ao acumulado da inflação, os rendimentos não geram poder de compra.

Isso acontece devido ao conceito de rentabilidade real. Ela consiste no retorno que é efetivamente obtido após ser descontada a taxa de inflação do período. Se o resultado for negativo, significa que o patrimônio perdeu poder de compra.

Nessa realidade, os títulos indexados pela inflação, como o Tesouro IPCA, podem ser interessantes para proteger o seu capital dos efeitos do aumento de preços.

Também é pertinente ressaltar que a plataforma do Tesouro conta com a modalidade de Tesouro IPCA com juros semestrais. Então, em vez de aguardar o vencimento, você receberá rendimentos regularmente com base na rentabilidade prometida.

Tesouro Prefixado

Como o nome adianta, o Tesouro Prefixado é a aplicação do Tesouro Direto com rentabilidade prefixada. Investindo no título, você tem mais previsibilidade de retorno — por não haver um indexador de rentabilidade.

Com o cenário de alta da taxa Selic, atingindo o patamar de 13,75% ao ano, foi natural que muitos investidores em um primeiro momento deixassem de olhar para os títulos prefixados.

Em outubro de 2022, por exemplo, os títulos do tipo Tesouro Prefixado foram os menos procurados, representando 12,23% do total movimentado no mês entre os títulos do Tesouro Direto. O cenário se concretizou por diferentes motivos.

Primeiramente, como você já sabe, a rentabilidade dessas aplicações só é garantida no vencimento. Então os investidores precisam aguardar até o fim do prazo para recolher os rendimentos — e, em geral, o Tesouro Prefixado é um investimento de médio ou longo prazo.

Outro fator é a marcação a mercado. Como a Selic apresentou uma tendência de alta em 2022, os títulos prefixados com rendimento abaixo dela deixaram de ser interessantes para o mercado. Logo, resgates antecipados poderiam causar prejuízos.

Porém, deixando o seu dinheiro no título até o vencimento, é possível alcançar a rentabilidade prometida e aproveitar o efeito dos juros compostos — também conhecidos como juros sobre juros.

Ainda, se a Selic entrar em um ciclo de queda, a previsibilidade de retorno do Tesouro Prefixado pode se tornar mais interessante. No entanto, o cenário depende do contexto econômico e dos seus objetivos financeiros.

Notas comerciais

As notas comerciais foram uma das novidades que o mercado de renda fixa apresentou nos últimos anos aos investidores e que ganhou destaque em 2022. Elas também são conhecidas como commercial papers.

Esses títulos estabelecem uma relação de crédito entre o investidor e a empresa emissora do título. As notas comerciais podem ser emitidas por:

  • cooperativas;
  • sociedades anônimas;
  • sociedades limitadas.

Por meio desses títulos, é firmado um compromisso de pagamento entre o emissor e o investidor. As empresas emissoras se beneficiam da captação de recursos, que pode acontecer em condições melhores que linhas de crédito tradicionais.

Já os investidores contam com mais uma alternativa de renda fixa para diversificar os seus investimentos. Inclusive, é possível que a rentabilidade das notas comerciais seja mais alta que de outros títulos da classe.

Vale destacar que, em setembro e outubro de 2022, as notas comerciais corresponderam a 14% de todos os títulos emitidos no mercado de capitais brasileiro. Com isso, existe a expectativa de crescimento dessas alternativas no futuro.

CDB

Os certificados de depósitos bancários (CDBs) estão, historicamente, entre as alternativas mais populares do mercado de renda fixa. Eles são emitidos por instituições bancárias e servem para captar recursos para a operação delas.

Do mesmo modo que acontece nas demais alternativas de renda fixa, você pode encontrar CDBs de rentabilidade prefixada, pós-fixada e híbrida.

Essas aplicações ganham destaque nas estratégias pela praticidade que oferecem para o investimento. Isso acontece porque é possível encontrá-los facilmente na plataforma da sua corretora de valores, como a Genial.

Ao longo do ano de 2022, os destaques foram os títulos de rentabilidade pós-fixada. Por serem indexados pelo CDI, que tem percentual similar à Selic, eles entregaram rentabilidade mais elevada com a alta nos juros do mercado.

Os CDBs híbridos também foram pontos de atenção em 2022. Como havia indexação por índices de inflação, especialmente o IPCA, eles ofereceram a chance de obter, no vencimento, uma rentabilidade que garantia o aumento no poder de compra.

LCI e LCA

As letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) são títulos privados emitidos por bancos e outras instituições financeiras. O funcionamento delas pode lembrar o dos CDBs, mas há diferenças relevantes.

Os recursos obtidos com a emissão das LCIs e LCAs devem ser usados para financiar projetos no mercado imobiliário e no agronegócio brasileiros, respectivamente.

Por haver essa exposição, elas oferecem um incentivo para pessoas físicas: a isenção de Imposto de Renda sobre os lucros. Então as LCIs e LCAs oferecem a oportunidade de ampliar a rentabilidade líquida da sua carteira de investimentos.

O mercado dessas aplicações também demonstrou potencial de rentabilidade em 2022 devido ao aumento da taxa de juros. Mas vale ressaltar que, tradicionalmente, as LCIs e LCAs são investimentos de menor liquidez. Portanto, nem sempre é possível fazer resgates antecipados.

Certificados de recebíveis

Os certificados de recebíveis (CRs) foram outra novidade na renda fixa para os investidores em 2022. Eles são títulos de dívida criados a partir do processo de securitização.

A estruturação deles começa com o trabalho de empresas securitizadoras. Elas realizam processos como a antecipação de recebíveis, permitindo que organizações adiantem recebimentos — como vendas no crédito, cheques e duplicatas.

Com a antecipação, essa empresa faz a cessão dos seus direitos creditórios. Quando os investidores aplicam seus recursos nos certificados de recebíveis, é possível obter ganhos a partir da rentabilidade prometida.

Os CRs surgiram em 2022 e permitem que empresas de diferentes segmentos aproveitem essa oportunidade em sua gestão financeira. Já os investidores podem se beneficiar de uma nova alternativa na classe e do mais alto potencial de retorno.

Por outro lado, vale a pena pontuar que a liquidez costuma ser menor e os prazos de vencimento mais amplos. Então avalie essas questões antes de considerar os certificados de recebíveis.

CRI e CRA

De maneira similar e aos CRs, existem os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs). Apesar de essas três alternativas serem bastante similares, os CRIs e CRAs são oportunidades mais antigas no mercado de renda fixa que os CRs.

A principal diferença é que CRIs e CRAs são específicos do mercado imobiliário e do agronegócio brasileiro, respectivamente. Logo, apenas empresas desses dois setores econômicos poderiam aproveitar as oportunidades que os títulos oferecem.

Por estarem em dois setores-chave da economia, existe a isenção do IR sobre os lucros para pessoa física — assim como na LCI e na LCA. Essa é uma característica que não existe nos demais certificados de recebíveis, já que são taxados conforme a tabela regressiva.

Assim como aconteceu com outros títulos, CRIs e CRAs permitiram o aproveitamento de retornos mais altos a partir do avanço dos juros em 2022. No entanto, CRIs e CRAs costumam ter prazos mais amplos e uma liquidez menor. Isso significa que você deve ter atenção com esses aspectos antes de investir nos títulos.

Debêntures

Por último, vale a pena destacar o mercado de debêntures. Elas são títulos de dívida de empresas e podem ser uma alternativa para investidores diversificarem seus investimentos na renda fixa.

As debêntures são uma forma que as companhias têm para levantar capital para sua operação sem precisar recorrer a linhas de crédito tradicionais. Nesses casos, as companhias se comprometem a entregar os juros aos investidores conforme a rentabilidade prometida.

Um dos destaques de 2022 envolve as debêntures incentivadas. Elas são vinculadas a projetos de infraestrutura das empresas, como construção de rodovias. Para atrair investidores, existe a isenção de IR sobre os lucros.

Apenas entre janeiro e setembro de 2022, a emissão de debêntures incentivadas foi de mais de R$ 28 bilhões. Nesse cenário, as principais debêntures são aquelas ligadas ao modal rodoviário.

Com a alta nos juros, as debêntures com rentabilidade pós-fixada ganharam destaque por poderem aumentar a rentabilidade líquida. Contudo, o investimento geralmente tem prazos médios e longos e costuma ter liquidez mais baixa.

Como funciona a renda fixa?

Em primeiro lugar, podemos pontuar que a classe é chamada assim por ter regras predefinidas de rentabilidade.

Isso significa que, antes mesmo de realizar o seu aporte, o investidor sabe de antemão qual será a lógica de rentabilidade. Em determinados títulos, é possível saber quais serão os rendimentos na data de vencimento.

Na prática, os títulos da classe funcionam como um tipo de empréstimo feito pelo investidor à instituição emissora. Para ilustrar, considere o exemplo dos títulos públicos do Tesouro Direto.

É por meio dessa plataforma que o Tesouro Nacional emite títulos de dívida para captar recursos para o Governo Federal. Quando o investidor aplica seu dinheiro em um deles, ele está disponibilizando seus recursos para a União.

Após receber o capital, o Governo poderá usar os valores para financiar diversos projetos, como suas obras de infraestrutura. Em troca, o investidor que aplicou o montante receberá o dinheiro de volta, mais os juros, na data de vencimento.

Essa mesma lógica se repete nas demais aplicações da classe. Desse modo, os investidores se beneficiam da previsibilidade de retorno — que não existe nos investimentos de renda variável.

Como é a rentabilidade da renda fixa?

Apesar de terem lógicas previsíveis, os retornos dos títulos de renda fixa podem acontecer de diferentes maneiras. Isso acontece porque a classe conta com três tipos diferentes de rentabilidade:

  • prefixada;
  • pós-fixada;
  • híbrida.

Os títulos de rentabilidade prefixada são os mais previsíveis da classe. Eles contam com uma taxa fixa de juros, definida antes mesmo do investidor fazer a aplicação. A taxa não sofre alterações até o vencimento do título, independentemente do momento do mercado.

Entretanto, a garantia de recebimento existe apenas no encerramento do prazo. Então investidores que precisam fazer o resgate antecipado podem não obter os resultados previstos e podem até lidar com prejuízos.

As perdas podem acontecer devido à ação da marcação a mercado. Ela é o processo de atualização diária do preço dos títulos, a partir do cenário do mercado — considerando, principalmente, a taxa de juros do país.

Já os títulos pós-fixados têm sua rentabilidade indexada por taxas ou índices do mercado. Normalmente, eles usam a taxa Selic ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Logo, a rentabilidade muda conforme o desempenho desses indicadores.

Diferentemente dos títulos prefixados, os títulos pós-fixados ficam menos vulneráveis à marcação a mercado. Embora ela também incida sobre eles, o impacto costuma ser menor, tornando os resgates antecipados menos arriscados.

Por último, os títulos híbridos combinam os dois tipos de rentabilidade. O seu percentual pós-fixado normalmente acompanha índices de inflação — em especial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Esses títulos se destacam por assegurar rentabilidade acima da inflação na data de vencimento — ajudando a manter seu poder de compra. No entanto, similar aos títulos prefixados, a garantia da rentabilidade prometida é apenas no vencimento.

Como é a tributação da renda fixa?

Complementando o que você já aprendeu sobre essa classe de investimentos, é importante conhecer a tributação da renda fixa. Aqui, existem investimentos isentos e alternativas tributadas. Nesse segundo caso, o principal tributo é o Imposto de Renda (IR).

O recolhimento desse imposto segue uma tabela regressiva, conforme o prazo da aplicação:

  • até 180 dias de investimento: alíquota de 22,5%;
  • de 181 a 360 dias: 20%;
  • de 361 a 720 dias: 17,5%;
  • acima de 720 dias: 15%.

Por exemplo, se você aplicar em um título com vencimento em 1 ano, mas fizer o resgate nos primeiros três meses, o percentual de recolhimento será referente aos 90 dias (22,5%).

O recolhimento é automático e ocorre diretamente na fonte. Logo, você receberá o montante já com os devidos descontos tributários. Mesmo com essa cobrança, você tem que incluir as movimentações na sua declaração anual do IR.

Nas fichas enviadas para a Receita Federal, será preciso preencher tanto os recebimentos quanto os títulos que permaneceram na sua carteira.

Junto do IR, é preciso lidar com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As alíquotas dele também são regressivas, mas zeram com 30 dias de aplicação. Então não haverá cobrança após esse período.

Ainda, existem os títulos isentos de impostos para pessoas físicas. É o caso de algumas aplicações lastreadas em setores-chave para a economia, como mercado imobiliário e agronegócio. Essa característica serve para atrair investidores para os títulos e financiar os segmentos.

Por que considerar a renda fixa para sua carteira?

Para aprofundar sua compreensão sobre a renda fixa, chegou o momento de saber os motivos para considerar as alternativas dela para sua carteira.

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Segurança

Em primeiro lugar, a renda fixa se caracteriza pela segurança que oferece para sua carteira de investimentos. Isso acontece porque os investimentos costumam apresentar um prazo de vencimento, permitindo que você saiba que receberá seus rendimentos naquela data.

Mas ainda existem outros mecanismos que asseguram segurança. Por exemplo, nos títulos presentes no Tesouro Direto, é o próprio Tesouro Nacional que garante as aplicações integralmente. Como os títulos são associados ao Governo, as chances de você não receber os rendimentos são baixas.

Outro elemento que traz segurança para a classe é a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa é uma entidade que fornece garantias para investidores de alguns títulos privados, tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

A cobertura do FGC é de até R$ 250 mil para CPF ou CNPJ e instituição, em caso de liquidação financeira do emissor do título. O montante inclui tanto o que você investiu quanto os eventuais rendimentos gerados. O teto global é de R$ 1 milhão, cuja renovação ocorre a cada 4 anos.

Entretanto, também existem títulos sem mecanismos de segurança ou garantia adicional. Ainda assim, eles são considerados mais seguros que alternativas da renda variável, por exemplo.

Previsibilidade

A previsibilidade é outra característica da renda fixa que chama a atenção dos investidores. Como você acompanhou, todos os títulos da classe contam com uma regra predeterminada de retorno.

Dessa forma, os investidores sabem antecipadamente como o dinheiro poderá render ao longo do tempo, até o vencimento. Isso torna o investimento mais previsível e costuma agradar investidores com mais baixa tolerância ao risco.

Equilíbrio de riscos

A renda fixa também é uma opção para equilibrar os riscos da carteira de investimentos. Essa é uma estratégia válida, em especial, para os investidores que assumem posições mais arriscadas no mercado financeiro, como os moderados e arrojados.

Contando com a segurança da classe, é possível diversificar os seus investimentos, diluindo os riscos da carteira. Assim, eventuais perdas de movimentações mais arriscadas poderão causar menos impactos devido aos ganhos gerados pela renda fixa.

Possibilidade de aproveitar o ciclo de alta nos juros

Muitos títulos de renda fixa são indexados por taxas e índices do mercado. Como você já viu, a Selic e o CDI são usados como referência para a performance de diversas alternativas presentes na classe.

Ao fazer movimentações com os títulos de renda fixa pós-fixados, você pode ampliar o potencial de retorno durante os períodos de alta nos juros. Além

Quais são os riscos da renda fixa?

Embora existam vantagens no investimento de renda fixa, você precisa considerar que todo investimento envolve riscos. Apesar de eles serem menores nessa classe do que na renda variável, ainda há o potencial de situações adversas impactarem os seus retornos.

O principal risco ao qual os títulos da classe estão expostos é o risco de crédito. Ele envolve a possibilidade de a emissora do título não realizar os pagamentos acordados dentro do prazo, gerando prejuízo para você.

Para contorná-lo, você pode analisar o rating do emissor do título. Essa é uma classificação dada conforme o perfil de risco e potencial financeiro das instituições. Emissores de rating alto tem mais baixo risco de crédito.

No entanto, é comum que títulos de renda fixa mais arriscados tenham potencial de retorno mais elevado. Isso acontece porque as instituições podem colocar taxas de juros mais interessantes para atrair investidores.

Outro risco é o de liquidez, quando você precisa se desfazer das aplicações antes do vencimento. Nesse caso, o preço ficará exposto à marcação a mercado e você poderá lidar com perdas financeiras.

Contudo, também é possível contorná-lo. Para isso, você deve fazer um planejamento financeiro, considerando os seus objetivos. Dessa forma, será possível escolher os prazos estrategicamente, diminuindo as chances de fazer um resgate antecipado.

Vale a pena usar um simulador de renda fixa?

Como os títulos de renda fixa têm uma lógica de rentabilidade previsível, é mais fácil projetar qual poderá ser o seu retorno potencial com eles. Dentro desse contexto, é natural se perguntar se vale a pena usar um simulador de renda fixa.

Como o nome sugere, eles são mecanismos que você pode usar para calcular a rentabilidade de um título e ver quanto você receberá no futuro. Eles podem ser especialmente estratégicos para comparar títulos diferentes e avaliar, por exemplo, o impacto da tributação na sua rentabilidade.

Logo, pode ser interessante recorrer a calculadoras de renda fixa. Essas ferramentas podem ajudar a tomar melhores decisões na classe e encontrar títulos com as melhores perspectivas de retorno — também considerando o momento econômico.

Com a Genial Investimentos você pode aproveitar um simulador de investimentos. Basta adicionar o seu objetivo principal, como comprar um imóvel ou se preparar para a aposentadoria, o prazo esperado para torná-lo real e o que você tem disponível para investir.

Você receberá no seu e-mail as alternativas do mercado financeiro que podem ser adequadas para sua realidade. Desse modo, sua tomada de decisão pode se tornar mais simples.

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Como começar a investir em renda fixa em 2023?

Após entender mais sobre o cenário da renda fixa em 2022 e as projeções para 2023, chegou o momento de montar seu plano para investir na classe. Nesse caso, comece com a definição dos seus objetivos financeiros.

Eles são importantes para você alinhar questões de prazo e liquidez. Essa é uma medida essencial para reduzir os riscos de precisar resgatar os títulos antecipadamente.

Depois, avalie o contexto do mercado. Conhecer elementos como as expectativas para a taxa de juros e inflação serve para fundamentar suas decisões entre o tipo de rentabilidade e outras características da aplicação. Ainda, acompanhar carteiras recomendadas pode ajudá-lo a saber como montar seu portfólio.

Por fim, abra sua conta em uma corretora de valores, como a Genial. Será a partir da nossa plataforma que você encontrará as principais oportunidades de investimento de renda fixa para rentabilizar seus recursos.

Como você acompanhou, muitos acontecimentos nacionais e internacionais impactaram os investimentos de renda fixa em 2022. Em 2023, muitos desses reflexos podem permanecer relevantes. Então estude essas informações para tomar melhores decisões para sua carteira!

Quer aproveitar o cenário da renda fixa para 2023? Abra sua conta conosco e comece a investir!

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