Apesar de aguardado por muitos, o momento de se aposentar costuma trazer preocupações — em especial no campo financeiro. Afinal, depender da aposentadoria pública não costuma ser suficiente para aqueles que buscam tranquilidade. 

Desse modo, é fundamental se preparar para essa fase com antecedência. Fazer investimentos para aposentadoria é uma forma mais segura de aumentar suas chances de ter uma situação financeira confortável na terceira idade. 

Confira neste artigo como se planejar e escolher os investimentos mais adequados para a sua aposentadoria!

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Como funciona a aposentadoria no Brasil? 

No Brasil, é possível ter a aposentadoria pública pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Porém, depender dela não costuma proporcionar segurança para esse momento da vida. Pense que, além das suas despesas atuais, pode haver aumento nos gastos com saúde, encarecendo a manutenção do seu padrão de vida. 

Confira os principais desafios da aposentadoria pública! 

A complexidade do cálculo da aposentadoria 

A aposentadoria do INSS tende a não ser suficiente para os gastos de muitos. Isso porque ela costuma ser menor que o último salário enquanto trabalhador ativo — e há um teto para a quantia que pode ser paga. Logo, é comum encontrar aposentados que continuam trabalhando. 

Em 2023, o teto do benefício era de R$ 7.507,49. O valor é corrigido todo ano. Então pense em quanto pode comprar com a quantia atual. Para muitas pessoas, ela causaria uma queda brusca do padrão de vida, certo? 

Ademais, não é fácil receber o benefício máximo do INSS. Ele é calculado com base na média das contribuições feitas ao longo do tempo e há mecanismos redutores do pagamento. Para receber o valor da média, é preciso ter contribuído por um período maior.  

Na prática, dificilmente todas as contribuições são correspondentes ao teto. Isso, em conjunto com as regras de cálculo, faz com que seja desafiador conquistar um benefício mais elevado.  

Além disso, as regras da aposentadoria pública mudam com frequência. Dessa forma, mesmo contribuindo com regularidade e se aproximando da idade mínima para se aposentar, você está vulnerável às eventuais alterações. 

A insustentabilidade do sistema de Previdência Social 

Mais uma questão a ser considerada é que o dinheiro do contribuinte não é guardado para ser resgatado por ele mesmo no momento propício. Na prática, o valor custeia a aposentadoria de trabalhadores que já fizeram a sua contribuição no passado, bem como outros benefícios previdenciários. 

Ao mesmo tempo, o avanço da tecnologia tem melhorado a qualidade de vida dos idosos. Dessa maneira, há uma tendência de aumento da população, somada à diminuição da proporção de trabalhadores contribuintes. Logo, poderá ser cada dia mais difícil garantir o benefício mantendo os moldes atuais. 

Por que se preparar ainda cedo para se aposentar?  

Após entender como funciona a aposentadoria no Brasil, é preciso saber os motivos para se preparar para ela desde cedo. Dessa maneira, você pode dar início à montagem de um planejamento alinhado com seus objetivos. 

Confira as vantagens de se planejar para a aposentadoria desde já!  

Tranquilidade para o futuro 

Como visto, é natural que, no futuro, suas despesas regulares aumentem, em especial com saúde. Fazer investimentos para a aposentadoria permite aproveitar o momento com menos riscos de lidar com problemas financeiros. 

Ainda, começar cedo a montar o plano de aposentadoria eleva suas chances de alcançar o objetivo desejado. Isso pode, inclusive, ocorrer mais cedo do que o previsto se houver um bom planejamento. 

Segurança financeira 

É comum que o período de mudanças nas fontes de renda coincida com uma nova etapa vivida no envelhecimento. Portanto, investir para sua aposentadoria possibilita passar por essa fase com mais segurança. Assim, você terá a oportunidade de arcar com o custo de vida do período sem precisar se endividar. 

Aprendizado para lidar com as finanças 

Começar cedo a pensar na aposentadoria se traduz em melhorias na sua educação financeira. Afinal, esse planejamento exige estudar o funcionamento do mercado e tomar decisões mais inteligentes sobre o próprio dinheiro. 

O aprendizado também ecoa por outros aspectos da sua vida. Será possível, por exemplo, fazer planejamentos financeiros mais estratégicos, rever hábitos de consumo prejudiciais e investir melhor em outras áreas. 

Quais os riscos de não planejar a aposentadoria?  

Você acabou de ver a importância de investir com foco na aposentadoria. Mas quais são os riscos de não planejá-la — ou de adiar o início do planejamento? O primeiro deles, como visto, é que o dinheiro da aposentadoria pública pode não ser suficiente para custear suas necessidades. 

Desse modo, pode ser necessário fazer ajustes mais profundos no seu padrão de vida. O fator é preocupante em uma fase em que o custo de vida aumenta naturalmente. Outro cenário que pode resultar da falta de planejamento para a aposentadoria é precisar continuar trabalhando.  

Também aumentam as chances de lidar com problemas financeiros. A razão é que orçamentos mais apertados geram maiores riscos de contrair dívidas para conseguir cobrir todas as despesas. 

Por fim, um risco significativo é ficar dependente da aposentadoria por idade do INSS. Nesses casos, não é possível escolher de forma autônoma quando se aposentar. Em contrapartida, um plano de investimentos bem executado proporciona mais liberdade financeira e de decisão. 

Quais características os investimentos para aposentadoria devem ter?  

Agora que você conhece os riscos de não planejar sua aposentadoria, precisa saber as características que as alternativas de investimentos com esse foco devem ter. A premissa é ter um conforto financeiro no futuro, sem precisar trabalhar. 

Confira quais aspectos considerar! 

Segurança 

Quando se pensa em investimento para aposentadoria, é preciso saber equilibrar a segurança e o potencial de retorno. Em geral, a rentabilidade estará atrelada ao nível de segurança.  

Nesse contexto, alternativas mais seguras tendem a ter uma rentabilidade limitada. Por outro lado, os investimentos mais arriscados podem trazer maior retorno, mas ampliam a possibilidade de haver prejuízo. 

Então será essencial buscar manter um equilíbrio ao montar sua carteira. Perceba que pode não adiantar reunir todo o seu capital em alternativas arrojadas, já que isso envolve muitos riscos. Por outro lado, investir apenas em alternativas seguras pode dificultar a conquista dos objetivos ao limitar os rendimentos.  

Prazo 

O prazo é fundamental para um investimento focado na aposentadoria. Ele permite acumular mais patrimônio ao longo do tempo, potencializando o efeito dos juros compostos e diluindo os riscos. 

Logo, uma abordagem possível é buscar alternativas voltadas para o longo prazo. Nesse cenário, você pode se deparar com ativos de baixa liquidez. No mercado, a liquidez representa a velocidade em que se pode transformar um ativo em dinheiro. 

No entanto, considerando que a premissa principal é acumular capital no presente para usá-lo no futuro, a baixa liquidez não tende a prejudicar seu objetivo. Basta garantir alinhamento entre prazos para evitar a necessidade de resgates antecipados.  

Rentabilidade 

A rentabilidade pode variar conforme seus objetivos financeiros. Por exemplo, quem deseja renda passiva recorrente — como se fosse um salário — pode escolher investimentos que ofereçam o pagamento de juros ou dividendos periódicos. 

Já quem busca acumular um montante maior para usar aos poucos poderá optar por alternativas com potencial de ganho de capital, de preferência acima da inflação. Assim, o valor guardado não perderá o seu poder aquisitivo. 

No momento de escolher os investimentos, é pertinente equilibrar a rentabilidade buscada com os riscos oferecidos — a chamada relação risco-retorno. Dessa forma, você pode potencializar os resultados enquanto mitiga os riscos da sua carteira. 

Quais as opções disponíveis para garantir uma aposentadoria confortável? 

Como visto, existem diversos elementos para considerar ao planejar a aposentadoria. Para aprofundar seu entendimento, vale saber quais alternativas do mercado podem servir para sua estratégia. 

Ele se divide em duas classes: a renda fixa e a variável. Acompanhe as especificidades de cada uma e as alternativas disponíveis! 

Renda fixa  

A renda fixa conta com aplicações mais previsíveis e de menor risco. Ao comprar títulos dessa classe, você está fazendo um empréstimo ao Governo, a instituições bancárias ou a companhias. 

Nesse tipo de investimento, já se sabe de antemão como funcionará a rentabilidade. Ela pode ser: 

  • prefixada: os juros da aplicação são definidos de forma prévia, garantindo mais previsibilidade; 
  • pós-fixada: a remuneração acompanha uma taxa do mercado, como a Selic ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI); 
  • híbrida: ela combina uma taxa pós-fixada, ligada à inflação, com uma prefixada. 

Títulos indexados ao IPCA 

Na renda fixa, um dos investimentos procurados para a aposentadoria são os atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Trata-se do indicador oficial da inflação no Brasil, cuja elevação significa diminuição do valor do dinheiro e perda do poder de compra. 

Para planejar com segurança sua aposentadoria, é importante que seu capital ganhe poder aquisitivo ao longo do tempo. Afinal, se ainda falta um período significativo até você se aposentar, os preços praticados provavelmente já terão aumentado bastante. 

Uma das formas de buscar retornos acima da inflação é considerar títulos indexados ao IPCA. Eles são alternativas com rendimentos híbridos — adicionando uma taxa fixa à porcentagem do índice de inflação. 

Existem diversos tipos de títulos de renda fixa que podem trazer esse tipo de retorno. Veja algumas possibilidades! 

Tesouro IPCA 

O Tesouro IPCA+ é uma das alternativas na renda fixa. Ele está disponível na plataforma do Tesouro Direto, o programa de compra e venda de títulos públicos do Tesouro Nacional. A plataforma permite aplicações a partir de cerca de R$ 30, sendo acessível a uma ampla gama de investidores. 

Há duas alternativas desse tipo de título: o Tesouro IPCA+ principal, que paga a remuneração no vencimento, e o Tesouro IPCA com Juros Semestrais, que distribui os rendimentos a cada 6 meses.  

Ambos pagam uma rentabilidade definida no ato da aplicação mais a variação da inflação no período. Seus prazos também podem ser bem longos, sendo possíveis alternativas para quem tem bastante tempo até a aposentadoria. 

Entre os dois tipos de título, o Tesouro IPCA+ principal costuma ser o mais procurado pelos investidores que estão acumulando recursos para se aposentar no futuro. Isso porque o outro paga os juros semestralmente. 

Mesmo reinvestindo os juros, cada pagamento tem a incidência de impostos e taxas. Já no Tesouro IPCA+ principal, os rendimentos continuam aplicados, podendo gerar mais rentabilidade com o tempo, potencializada pelo efeito dos juros compostos. 

Para investir no Tesouro Direto, basta abrir conta em uma corretora e habilitá-la no sistema da plataforma. Você pode comprar os títulos aos poucos, casando as datas de vencimento com a época em que pretende se aposentar, por exemplo. 

Tesouro RendA+ 

Outro título público atrelado ao IPCA é o Tesouro RendA+. Ele foi concebido para auxiliar no planejamento da aposentadoria complementar. Seu foco é proporcionar uma renda extra mensal nesse período, assegurando ganhos acima da inflação se levado até o vencimento. 

O RendA+ não distribui juros durante a acumulação. Porém, após a data de vencimento (que pode coincidir com aquela planejada para a aposentadoria), inicia-se o recebimento de uma renda mensal por 20 anos.  

Além disso, o processo de escolha do título é simplificado por meio de um simulador disponibilizado pelo site do Tesouro Direto. Ele ajuda na escolha do título mais adequado, com base em sua idade, expectativa de aposentadoria e o valor desejado para a renda extra. 

Títulos indexados à Selic 

Outra opção é buscar alternativas ligadas à taxa básica de juros da economia brasileira, como o Tesouro Selic. Ele pode ser atraente para a aposentadoria, especialmente para aqueles que estão mais próximos do objetivo.  

Ele rende conforme a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Logo, seu retorno está alinhado com o cenário econômico do país e é superior ao da poupança

Para quem está prestes a se aposentar, manter investimentos com maior liquidez e segurança é crucial. Vale destacar que o Tesouro Selic permite acesso imediato aos recursos, com menor exposição à marcação a mercado.  

Como resultado, ele oferece flexibilidade para lidar com despesas inesperadas ou oportunidades de investimento. Ademais, a taxa Selic costuma se ajustar em resposta às mudanças na inflação. Então ela tende a proporcionar certo nível de proteção contra a perda do poder de compra — embora não existam garantias. 

Outra possibilidade é investir em certificados de depósitos bancários (CDBs) e outros investimentos de renda fixa atrelados ao CDI. É possível encontrar opções com diferentes regras de liquidez e níveis de segurança, podendo se adequar a diferentes perfis e necessidades.  

Fundos de investimento em renda fixa 

Os fundos de investimento são veículos que reúnem o capital de diferentes investidores. Eles contam com um gestor profissional responsável por montar o portfólio do fundo, conforme os objetivos traçados. 

Quem tem interesse em participar dos resultados de um fundo precisa adquirir suas cotas. A depender do tipo de veículo, elas podem ser encontradas nas plataformas de corretoras ou na bolsa de valores. 

Ao investir em um fundo, é importante ficar atento às taxas de administração e de performance (se ela for cobrada). Isso porque elas representam custos que podem reduzir a rentabilidade esperada. 

Existem diversos tipos de fundos de investimento. Um deles é o de renda fixa, que aplica a maior parte de seu patrimônio na classe. Se você foca na aposentadoria para o longo prazo, pode ser o caso escolher fundos que investem prioritariamente em títulos atrelados ao IPCA, por exemplo. 

Também há alternativas ligadas às aplicações pós-fixadas. Um exemplo são os fundos referenciados DI, que seguem o CDI. 

Renda variável 

Até aqui, você viu algumas alternativas em renda fixa para se preparar para a aposentadoria. Agora vale analisar as de renda variável. Nos ativos dessa classe, não é possível prever o percentual de rentabilidade, muito menos o montante que será recebido como retorno.  

O motivo é que o rendimento depende das flutuações do mercado. A característica implica na possibilidade de ocorrerem perdas. Contudo, a tendência é que no longo prazo os riscos se diluam. 

Veja algumas alternativas de renda variável para quem está pensando na aposentadoria! 

Ações 

As ações são investimentos de renda variável negociados na bolsa de valores. Elas correspondem a uma pequena fração do capital social de uma companhia. Quem compra esses papéis se torna acionista do negócio e passa a participar dos seus lucros e riscos. 

Na prática, existem diferentes formas de lucrar com ações. Quando se fala em investir no longo prazo, o foco costuma ser ter ganhos financeiros com a valorização dos papéis, com a locação dos ativos e com o recebimento de dividendos, por exemplo. 

Já os dividendos são uma forma de as empresas de capital aberto distribuírem os seus lucros. Trata-se de uma obrigação legal, mas que tem a porcentagem e a periodicidade de distribuição estipuladas pela própria companhia. 

Investir em empresas que pagam dividendos com recorrência pode ser uma forma de receber renda passiva — ainda que ela não seja garantida. Afinal, a distribuição de dividendos ocorre somente se a empresa tiver lucros a distribuir. 

Durante o período de acumulação, você pode reinvestir os proventos e aumentar o patrimônio. Ao entrar na fase de recebimento de renda, ela será proporcional ao capital acumulado em ações pagadoras de dividendos. 

Entretanto, é preciso ficar atento aos riscos. A precificação das ações acompanha a oferta e a demanda do mercado. Por essa razão, os preços podem aumentar ou diminuir conforme o ânimo dos demais investidores. Como consequência, o investimento pode trazer lucros ou prejuízos. 

Fundos imobiliários 

Os fundos imobiliários (FIIs) são encontrados na bolsa de valores brasileira (B3) e priorizam o investimento no setor imobiliário. Isso inclui imóveis físicos, títulos de renda fixa ligados ao setor e cotas de outros fundos. 

A perspectiva de um FII é distribuir os ganhos obtidos no segmento entre todos os seus cotistas. Legalmente, ao menos 95% dos seus ganhos devem ser distribuídos em forma de dividendos, a cada semestre. 

Essa pode ser uma alternativa capaz de fornecer renda passiva periódica — apesar de ela não ser garantida. É possível também obter ganhos com a valorização das cotas, mas poderá haver prejuízos caso seu preço caia. 

ETFs 

Os fundos de índice ou exchange traded funds (ETFs) buscam espelhar um índice de mercado. Para tanto, o gestor investe o patrimônio do fundo nos mesmos ativos que integram a carteira teórica do benchmark escolhido. 

Apesar de existirem ETFs de renda fixa, a maioria deles segue indicadores de renda variável, sejam eles brasileiros ou internacionais. Um fundo que espelha o Ibovespa, por exemplo, será composto pelas companhias de maior representatividade na B3. 

Vale frisar que os ETFs brasileiros não costumam distribuir dividendos. Porém, em 2023 foi autorizada a listagem de fundos de índice que o fazem, então a tendência é que surjam mais oportunidades desse tipo nos próximos anos.  

Fundos de ações 

Os fundos de ações (FIA), como o próprio nome indica, priorizam o investimento direto ou indireto em ações. Neles, o gestor montará a carteira com um ou mais ativos, visando aproveitar os resultados de um ou diferentes setores da economia. 

As cotas desse tipo de fundo são negociadas nas plataformas de corretoras de valores. Os ganhos são obtidos se houver valorização das cotas. Vale destacar que, embora foque em ações e ativos relacionados, a alternativa não distribui dividendos. 

Fundos multimercados 

Os fundos multimercados (FIM) são encontrados em plataformas de corretoras. Mas a estratégia de um FIM é mais ampla e pode abranger ações, opções, câmbio, contratos futuros, renda fixa e muito mais. Quanto ao retorno, ele se dá com a valorização das cotas, quando ela ocorre. 

Previdência Privada

Caso você prefira não investir diretamente em renda fixa ou variável para não depender da aposentadoria pública, você pode considerar investir em Previdência Privada. Ela pode complementar o benefício do Governo e pode ser composta das duas classes de ativos. 

É importante saber, ainda, que esse tipo de investimento se divide em duas fases. Na primeira você poderá fazer os aportes com regularidade. Então o dinheiro será alocado seguindo a estratégia predeterminada no fundo de Previdência. 

Na Previdência Privada, você costuma ter a liberdade de decidir quanto investirá e a forma de resgate da quantia. Essa última é a fase do usufruto. A depender da escolha, o montante acumulado poderá ser retirado de uma única vez, de modo parcial ou até de forma vitalícia — como no INSS. 

Tipos de Previdência Privada 

Há dois tipos de planos de Previdência Privada: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Entenda as diferenças e como eles funcionam! 

PGBL 

O PGBL se destaca pelo benefício fiscal. Ele permite que os montantes recolhidos sejam deduzidos da base de cálculo da sua renda bruta anual declarada no Imposto de Renda (IR), até o limite de 12%.  

Por esse motivo, o Plano Gerador de Benefício Livre costuma ser escolhido por quem entrega a versão completa da Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF). 

Como o pagamento de IR é postergado nesse caso, ao final do investimento, ele recairá sobre o total alocado, incluindo os rendimentos obtidos.  

O recolhimento dos tributos sobre o montante total no momento de usufruto implica uma estratégia de planejamento tributário cuidadosa, certo? Portanto, considere as projeções de renda futura e as alíquotas aplicáveis. 

VGBL 

Já o Vida Gerador de Benefício Livre não tem o mesmo benefício fiscal. Em contrapartida, o IR recai apenas sobre a rentabilidade. Em geral, ele é a escolha de quem entrega a versão simplificada da DIRPF ou já deduz o IR até o limite em um plano PGBL.  

Regimes tributários 

Ao contratar uma Previdência Privada, você poderá optar pelo regime tributário progressivo ou regressivo. O primeiro é baseado na tabela progressiva do IR, aumentando conforme o volume financeiro e a sua renda no resgate crescem. 

Já a cobrança do regime regressivo diminui conforme o tempo em que o investimento é mantido, podendo beneficiar quem visa ao longo prazo. A alíquota mínima de IR será de 10% se ele for mantido por mais de 10 anos. 

Se você tiver dúvidas sobre qual alternativa de Previdência Privada escolher, é possível usar um simulador de investimentos. Nele, você confere os diferentes cenários e vê qual plano é o mais vantajoso no seu caso. 

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Como se planejar para começar a investir com esse foco? 

Com todas as informações vistas até aqui, é comum que surjam dúvidas sobre a possibilidade de conquistar uma aposentadoria mais tranquila a partir dos investimentos. Afinal, muitas pessoas demoram a perceber a necessidade de fazer um planejamento. 

Confira as principais dicas para se planejar! 

Organize as finanças 

Organizar as finanças permite identificar o seu custo de vida, ou seja, quanto você gasta com despesas fixas e variáveis do cotidiano. Ademais, será possível avaliar se o montante condiz com sua possibilidade financeira. 

O entendimento sobre sua relação com o dinheiro ajudará a visualizar quanto você precisa para manter ou melhorar o padrão de vida. Logo, essa poderá ser uma referência no seu plano de investimentos. 

Defina seus objetivos 

Embora o objetivo de investir para a aposentadoria pareça óbvio, é interessante deixar a meta mais específica — facilitando as análises de resultados. Por exemplo, você pode definir em quanto tempo e com qual renda deseja se aposentar.  

Também pense no que você deseja fazer nessa fase da vida — como viajar e conhecer outros países. Independentemente do foco, fazer o exercício de visualização otimiza suas decisões. Além disso, fica mais fácil definir passos alcançáveis conforme a sua realidade financeira atual. 

Conheça seu perfil de investidor 

O seu perfil de investidor é um dos principais componentes da sua estratégia. Ele categoriza você segundo a tolerância ao risco e facilita a seleção das oportunidades que o mercado financeiro oferece. 

De modo geral, existem três perfis de classificação: 

  • conservador: tem menor tolerância ao risco e prioriza investimentos seguros e previsíveis; 
  • arrojado: tem alta tolerância ao risco e busca as melhores perspectivas de retorno em suas movimentações; 
  • moderado: posiciona-se entre os dois extremos. 

Vale lembrar que o seu perfil de investidor não é imutável. Afinal, você poderá ganhar experiência no mercado, assumir um novo estilo de vida ou modificar seus objetivos. À medida que isso ocorre, a sua tolerância ao risco pode se adaptar à nova realidade. 

Considerando a meta da aposentadoria, é comum que muitas pessoas adotem estratégias mais arrojadas no começo. Já quando elas estão próximas ao usufruto, há uma tendência a migrar para uma carteira conservadora. 

Trace o planejamento financeiro 

Após organizar suas finanças e estabelecer os objetivos para sua aposentadoria, você dará início ao planejamento financeiro. É nesse momento que se estabelece como seus recursos serão divididos entre as metas. 

O plano facilita o acompanhamento dos resultados, o controle financeiro e o acúmulo patrimonial no longo prazo. Então mantenha-o atualizado. Também é válido continuar utilizando a ferramenta mesmo após iniciar a aposentadoria, pois ela ajudará na administração do seu orçamento. 

Crie a reserva de emergência 

Durante a sua preparação para aposentadoria, é fundamental criar uma reserva de emergência. Ela poderá cobrir gastos urgentes e imprevistos. Dessa maneira, não será preciso mudar seu orçamento mensal para arcar com as despesas, nem recorrer a empréstimos ou resgatar investimentos de forma antecipada. 

Faça um plano de carreira 

Finalmente, crie ou reveja o seu plano de carreira. Ele será a estratégia para alcançar seus objetivos profissionais e buscar uma renda satisfatória ao longo do tempo. Com um bom plano de carreira, você pode ganhar destaque no seu meio e ampliar seus ganhos de maneira gradativa. 

Assim, é possível melhorar seu padrão de vida e ter mais recursos para investir na sua aposentadoria. Ademais, caso faça sentido para seu perfil, é possível se engajar no empreendedorismo para ampliar as possibilidades de renda. 

É hora de cuidar das suas finanças e a Genial quer te ajudar! Baixe agora uma cópia da nossa planilha de controle financeiro pelo QR-CODE ou através do link baixo.

Como escolher o melhor investimento para aposentadoria? 

É crucial entender que as alternativas disponíveis para quem deseja fazer investimentos para aposentadoria não são mutuamente excludentes. Na verdade, a diversificação costuma ser um aspecto-chave para um planejamento previdenciário eficaz e mais seguro. 

Você pode misturar renda fixa e variável para equilibrar risco e retorno, por exemplo, e até complementá-las com a Previdência Privada. Enquanto a renda fixa oferece estabilidade e previsibilidade, a variável traz potencial de maiores retornos, embora com maior risco.  

Ainda, suas escolhas devem refletir sua tolerância ao risco, horizonte de investimento e objetivos financeiros. Quem prefere segurança ou está mais próximo da aposentadoria pode optar por uma maior proporção em renda fixa para ter mais tranquilidade.  

Agora imagine um investidor mais disposto a assumir riscos e que tem bastante tempo para a fase de acumulação. Nesse contexto, ele pode ter maior exposição à renda variável.  

Que estratégias podem ser adotadas pelo investidor?  

Você já aprendeu como deve se preparar para investir na aposentadoria. Agora, vale compreender como é possível começar a colocar esse plano em prática.  

Veja os principais pontos a considerar! 

Mantenha o foco no longo prazo 

Os investimentos para aposentadoria costumam ser focados no longo prazo. Isso tende a ajudar a equilibrar os riscos da carteira e diminuir os impactos da volatilidade, em especial de renda variável. Afinal, as oscilações são mais intensas no curto prazo, e é possível esperar os investimentos amadurecerem com o passar dos anos. Como resultado, o maior horizonte de tempo reduz os riscos. 

Diversifique os investimentos 

A diversificação da carteira consiste em alocar recursos em diferentes alternativas e mercados para diluir os riscos. Isso porque boas performances de certos investimentos podem atenuar ou anular impactos negativos de outros. Desse modo, é possível construir um portfólio mais equilibrado para alcançar seus objetivos. 

A prática também contribui para aumentar o potencial de retorno. A partir do equilíbrio de riscos, você pode executar operações mais arrojadas em busca de melhores perspectivas de rentabilidade, desde que elas se alinhem a seu perfil. 

Faça novos aportes regularmente 

Investimentos para aposentadoria demandam aportes regulares. Eles podem ser feitos todos os meses ou com outra frequência mais condizente com sua realidade. Portanto, é vital definir a quantia que será alocada de forma periódica. 

Além disso, avalie o balanceamento da carteira quando possível para otimizar novos aportes. Para entender melhor, imagine que você investiu 60% do capital em renda fixa e o restante na variável. A partir dos rendimentos e das movimentações econômicas, a proporção pode mudar. 

Seus aportes regulares podem rebalancear o portfólio e trazê-lo de volta à divisão estabelecida — alinhada com o perfil de risco e objetivos. 

Ajuste a estratégia 

À medida que a aposentadoria se aproxima, costuma ser prudente priorizar a segurança do capital. Isso pode ser feito dando preferência a aplicações de renda fixa que minimizem riscos. 

Para buscar um fluxo de caixa estável, é possível considerar alternativas que proporcionam renda periódica ou podem ser resgatadas regularmente. Considere também revisar seu plano de aposentadoria para que os investimentos estejam alinhados com as necessidades futuras. 

Você viu que fazer investimentos para a aposentadoria é uma alternativa para quem não deseja depender da Previdência Social e quer ter mais liberdade. Há diversas alternativas que podem contribuir para esse fim — e diversificar entre elas tende a melhorar a relação risco-retorno de sua carteira. 

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